Sinceridade

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Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal.

Oscar Wilde
WILDE, O. Intenções: Quatro ensaios sobre estética. Lisboa: Cotovia. 1992

Quanto mais bonita for a mulher, tanto mais tem de ser sincera, pois somente com a sinceridade pode corrigir os prejuízos que a sua beleza pode culpar.

Gotthold Lessing

Nota: citado em "Filosofia Para o DIa a Dia", Gleibe Pretti, Clube de Autores, 2010

A sinceridade e a generosidade se não forem temperadas com moderação conduzem infalivelmente à ruína.

Dá tanto trabalho escrever um livro mau como um bom; ele brota com igual sinceridade da alma do autor.

A sinceridade imprudente é uma espécie de nudez que nos torna indecentes e desprezíveis.

A sinceridade é muitas vezes louvada, mas nunca invejada.

Uma verdade claramente compreendida não pode ser escrita com sinceridade.

Um mérito se deve reconhecer na hipocrisia: aprendeu a falar com sinceridade.

Os homens são sempre sinceros. Mudam de sinceridade, nada mais

A minha música é o reflexo da sinceridade.

Heitor Villa-Lobos

Nota: Trecho de discurso em João Pessoa, 1951

Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são.

Os Viajantes e o Urso

Um dia dois viajantes deram de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia conseguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
– O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
– Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história:
A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade.

Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária.

Fernando Pessoa
Bernardo Soares, "Livro do Desassossego", 1982

As pessoas fracas não podem ser sinceras.

Se fôssemos sinceros em dizer o que sentimos e pensamos uns dos outros, em declarar os motivos e fins das nossas ações, seríamos reciprocamente odiosos e não poderíamos viver em sociedade.

Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.

Fernando Pessoa
Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. Lisboa: Ática. 1966. p. 93

As pessoas estão tão acostumadas a ouvir mentiras, que sinceridade demais choca e faz com que você pareça arrogante.

A única coisa que importa é colocar em prática, com sinceridade e seriedade, aquilo em que se acredita.

As portas do espírito só se abrem à perfeita sinceridade de propósitos.

Só me fala que vai me aturar. Aturar minha mente confusa, minha memória irritante, minha sinceridade exagerada. Aturar quando eu falar que te amo mais e também quando eu não falar que te amo. Aturar e segurar tudo não por mim, nem por você… Mas por nós.