Solidão e Saudade
O dedo bate na corda do violão,
bate uma saudade!
As mãos batem no tambor,
bate uma solidão!
Estou no som da dor,
não há lamento no silêncio.
Coração por que me inquietas com tantas paixões,
já não basta bater, para manter, o meu corpo vivo?
Saudade
E sei hoje na saudade mais pungente o peso da solidão.
Vale mais aquele sorriso torto, que a lágrima fria.
Valem as cartas que gritam que o silêncio pálido.
Bem, quando a voz cala, o tempo para.
Nada a dizer, nem a ouvir, apenas o silêncio surdo.
Sobrou pouco, daquele tudo, sobrou nada.
Alguns poemas, o arranhão na garganta, o nó no peito.
O gosto do beijo quente gelado sem cobertor.
Nossas mazelas, sem perdão .
Coração de pedra, desalmada, desgraçada.
Xícara de família estilhaçada.
Uma passagem só de ida pra Madri.
Opus profundo do amor fecundo.
Aquela música me toca e dança agora só com o vento.
Adeus sem despedida, só ressentimento.
Há um ar de tristeza quando chove
Frio, saudade e muta solidão
É uma melancolia que nos absorve
Nessa úmida desolação
' IMENSA LACUNA '
Saudade amiga da solidão,
Emoção que o peito invade
E sem pedir permissão ,
aloja com imensidade
Saudade, imensa lacuna,
Gritando dentro de mim,
Fazendo grande bagunça,
Secando meu belo jardim .
Partiste sem dizer adeus ,
Fostes embora sem aviso,
Saudade dos abraços teus,
De teu perfume e teu riso .
As vezes boas lembranças ,
Nos fazem dar boas risadas
Saudade um sentimento
Que o tempo não apaga !
Maria Francisca Leite
SAUDADE E SOLIDÃO
Nesse mar de saudade e solidão; pulsa forte meu coração
Buscando abraçar o seu amor
Na fortaleza de uma eterna paixão
Findando assim contigo meus dias
Com amor, ternura e alegria,
Nos braços e abraços
Do meu bem-querer
Na alvorada e anoitecer
Te Amar, amar e amar !
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados sob a Lei -9.610/98
NA SAUDADE SE ARRASTA
Os versos que no versejar te beijo
É dura solidão que ali se esconde
Um aperto que a dor corresponde
Do carecer meu, de arfante desejo
Como importa saber como e onde
Caminha o teu coração, relampejo
Minh’alma, e o nosso suspirar vejo
A ilusão, a tortura, o sonho, donde
Vem a sensação do vinho já vertido
Que corre na agonia, tão traiçoeira
Embebedando o sentimento sofrido
Vem da nostalgia, de uma sede casta
Da afeição, e de uma emoção inteira
Ardente, que na saudade se arrasta.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 junho 2024, 17’31” – Araguari, MG
A saudade é tolerável, mas quando ela se adere com a solidão é como um instrumento que dilacera sua alma, arranca sua calma e se adere ao seu corpo como um peso em um montanha.
Indesejada solidão
O que me invade de saudades
Se não meus pensamentos em você...
Eu que sou um pouquinho só
Do muito que me torno com você.
Muitos são os ventos que me assolam
Na ilusão de afastar a solidão,
Um só é meu desejo...
Me entregar inteiro em tuas mãos.
Se por afeto ou por carinho
Seja para ti o meu amor como for,
De corpo, alma e coração no teu querer...
Que padeça em mim só a indesejada solidão.
Edney Valentim Araújo
mar de solidão
mares que naveguei
mares tanto amei,
trazer o vento foste saudades
entre mares que sufoquei por amar
suspirei até perder ar
ver as nuvens soprar
boa esperança sob o mar
o sopro das leva as estrelas
na noite, meu clamor desvirtua
sonhos, de dia afogado por cada luz,
no julgo, o amplo beijo de um canto,
a sereias, sob ondas da tempestade afrontas
num carta que saudosa clamou no silencio,
dando ao tempo o vigor da paixão,
soltando a imaginação se tem o ador,
mais um gole de água quente o desejo te beijar,
o tempo parece parado nesse imenso mar,
o atraso que dias parecem e somem...
num ma que parece um deserto de água salgada,
os vultos trazem ilusões que tanto quero ter no coração,
dizem que vazio no peito nunca preenchido por um instante,
mas, por momentos acolhidos no maior desejo dessa vida.
tudo ganha fantasias no ares a maresia,
que a vontade de viver desaparece pois solidão a consome,
em prantos á melancolia tira a fome e sede,
seco coração pois fervor das temperes transcendem o tempo,
me fazem deixar o amor para viver aventuras,
sonso desejo que flui pelo coração se expõem
nos pensamento ao longe...
SAUDADE! Um substantivo abstrato que nos remete a solidão,nos fazendo sofrer. Infelizmente perdemos entes queridos e amigos, mas o ciclo da vida nos deixa triste, mas esse sentimento tem que ser substituído pela fé e paz em nossos corações, afinal de contas nada e ninguém e eterno!
SOLIDÃO
É este mar de saudade, Que invade meu coração
Sem dó nem piedade, Neste mar de solidão
Deixo à vontade o silêncio, De ansiedade agonizar
P'ra viver minha paixão, P'ra sempre irei te amar !
Saudade que me embala, que minh'alma não se cala
Nem sufoca o coração , Vai vivendo neste espaço
Onde o viver é escasso, No meu mar de solidão
Onde amo em silêncio, no calor de uma paixão
Sim, a solidão aparenta, Como Um animal feroz
A destruir sentimentos, sem pensar por um momento ,
Jamais ela acalenta, e a alegria, com prazer destrói
É preciso ser forte, manter bons sentimentos
Para mandar essa fera, bem pra longe de nós.
É preciso sempre ter um coração sonhador,
Não deixe tal fera, dominar qual seja a sua dor
Nesses versos eu me vejo dentro da minha fé
Com sorriso de criança em corpo de Mulher.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei-9.610/98
Quando menina eu pressentia
que tinha nascido com a solidão e a saudade
atracadas em mim ...
Hoje sei
que quando eu ainda nem falava
minha premonição já se dizia realizada.
Solidão radiante
Clichê de saudade que não permanece
Calmaria envolvente
Voltar a reforçar desejo
Tudo tem o seu tempo
Água que adoptei
Que sinto nos pés
Fresco que me sobe
Coração em rejuvenescimento
Assumo esta imagem
Parecida comigo
Encanto de ser eu
Egoísta poderei ser
Álbum de memórias vazio
De alma lavada
Ternura que permanece
Sintomas de insistir
Em daqui ser feliz
(Adonis Silva)09-2018)
“Volontà di”
Perdido aqui, num poema sem direção
entre saudades, solidão e tanto pelejo
que ao estimar tanta sensação, desejo
usar cada sentido e cada pura emoção
Do coração um olhar repleto de paixão
aquela visão numa poética em cortejo
de poetar a quem mereça o doce beijo
abraços, em resumo uma grata razão
Aquelas odes bem talhadas, diferente
repletas dum sentimento inteiramente
pairando numa vontade farta de ardor
Aquelas odes com tudo, não metade
que nos carrega além da eternidade
as autênticas prosas do total amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 fevereiro, 2022, 15’42” – Araguari, MG