Solidão
“Coloque um sorriso no rosto, converse com a solidão, abrace essa saudade que aperta tua alma, suspire fundo e acaricie a esperança da vida nesse ar que acabas de soltar...
Ja é noite, floresceu a solidão. pensamentos, momentos, lembranças de tempos que não voltarão.
Mas tudo é faze, tudo é momento, são coisas que se ajeitam dando tempo ao tempo. Não se auto critique por algo que já aconteceu, tudo já estava escrito e pronto para acontecer. São etapas, momentos da vida que nos fazem aprender, alguns momentos em que achamos que tudo ja se perdeu, mas se acalme pois são apenas páginas de um livro que você ainda não escreveu!
SONETO NA CONTRAMÃO
O badalo bate, o sino da igreja soa
Qual navalha o som corta a solidão
Chiando no silêncio pesar e aflição
E no relógio a hora a ligeireza ecoa
Num labirinto de saudade e emoção
A lembrança de asas no tempo voa
Desgovernando o sentimento a toa
Num vácuo de suspiros no coração
Então, o seu ganido invade a proa
Da alma, que se sente sem razão
E cansada de tantos ruídos, arpoa
Nesta quimera de dor e de paixão
Os olhos são cerrados pela garoa
Pingada das lágrimas na contramão
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
O silêncio e a solidão são ferramentas de quem busca a si mesmo e tormento de quem está fugindo de si.
SONETO SEM SORTE
Amor, quantos espinhos há na tua haste
Arranhando a solidão aqui no meu peito
Errante nos sóis e chuvas, sem ser eleito
Entre estações sós, num triste contraste
Saudades passam, e não passa o efeito
Porém, tu e eu, amor, no mesmo engaste
O fado faz que a desventura nos arraste
Por outonos, num desfolhamento do leito
Pensar que custa tanto, tanto desgaste
Quando poderia ser diferente, ser feito
Com companhia, desde que chegaste
Mas tu e eu simplesmente sem preceito
Ali onde o passado no remorso choraste
Semeamos a sorte sem nenhum proveito
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2016
Cerrado goiano
Acorde três vezes de madrugada. Na primeira, de triste, depois de alegria e, finalmente, de solidão. As lágrimas de um profunda perda acordaram-me devagar, banhando meu rosto como o toque reconfortante de um pano úmido em mãos tranquilizadoras. Virei o rosto no travesseiro molhado e naveguei por um rio salgado para dentro das cavernas da dor relembrada, para as profundezas subterrâneas do sono.
Despeitei, então, de pura alegria, o corpo arqueado nos espasmos da união física, sentindo o toque de seu ainda na minha pele, morrendo ao longo dos caminho dos meus nervos como as ondulações da consumação espalhando-se a partir do cerne do meu ser. Repeli a consciência, virando-me outra vez, buscando o cheiro pungente e penetrante do desejo satisfeito de um homem e, nos braços reconfortantes do meu amado, adormeci.
Na terceira vez, acordei sozinha, além do alcance do amor ou do sofrimento. A visão das rochas estava nítida em minha mente. Um pequeno círculo, pedras verticais no topo de uma colina verde e íngreme. O nome da colina é Craigh na Dun; a colina das fadas. Alguns dizem que a colina é encantada, outros, que é amaldiçoada. Todos têm rezão. Mas ninguém conhece a função ou o propósito das pedras.
Exceto eu.
A libélula no âmbar, Outlander
fruto do desconhecido
ador que não se cala,
solidão que se ama,
na fronteiras do devido lugar
o amor se torna notório,
bem como o mar de solidão,
maresia desconhecida paixão passageira,
deformações de um tempo que passou diante o amor.
Solidão foi o primeiro sabor que eu provei na minha vida, e estava sempre lá, escondido dentro das fendas da minha boca, me lembrando.
O pior poço e o da solidão e o que você não consegue sair,mas a maior vitoria e conseguir subir e descobri a saída....
Sozinho
Sou um homem sozinho no meio da multidao
Olhando para o céu e sentindo a solidão
Zelando tanto por um amor complexo
Indo e vindo nesse mundo vazio
Não vejo a hora de abraçar que eu amo
Hoje sinto o peso de estar sozinho
Olho para o meu futuro e sigo em frente porque nele serei feliz
Autor: F.M
A SOLIDÃO QUE INQUIETA (soneto)
A solidão que inquieta, pesar repicado
Da distância, que a lamentar me vejo
Não basta o choro por estar separado
São infortúnios do fado que lacrimejo
Tão pouco é saber que sou amado
Nem só querer o teu olhar: o quero
Muito. Este sentimento tão delicado
Onde os versos rimam no teu beijo
São saudades que no peito, consomem
Que não me acanham, e é tal pobreza
Do vazio, por eu não ao teu lado estar
Mas eleva o afeto dum piegas homem
Ser de erros sempre e, na maior pureza
Existir no amador e humanamente amar...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Sozinho
No meio da noite escura a solidão se aproxima junto com a tristeza e o vazio olhando para o tento, escutando minhas musicas começo a chorar lentamente, a saudade domina meu coração e se alastra pelo quarto e aquela solidão aumenta e o pequeno quanto se torna imenso junto a esse vazio que a saudade causa, todas as noites passo por essa situação mas não me deixo tudo isso me dominar pois quando isso acontece lembro de um amor que tenho por um ser maravilhoso e as noites ficam melhores meu coração se alegra a solidão diminui e a tristeza acaba, mas a saudade continua pois mesmo tendo um amor essa pessoa não esta ao meu lado ainda mas metade de mim esta com ela, um dia essa saudade ira sumir pois estarei com ela e não irei mais ficar triste.
Autor: F.M
À SOLIDÃO (soneto)
Oh! jornada de inação. O silêncio em arruaça
Arde as mãos, o coração, aperreado arrepia
O olhar, tremulo e ansioso, tão calado espia
O tempo, no tempo, lento, que ali não passa
No cerrado ressequido, emurchecido é o dia
E vê fugir, a noite ribanceira abaixo, devassa
E só, abafadiço, o isolamento estardalhaça
No peito aflito de uma emoção áspera e fria
Pobre! Se põe a sofrer, nesta tua má sorte
No indizível horror de um sentimento vão
Quando silenciosa e solitária é a morte...
Bem à tua paz! Bem ao teu “às” sossego!
Melhor na quietude, ao espírito elevação.
Se na solidão, viva! E saia deste apego!...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 11 de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando