Solidão e Silêncio
No exato momento que ouço o silencio...
poderia se voz que toca o coração.
em dias que tudo pode ser mais fácil...
mas muitas palavras agridem deferindo
e o mundo desaparece tudo que quis...
era reviver o amor que se formou numa tempestade...
pedras rolaram em sentimento que morreram.
e no fogo da montanha seus lábios se calam...
mais uma noite que deixei passar quando quis apenas a solidão.
a natureza morreu enquanto seus desejos tornaram se poeira...
sob os ventos recordações quebradas em lamentações.
sonhos tristes, sobre a chuva tormentas que se dissolvem
num abraço de ilusão a tanto o por do sol.
diz adeus por meros segundos e parece a eternidade
rompendo se, por sentimentos espalhados...
o alento embora sendo escravo clama por liberdade.
parado, inerte sensação... desprovida dessa vida,
exuberância do bem que desaparece momentaneamente.
No silêncio da dor...
A lágrima percorre a alma.
A angústia pulsa em minhas veias.
A tristeza perfura meu coração.
A solidão rasga minha pele.
A dor despedaça meu corpo.
Sobrou-me a esperança um vestígio inexiste.
No silêncio da noite, muitas vezes desejei apenas algumas palavras de amor de um homem, em vez do aplauso de milhares de pessoas.
Queria ouvir o silêncio da minha mente barulhenta, afinal seria incoerente buscar alguma coerência nas contradições que não se contradizem.
Mesmo que estejas vivendo no Vale dos Esquecidos, em silêncio, não desespere!Tenha sempre a convicção de que seu lampadário está a caminho, trazendo consigo luz e paz. Afinal, nada é para sempre.
Cheiro do teu corpo
Se não se lembrares de mim,
Lembre-se do meu amor por ti.
E no silêncio dos teus pensamentos
Recorde as juras de amor.
Se não sentir o meu cheiro,
Ande nos caminhos que passei.
E na flagrância desse amor
Sinta o calor dos meus abraços.
Se não tiver minha presença,
Releia as cartas que escrevi.
Sinta nelas a alegria
De reviver os meus abraços.
De você não me esqueço
Quando eu vejo as estrelas.
Vejo nelas a luz do teu olhar
Vindo aqui pra me banhar.
E no vento que me cerca
Sinto o cheiro do teu corpo.
Que perfuma a minha vida
Revivendo o nosso amor.
Se me falta o teu calor
Sobra em mim tão grande amor,
Guardado no meu peito
Dado a ti em uma flor.
Edney Valentim Araújo
EU O MAR.
Quando meu silêncio me gritou nas entranhas,
E vi o reflexo do meu rosto marcado pelos anos
Entendi feliz que não passei pela vida sem viver.
Vivi comendo os dias, varrendo dores, vencendo
Obstáculos, caindo e levantando.
Da janela vi o meu mar; meu porque sempre esteve
Bem ao meu alcance, beijando meus pés, ouvindo meus
Segredos no barulho cúmplice das ondas espumantes.
Agora vejo meu mar diferente de ontem; ontem não vi
As marcas do tempo, não vi que estou tão só quanto Ele.
Porém, não há remorsos, não há desapontamentos...
O tempo passou...
A vida me deu paixões relevantes, risos cheios de todos os sabores...
Não há razão para chorar a solidão...
Entre o barulho das ondas e a aparição espetacular da lua
Eu escrevo meus sonetos expondo ternuras passadas.
...Outra vez tiro os sapatos para sentir a vida da areia,
O beijo das ondas, o cheiro da maresia, a carícia do vento.
Caminho recitando poemas; recordo meus prazeres que ainda
me tiram um sorriso cínico e feliz dos lábios.
As pegadas deixadas? Deixo o vento apagar, são pegadas de
Um homem que dançou na chuva, brincou na lama, riu e chorou
sem sentir vergonha de viver a vida como se não houvesse amanhã.
Luly Diniz.
24/05/17
meu sangue cobre suas marcas,
nas janelas do céus,
palavras desdenha o terror em silencio
gritos fazem pensar que vida acabou...
entre as visões da loucura te amo...
nada tem um sentido para que sentir?
A sala vazia
Ecoa a agonia,
Reflexo do silêncio
Que falou alto demais.
Para tantas palavras
Não ditas, não escritas,
Faltaram pedaços de vida
Momentos de ironia.
Faltou preencher
Com suor, lágrimas e alegrias,
O quebra-cabeça chamado vida.
tentei ouvir seu silencio
senti tantas coisas com suas imagens
me vi em cada instante até quando te conheci,
tudo parecia um sonho,
então mergulhei profundo e vi que sofria
com a humanidade daqueles que se dizem humanos,
tão pouco compreendo sua linguagem,
mais se expõem por simples relação visual...
sendo até uma nova patologia
sem mesmo um a relação
apenas um momento final feliz dizem
moralmente repugnantemente,
sua alma imaculada atravessa tudo
e toca meu coração perdido em trevas.
tento sentir um ponto de luz apenas sinto a escuridão.
desilusão,
terror no silencio do mar e terra,
o nunca se transformou,
numa transmutação unica derradeira...
como chuva em pequenas lagrimas
inunda uma cidade,
palavras se perdem na devastação.
SUSPIROS (soneto)
Um pesar tão mais saudoso, assim não vejo!
Um vazio no silêncio, barulhento, sem pudor
De tão é a infelicidade, que terebrante é a dor
Que vagar algum pode ofuscar o tal lampejo
Dias rastejam, noites em romarias no andor
Da angústia, que enfileiradas num cortejo
Levam preciosos instantes, pra num despejo
Jogá-los ao luar, sem quer um pejo, amor
Ah! Que bom seria, eu ter qualquer traquejo
No dom da oração, e me ouvisse o Criador
Através do meu olhar, rogando por ensejo
Essa saudade tão mais triste, ainda é clamor!
Inda estão nos versos que no poetar eu adejo
Tentando recreio, para os suspiros transpor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Julho de 2016
Cerrado goiano
silêncio da alma
Não tenho amigos
Não tenho livros
Não tenho amores
Não tenho nada
Não posso pedir
Não posso falar
Não posso expressar
Não posso sentir
Não posso querer
Não posso surtar
Não posso escrever
Não posso amar
Se eu não posso nada
Tampouco posso existir.
O Silêncio do Condenado
Eu vi o que não queria ter visto e sente o que não queria ter sentido. Olhei no espelho e vi olhos vazios, escuros e sozinhos Já não existia mais caminho, já não existia mais vida em um lugar na onde já foi um jardim hoje era um deserto frio. Caminhando pelas ruas frias, debaixo das luzes de neon da cidade, sob uma chuva melancólica. O som do silêncio era ensurdecedor! Gritava e ninguém ouvia chorando de agonia a alma sofria todos os dias.
Mas hoje com o passar do tempo o grito foi abafado por noites em claro, só o som do silêncio existia. Barulho ensurdecedor mesmo sem dizer uma palavra “sê intendeu” que ninguém se importava em destrancar aquela cela, uma cela fria e sem paredes. A pior prisão para se viver dentro de si, como um condenado ao próprio corpo e a própria vida, um condenado a sofrer em silêncio, pois tudo que ele ouvia era seu próprio som do silêncio.
O silêncio do condenado.
Se ninguém vê
não se tem a resposta,
se ninguém te ouve dei graças,
pois o silencio alimenta a alma,
em tantos pedaços se inclui a vertente
magoas, são detalhes entre nos dois,
mentiras entre muitas verdades,
suspiro sem alivio,
carma num precipício,
ao longo do caminho
uma porteira,
e um momento que te amo.
me vejo mais para frente mais nada resta
além do que amei.
Na revolta a voz do silencio é despedida,
está derradeira viravolta,
o suplicio torna se a revolta.
para ter se a verdade dos sentimentos...
lagrimas no silencio...
nada mais se tem...
o desespero,
nada mais...
posso de pedir algo,
apenas o vazio.
Silencio, não tenho medo do silencio.Incomoda um pouco as conversas inteligentes que começam e minha mente entre eu e mim mesmo. Sinto falta do tic-tac do relógio pela casa. Afinal sou do seculo passado da geração horas de cataventos da tv, tempo do automático de luxo e do pre quartzo, era das chaves, das cordas, das manivelas, do impulsionar um pouco antes de chegar ao fim. Ao completar agora anos redondo, hoje não tenho mais medo de falar o que penso mas continuo com muito medo de chegar o tempo onde eu não possa mais querer falar aquilo que acho, assim como compreendo e entendo. A voz do silencio fala e a própria alma silenciosamente, responde por respostas antigas que já está cansado de ouvir. Bendita seja vos solidão, prima irmã da tristeza que não é doença e muito menos demência, é um estado de espirito livre, que nos torna a melhor e a mais agradável companhia de nos mesmo. Incompletamente, por si só, nos basta.
poeira sobre teu ador, sobriedade
terror, silencio, no mar de desilusão...
tentar fingir, sorrir poço sem fim, ser tão feliz,
tudo está escondido no profundo da alma,
os espaços, se tornam maiores,
covardia...sendo forte sem ter forças para viver.