Sombra
No silêncio dos incomunicáveis, a sombra da criança, me ensina a crescer, apesar da dor e do ostracismo.
Tempo é a sombra do sol que declinou rapidamente.
Eu busquei me aquecer num breve nuance do ocaso do amor, que me ofuscou ardorosamente
Passado é a sombra das águas que nos molhou, afagou; você já partiu... e eu ainda estou aqui, me banhando no mesmo manancial; mar, sendo atraída pelas vagas que tentam me levar pra bem junto de ti.
A Sombra do Beneplácito de Deus me inclinarei, descansarei; dormirei sem medo do uivo do usurpador; não preciso de cama, nem de colchão, nem de travesseiro, nem de cobertor; Seu Ser me preenche, sana todos os meus desejos, as minhas necessidades de ter, sem ser.
Com Ele, ao meu lado, o meu sonho não tem mais começo, nem meio, nem interrupções, nem fim...
É eterno regozijo, celebração!
Retrato em branco e preto, a qualquer tempo, revela a sombra intrínseca do brilho colorido de uma estrela, guerreira, anônima!!!
SERIA EU...
Eu seria a
tua sombra
se voce me
permitisse
lhe trazeria
a felicidade nos seus
momentos
de tristeza.
Na poesia
te faria
a minha
princesa
a cinderela
dos meus sonhos.
Na vida
te faria
sorrir
e nunca sofrer.
Ao seu lado viveria só
para te amar.
OCULTAS FACES
Ocultas faces
Na sombra da noite
vejo os teus olhos
tento lhe chamar
não sei seu nome
fico sem jeito
quero te olhar
não sei como me comportar
quero te amar
não sei como
começar...
nossos sentimentos são vastos no silencio,
magoam a sombra da solitute em nossos sonhos,
em cada etapa da vida se da a flor da alma
os espinhos da solidão vertem o sangue do teu coração.
por celso roberto nadilo
O clarão que me cegou
No vale da sombra da morte, onde a felicidade inexiste, se encontra a minha alma, perdida em meio às portas que não se abrem. Meu rosto se encontra ensanguentado em meio aos escombros de meus pensamentos, que insistem em não irem embora.
Tudo por causa da luz que vi, e que não mais verei. Tudo por causa do arco íris preto e branco, tudo por causa das lágrimas da dor que contrastam com a essência da minha felicidade.
Nada mudará, estarei preso eternamente nas algemas desse labirinto barrento e cheio de malignidades. Oh prisão sem muros, oh deuses invisíveis, pra onde levaram a minha pequena esperança?
A síntese sagaz da vida nasce na cachoeira congelada, onde a neve cai por toda a noite e o frio toma conta do meu ser. Neste lugar, nem mesmo a formosura da aurora boreal é capaz de sensibilizar minha face.
É cruel ver o brilho com meus próprios olhos e não poder tocá-lo, nem apreciá-lo. Esse feixe somente aparece nesse vale de mil em mil anos, por isso, essa era a minha única oportunidade, não mais terei vida quando a sublimidade suprema da beleza voltar a figurar por aqui. Oh deuses, façam de mim um de vós, para que eu possa ser imortal e ver novamente tamanha harmonia.
Prefiro se extinguir, a não poder mais contemplar a única coisa sempar desse lago triste e melancólico. Que eu me embriague com o cálice da morte e que o ceifeiro venha me buscar, pois, não mais existo.
Na sombra do acaso, busco palavras certas, que justifiquem atitudes frívolas do imaginário inocente.