Sinais
Fique atento aos sinais
Tem certas coisas que a vida sinaliza pra gente ...
A gente já sabia o resultado, já sabia que tudo o que estava sendo dito , estava sendo dito por pura emoção ...
Aí então vc se vê vivendo tudo o que já tinha vivido antes ...
E se pergunta tarde de mais ...
E se ?... ( advérbio de dúvida )
E se meu ouvido tivesse perdido a audição , ou meu neuro frontal me fizesse conduzir até minha casa e trancafiar qualquer possibilidade da ameaça que hj se materializa nas decisões que eu tomei !!!
Foda!!!!!!!!!
Já dizia o filósofo que não sabe nada de científico, mas saca da vida, e sabe viver !
O tempo volta ???
Eu sei que não volta ...
Foda !!!!!!!!!!!!!!!!!!
Agora com mais explosão ... O filósofo povão tem sempre mais razão !
As marcas da infância refulgem
No meu eu posterior,
Estes sinais otimizados me guiam
Por caminhos desconhecidos.
Cicatrizes de uma criança
Descansam na minha massa cinzenta,
Os pensamento atrozes julgam-me
Por minha versão anterior.
Sou uma criança atualizada,
Sem máculas do passado,
Com as cicatrizes curadas
Sou criança mesmo que adultizado.
Quando o silêncio se faz presente em nós e meditamos, percebemos sinais e compreendemos que a vida nos fala a todo momento.
Incrível como Deus mostra caminhos que nos fazem perceber os sinais demarcados por Ele, e naquele ponto sinalizado ao qual nos fomos levados enxergamos com nossos olhos da alma que nossas situações de adversidades na vida é um grão de areia ante a rocha que se encontra naquela sinalização...
Se teu caminho estiver bifurcado olhe para os sinais que encontrares, pois são eles que vão te mostrar os atalhos para a direção certa onde teus pés pisarão em terra firme que Deus preparou pra ti.
Mesmo nos momentos mais difíceis, quando a esperança parece esgotar-se, Deus nos envia sinais de alívio e superação.
Pode ser um momento de silêncio, uma palavra repentina, um sorriso inesperado de alguém ou até mesmo a contemplação curiosa do que nos cerca.
É preciso prestar atenção.
É preciso começar o dia disposto a reconhecer esses sinais e os bons caminhos que Deus nos aponta.
E todo está sensação pode começar por um simples BOM DIA.
Ana Julia...
Ana Júlia já percebera em seu corpo alguns sinais do tempo, as mulheres são mais atentas, normalmente cuidam-se mais, mas suas mãos evidenciavam o que os afazeres de todos os dias vinham adiando, ter a consciência de que anos se passaram.
Sem saber ainda porque, em plena manhã de domingo, esse olhar mais atento para essa parte de seu corpo fez com que pensasse em como estava sua vida frente aos planos de sua juventude, quando imaginava para si um mundo sem limites e uma certeza de que poderia ser e fazer o que quisesse de sua vida.
Estava só, o esposo e as três filhas, jovens adultas, haviam saído para fazer algumas compras necessárias para uma pequena viagem de fim de semana numa casa de campo cedida por amigos.
Um pouco confusa com essa inquietação aparentemente sem motivo buscou em uma gaveta da cômoda uma delicada caixa de música, cuidadosamente guardada, ainda envolvida em tecido aveludado.
Mesmo sem acionar o mecanismo daquele relicário ouvia a suave música a tocar, lágrimas e uma intensa tristeza a envolveram no mesmo ambiente onde crescera e presenciara a lenta agonia de seu pai, época em que a tuberculose assombrava as famílias.
Nunca o perdoara pela vida boêmia e descuidada que o afetara e também à toda família, só não ficaram sem um teto porque a casa era fruto de herança de sua mãe, que mantinha o básico lavando, passando e costurando roupas para famílias de posse das redondezas, logo que aprendera Ana Julia também participava desse ofício.
O que mais a incomodava naquela época era a postura de sua mãe que, em muitas das noites que passara acordada preocupada com o marido, ficava em oração sem reclamar e de onde se abastecia de toda a energia de que precisava para continuar.
Ana Julia ainda mantinha vivas as lembranças das várias madrugadas quando, acordada e envergonhada, ouvia o pai entoar músicas ininteligíveis, enquanto era uma vez mais carregado pelos amigos da noite casa adentro, com as vestes sujas e cheiro forte de bebida, Ana Julia, observara incontáveis vezes daquele quarto sua mãe, gentil e resignada, o acolher e o acomodar como podia no surrado sofá da sala.
Durante anos e inúmeras noites em que a mesma cena se repetia sua mãe com o passar dos anos adoecera, e, enquanto seu pai estivera vivo, ela, com o que lhe restava de forças, dele cuidava sem reclamar.
Logo após o falecimento de seu pai sua mãe também se despediu de sua vida de entrega e amor, em seu leito Ana Julia a questionara uma única vez, porque permitira tanto sofrimento e humilhação sem reagir ou reclamar, em resposta ouvira, “sempre soube que você esperava uma reação minha, me perdoe, chegará o dia em que você entenderá”.
Ana Julia buscava ainda a compreensão de tanta abnegação, doação e amor em meio à doença, restrições e vergonha ao longo de tantos anos com o consequente afastamento da maioria dos familiares e amigos.
Finda em sua mente a música suave e delicada, com mais atenção olhava para a caixa de música e relia uma frase por seu pai gravada, “Meu amor me perdoe por todo o sofrimento que te causarei”.
Sua mãe fizera uma escolha consciente, sabendo o que enfrentaria na vida ao lado do companheiro que amava.
Iguais à ela quantas pessoas mais possuem essa força que, para quem está de fora observando sem compreender, beira à loucura, à baixa autoestima e ausência de amor-próprio?
Ana Julia, logo após a morte de sua mãe, decidira que não repetiria aquela história e hoje ainda busca a sua resposta, “...chegará o dia em que você entenderá”.
Eu queria lhe entender
E conseguir te decifrar
Compreender os seus sorrisos
E os sinais que tu me dá.
Me sinto inseguro
E não consigo me engajar
Pois podem ser meus olhos
Querendo me enganar.
Mas eu não quero estar errado
E prefiro acreditar
Investir nesse meu sonho
No qual juntos vamos estar.
Só quero que entendas
E não julgues, por favor...
Pois não me vejo com a culpa
Por acreditar de mais no amor.
A vida dá sinais! Para alguns, ela sussurra e é o suficiente. Para outros, ela grita. Mas que ela avisa... Ahhh, isso ela faz! E não falha! É só estar atento! É só ouvir! É só saber ouvir!
Não remenda teus rasgões. Deixa os buracos aparecerem como sinais de vida vivida. Somente quem já derrapou nas curvas e caiu em abismos sabe os caminhos, conhece os desvios, aprendeu que a nossa história se faz de percursos muitas vezes íngremes e que é preciso a turbulência para que busquemos o equilíbrio; é necessária a escuridão para que enxerguemos a luz.
Não se ensina ninguém a viver, aprendemos a viver da forma como vamos reconhecendo os sinais e interpretando eles, mas para isso precisamos ser corajosos e sair da zona de conforto e da caixa dos medos.
Nunca saberemos o que há por trás de uma porta se não arriscarmos a abri-la... Podemos passar o resto da vida que temos aqui na mesmice, submisso aos nossos medos, ou podemos buscar nossos sonhos e objetivos e querer lutar pelo o que queremos.
Ninguém pode dizer pra você o que você tem que fazer, só podemos orientar o que pode ser melhor para você.
Inspirando imagens, expirando sinais.
"Esta história se conta de um jeito diferente.
Não é compacta. Não é linear. Como quase tudo neste mundo, não precisa fazer sentido".
Está história não é escrita, é sinalizada.