Solidão e Silêncio
A sala vazia
Ecoa a agonia,
Reflexo do silêncio
Que falou alto demais.
Para tantas palavras
Não ditas, não escritas,
Faltaram pedaços de vida
Momentos de ironia.
Faltou preencher
Com suor, lágrimas e alegrias,
O quebra-cabeça chamado vida.
silêncio da alma
Não tenho amigos
Não tenho livros
Não tenho amores
Não tenho nada
Não posso pedir
Não posso falar
Não posso expressar
Não posso sentir
Não posso querer
Não posso surtar
Não posso escrever
Não posso amar
Se eu não posso nada
Tampouco posso existir.
tentei ouvir seu silencio
senti tantas coisas com suas imagens
me vi em cada instante até quando te conheci,
tudo parecia um sonho,
então mergulhei profundo e vi que sofria
com a humanidade daqueles que se dizem humanos,
tão pouco compreendo sua linguagem,
mais se expõem por simples relação visual...
sendo até uma nova patologia
sem mesmo um a relação
apenas um momento final feliz dizem
moralmente repugnantemente,
sua alma imaculada atravessa tudo
e toca meu coração perdido em trevas.
tento sentir um ponto de luz apenas sinto a escuridão.
SUSPIROS (soneto)
Um pesar tão mais saudoso, assim não vejo!
Um vazio no silêncio, barulhento, sem pudor
De tão é a infelicidade, que terebrante é a dor
Que vagar algum pode ofuscar o tal lampejo
Dias rastejam, noites em romarias no andor
Da angústia, que enfileiradas num cortejo
Levam preciosos instantes, pra num despejo
Jogá-los ao luar, sem quer um pejo, amor
Ah! Que bom seria, eu ter qualquer traquejo
No dom da oração, e me ouvisse o Criador
Através do meu olhar, rogando por ensejo
Essa saudade tão mais triste, ainda é clamor!
Inda estão nos versos que no poetar eu adejo
Tentando recreio, para os suspiros transpor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Julho de 2016
Cerrado goiano
E que assim seja....Que o tempo responda por mim e sirva de consolo e que meu silêncio sirva de resposta.
"Pior que uma prisão sem grade é o grito ensurdecedor do silêncio que ecoa em um vazio com milhares de pessoas"
Levo a vida em silêncio,caminho solitário que prosigo.Estrada estrada essa que me levava às multidões,uma tribo só agora me resta.
Sigo passo a passo,no compasso da minha dor.
No silêncio
Nem mesmo um Adeus
Foi capaz de me fazer te esquecer
Vejo você em tudo
Sofro sozinho, no silêncio do entardecer
Sempre que penso em você
Procuro um lugar pra chorar
A dor é intensa e machuca
Me fazendo sofrer e chorar
Lembro dos seus beijos
Meu lábio no seu
Nossos corpos em frênese
Éramos um só corpo uma só alma
Sofro sua ausência
Sofro calado
Choro no canto jogado
Choro sem sua presença.
Minha boca amarga já não sente o doce da sua,
Escravizada pelo silêncio
de alguém que a calou,
Pois ela me abandonou.
Meu coração já não dispara
A solidão me invade e
sinto a marca da saudade
de minha jóia rara.
Queria ouvir o silêncio da minha mente barulhenta, afinal seria incoerente buscar alguma coerência nas contradições que não se contradizem.
"Noite...
Escuridão...
Silêncio...
Frio..
E eu aqui deitado.
Sem meu lenço...
Medo...
Dor..
Onde será que...
Deixei meu amor?
Por favor
Uma dose
De
Poesia...
E tragra um cobertor...
Tempestade
Bem forte
lá fora
E eu aqui
Com medo
Que vai e vai
Em outroura.
Cama gelada
Quarto escuro
Eu
Quase sempre
Me sinto
inseguro.
Lá embaixo...
Às vezes
Sozinho também
Eu preciso
Eu preciso de alguém?
Por quê
É tão bom
E ruin ficar
Sozinho?
...
Sono pega
Acho que vou dormir
Será que alguém
Antes de sonhar
Pensa em mim?
É... chega disso!
Boa noite pra vocês
Fiquem com Deus."
Um mar de calor sem valor
Caindo sob preludio
Naquela época que estava em chamas
Do seu silêncio a vida partiu-se
Como volume que se passou
Austero como aquele dia que morreu
Sendo uma grande parte das vezes viver
Apenas um momento para conseguir
O amor que lhe deu uma nova página
No teu coração que parou diante do amor.
E é no silêncio da escuridão
Que se torna impossível distrair meu coração
Que durante os dias tem sido ludibriado
E esquecido por atividades e amigos
Mas o anoitecer é inevitável, e me encurrala
Um beco sem saída, deserto intrasponível
Onde só me resta pensar em você...
Repasso mil e uma vezes em minha mente
Perco o sono tentando entender
Como pude perder antes mesmo de ter
Sina, azar ou apenas pra confirmar
Que eu não levo jeito pra amar.
Contigo nesse amor
Deixemos no silêncio dos olhares
Tudo que o amor nos fez sentir.
Não procure as palavras
Ao que o coração foi dito por encanto.
Só nos deixe saber
Sem temor e sem pudor
Que nos queremos
Nesse amor que não tem fim.
E até que cesse a luz dos teus olhos,
Até que venha o teu último expirar,
E, sem mim, repouses o teu último sono,
Deixe ao menos que eu espere por ti...
Eu me verei no último raio de luz dos teus olhos,
O meu amor Inspirará o teu último expirar,
Transcenderei o teu sono após o meu
Para acordar do outro lado contigo nesse amor.
Edney Valentim Araújo
Silencio, não tenho medo do silencio.Incomoda um pouco as conversas inteligentes que começam e minha mente entre eu e mim mesmo. Sinto falta do tic-tac do relógio pela casa. Afinal sou do seculo passado da geração horas de cataventos da tv, tempo do automático de luxo e do pre quartzo, era das chaves, das cordas, das manivelas, do impulsionar um pouco antes de chegar ao fim. Ao completar agora anos redondo, hoje não tenho mais medo de falar o que penso mas continuo com muito medo de chegar o tempo onde eu não possa mais querer falar aquilo que acho, assim como compreendo e entendo. A voz do silencio fala e a própria alma silenciosamente, responde por respostas antigas que já está cansado de ouvir. Bendita seja vos solidão, prima irmã da tristeza que não é doença e muito menos demência, é um estado de espirito livre, que nos torna a melhor e a mais agradável companhia de nos mesmo. Incompletamente, por si só, nos basta.