Soldado
O soldado está a serviço daquele que o chamou em seu ofício. Como tal, tem que viver a luta em tempos de guerra e conflitos; Não olhar para a sua própria condição para enfrentar os problemas.
Ainda que ferido, tendo forças; Ainda está apto para lutar enquanto viver.
Um bom soldado também sente medo, porém esta sempre preparado para as batalhas, já o covarde diz que as armas que tem não serve e faz do seu medo um motivo para desistir antes mesmo de lutar!
Sem emoções
O fundamental de duas figuras antagônicas, o soldado e o médico, equilíbrio emocional, soldado para tirar uma vida e o médico para salvar uma vida, sem o prejuízo do caos do momento.
“Guerra interna”
Tido como abatido
Nada mais que soldado ferido
Todo pronto para o exorcismo
Eu sou manso mas as vezes cismo
Conhece-me, me ama, te tinto
As espadas já estão tinindo
Recai… Acabei sorrindo
Assassinei teu beijo sumido
Parei
Não olhei, não senti
É desse jeito
Disfarço fluí
Driblei os entes, sem gente sumir
Assumi
Não me importo com seu ir
Desculpa se sou grosso no meu refletir
Olhei para dentro, angustia senti
Contradisse-me
A contragosto pedi
Dentes arrancados para me fazer sorrir
Provavelmente vai doer muito, mas não vai te matar. De pé, soldado, hora de marchar!
(Bill Overbeck)
O SOLDADO BEBE
"Desejos desfeitos,
magoas de quartel,
Sentado em frente ao balcão
O Soldado Bebe,
No seu copo uma imagem distorcida,
Sua amante num balet,
Com o coração semeado por essa ilusão,
o Soldado traga,
Lágrimas no rosto,
Ele está doente,
Quer ir para casa,
não tem forças,
O Soldado tomba.".
Geraldo Magela Gonçalves
Viva como um soldado! Lute sempre pelos seus sonhos, metas e objetivos. Pare de lutar apenas quando você estiver num caixão
Tenho aprendido no guerrear de minhas batalhas, não lutar mais sozinha. Compreendo que sou soldado, mas tenho um comandante que está disposto à ir na frete, junto, não me prometendo que não terei feridas nesta guerra, e poderei estar em frangalhos, porém este comandante me diz que o segredo não é a guerra por si só, é quem dela não desistiu, porque valia a pena lutar. O segredo não é quem é restaurado e sim quem restaura. Você pode estar cansado, dilacerado e cheio de feridas. Ele, o seu comandante está contigo e a vitória tem o sabor de um novo ciclo, uma nova vida!
Carta de um soldado brasileiro
Sobrevivente da 2ª guerra mundial...
Escrevo-vos com a mão esquerda
Que é a mão do lado do coração
Andei por muitas veredas
Vi gente sem compaixão
Vi a vida ser desfeita
Vi gente caída ao chão
Andei por ruas estreitas
Vi bocas falando em vão
Vi o horror pela greta
Vi tantos cultos e seitas
Clamando em oração
Vi o mal que se envereda
Vi fogos e labaredas
Vi guerra e destruição.
O Guardião
Na porta do tempo, todos os dias têm um Soldado que guarda a entrada do Dia e puxa os lençóis da Noite.
Tudo na hora certa, matematicamente de uma precisão exata. Cansado dos anos, das horas de sentinela, o Soldado reclamou ao Crepúsculo da sua solidão.
Queria companhia, o isolamento ecoava cores de espectros. O Crepúsculo argumentou ao Soldado:
– Mas você não está sozinho, tem o Dia, o Sol, as Nuvens, avista as tempestades ao longe. No demais, nunca vai saber com que roupa o Dia vai sair e ainda tem a Noite, que chega elegante, às vezes chora, é dramática, tem broche no peito adornado de brilhantes.
O Soldado reclamou:
– Mas o Dia é desorganizado e bagunçado, às vezes, se veste com manga ou sem manga, simplesmente navega e acontece.
– Mas que prefere – perguntou o Crepúsculo?
– Uma associação, um afeto, disse o Soldado.
O Crepúsculo conversou com o Dia e a Noite, e no consenso, emprestaram uma Estrela no peito do Soldado guardião.
– Mas você, que foi ostentoso e observador, vamos enfeitar seu isolamento com uma Estrela que adornará sua ombreira.
O Dia, o grande negociador, bateu o martelo.
Ficou o Soldado feliz, agora não ficaria só com a Noite, que o fazia conversar permanentemente com a sua solidão; tinha Estrela para apaziguar seu imperativo.
Ficou deslumbrado com sua elegância, aparecia sempre elegante, de pouca conversa, não discordava, somente piscava, deixava passar. Estrela dormia muito durante o dia. Conversava incessantemente com a Lua, amiga íntima.
O Soldado, cada vez mais apaixonado, se esquecera do combinado. Passou a decretar mesa posta na hora perfeita, jantares perfumados e fumegantes para saciar seu desejo.
Estrela se queixou dos afazeres para a Constelação.
O Dia, enamorado de longa data por Estrela viu a batalha anunciada. O Corpo Astral deliberou sobre a palavra “emprestar” e se concluiu que era ceder.
Na disputa, os aspectos, os Ares advogados, concluíram que ceder podia ser renunciar ou abdicar.
E virou guerra, o Soldado armado, o Dia almejando vingança.
Na ocasião do duelo Estrela partiu, a oportunidade marchou com apetite de retaliação.
O Dia estava com fome
comeu toda a Noite
mas sobrou a Lua
que ao correr do Dia
foi devorada
A Noite queria se vingar
comeu todo o Dia
fez a Escuridão aparecer
Combateram.
No mais restaram poucos amigos, cada um no seu tempo ajuizado. Do Soldado sobrou um apagão sentimental e uma sina, uma Estrela Rutilada decorando lembranças em seu uniforme para sempre, dos tempos largados em ação.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
"" Medo, preservação compulsiva
avante soldado, sua arma é a paz
lute, como voraz selvagem a procura do alimento
medo, sintonia de uma alma guerreira, calculista
a luta é logo ali, onde o desfiladeiro procura quem tem asas
voe, como condor arrematando o céu
pois que de derrotados o mundo anda cheio
mas a vitória não é para qualquer um
o sangue na ponta da espada justifica o medo
ele escorre pelos beirais repletos de pardais
que esperam solitários, suas almas gêmeas...
O covarde prefere fugir da linha de frente do bom combate, ao passo que o bom soldado permanece firme empunhando a espada até que a vitória ou o legado sejam conquistados.
Nos passos
do meu soldado
cansado voltando
da guerra disposto
a cantar o amor
para o mundo,
não duvide nem
por um minuto.
Os meus olhos
hão de cantar
a canção silente
de felicidade
no aconchego
destes braços
sem regresso.
Na tranquilidade
da luz da lua
iluminando
os poros trigais
desta tua pele,
oferto-te a paz
que só os meus
quadris podem
te conceder,
e nenhum mais.
Os meus beijos
irão se expressar
em desejos totais
e sensualidade
na corporificação
desta paixão
onde nem o céu
há de ser o limite.
Pagando o alto preço
dos poetas em vida,
com igual honra
do soldado regressado
de vez da guerra,
Para no futuro virar
o pão de quem precisa
seguindo tranquila
para um lugar distante
da minha terra,
Não duvido do que
está sendo escrito
pelo sutil destino
inevitável em pleno
mundo esquisito,
Respirando fundo
sempre que passo
por uma provação,
em nome do dia certo
que sei que tu vens,
Você é que tem feito
com que eu resista
as intrigas e a malícia
de quem acha que
assim me esgota
e se diverte comigo,
Nenhuma saia justa
tem me vestido mais
do que o mau tempo
e a distância de não
ter você por aqui;
E tocando o éter
da tua história,
pressinto que
os teus lábios silentes
ainda me resguardam
no peito como a balada
de amor inabalável,...
Caminhante em círculos,
sem data e hora marcada,
até porque não nos conhecemos;
e por Júpiter, Saturno e a Lua
todos foram surpreendidos,
mas certa de que invencíveis seremos
quando pele com pele nós dois habitaremos.
Da América do Sul
eu sou o último
soldado da trincheira,
Poema de sete
assentamentos,
Letras de sete
indomáveis ventos
agitando o mar
para a memória
jamais se apagar.
A ironia orquestrada
a palavra descumprida,
não serão ultimatos,
porque o justo sempre
há de ser irrenunciável,
a história, a verdade
e os fatos jamais
serão apagados.
Neste oceânico
poemário altivo
como o vale
e de uma história
que envolve
uma questão
não honrada,
e uma injustiça
cometida no dia
primeiro que por
haverá sempre
de ser relembrada.
Não existe soldado sem poeta, nem poeta sem soldado. O poeta é um soldado!
Aprendam, senhores! O Patrono do Serviço Militar Brasileiro é um poeta! Salve, Salve o Olavo Bilac o Príncipe dos Poetas!
Sob a verdade, o céu e o sol,
O soldado que não foi
convidado se chama intruso;
O canto que resiste a tudo
se encontra em Mariupol:
Ontem, hoje e sempre grãos
de esperança e de girassol.