Silhueta
Te imaginei...
Fantasiei as linhas
A silhueta e a alma nuas
Observei cada detalhe
Cada entalhe
Uma a uma as curvas
A pele naturalmente bronzeada
Na cor da carne de caju
Mulher madura
Belíssima simetria
Que me fascina
E, assim me inspira
A escrever linhas e mais linhas
Desta nova poesia
Mulher, suspiração divina
(25/04/2019)
Mencioná-la
Mencioná-la me fez sentir tua presença
Tua silhueta não se fazia visível, ao mesmo que tua voz, alguriava meu interior, tremulava meu ser ao contemplar um outro lado.
Mencioná-la me fez sentir tua presença
E olhar ao redor a procurá-la, enquanto teus dedos macabros tocavam minha pele fria, agoniava-me pela sensação de não mais estar só.
Os algozes de minha paz eram em ti, pois tirava-me do conforto da crença: "estará tudo bem". Tua presença, nada além anunciava, do que um vindouro desespero.
Mencioná-la me fez lembrar de ti, e a forma invisível que habita o negro de minha vasta imensidão, agora olha por teus olhos.
Deus tenha por mim piedade, para que nada além de devaneio, tu sejas, mas imaginá-la, parada a observar-me pela porta, já torna-se suficiente para fazê-la o temor, o medo real neste mundo de devaneios, ou esse medo de devaneios, em um mundo não suficientemente real.
Hoje lembrei de ti, e mencioná-la, me fez crer que sempre esteve presente. Sempre estarás.
Sereia encantadora
Inesperadamente algo apareceu
Era uma silhueta nas águas
E uma voz doce cantava
Ah! Como me seduzia essa melodia
No dia seguinte , no mesmo lugar estive
Procurei na imensidão do oceano
Na noite mais escura
Adentrava na sua procura
Tempos , como Luas passaram
O garoto sonhador deixou a existência
Deu lugar há um grande homem
Cujo não havia nome
Sobretudo faltava quem o amasse
E por sua vez não tinha nada
Que o fizesse parar e desistir
Então , não por acaso
Ouviu uma bela voz no mar
Sem pensar saltou e começou a nadar
Não dispunha de prata nem ouro
Mas seus olhos comtemplaram
A maravilhosa sereia
Na sua plenitude esplêndida
Ela o encantava
E com um beijo marcante
O homem foi levado para as profundezas
Perdido nas infinitas águas
Afogando-se no sentimento
De sentir o seu corpo e ama-la
e tudo se cumpriu, mas não como nos sonhos daquela menina de silhueta magra, da miúda da minha memória que se agarra a mim e parece não querer cortar o cordão umbilical que nos une, garota que parece ter adormecido com o rosto entre as mãos, gostava de a poder reconfortar, mas os nossos silêncios são mistérios que tecem memórias, onde o sol começa a desaparecer...
'É de uma imbecilidade absoluta, alguém não compreender o amor, além de uma silhueta ou de um status".
.Dose de loucura
Dos sonhos angustiantes,
meus olhos vieram a querer,
sua silhueta tentadora,
que criou meu novo ser.
Seus cabelos reluzentes,
que me traz desolação,
seu sorriso oculta,
incita purificação.
Minha mente instável,
me prende em seu olhar,
minha insanidade,
eu só consigo, em ti, pensar.
Nessa ilha vazia..
As aguas em ondas de esperança vem...
Meu coração traça a silhueta tua...
Mas, em minutos..
A torrente a desfaz...
Deixando a areia, e o silêncio para trás..
Óh, pobre coração perecendo...
Numa ilha, solitário e morrendo..
Esperando ti, meu remédio...
Entre a neblina e o tédio...
Tão distante daqui...
Desatraco meu barco e sigo...
Remoendo a tristeza e a dor...
Não espero mais pelo vento...
E não quero em nenhum porto ancorar...
Sem olhar ao horizonte...
Sei que você , não mais voltará....
“Sinos a badalar
Na silhueta do teu corpo que o sino toca
para que dances para mim e rebolando
e que nossos braços se junta
num abraço de amor”
― Michael Vlamis
**À Beira do Amor**
No crepúsculo dos meus desejos, tua silhueta dança,
Elusiva como a brisa que escapa entre meus dedos.
Em cada gesto teu, uma esperança se lança,
E em cada silêncio teu, morrem meus segredos.
Admiro-te, oh flor não colhida, em teu jardim secreto,
Tua voz, melodia que ecoa em meu vazio noturno.
Amo-te em um sussurro, em um mundo discreto,
Onde meu coração clama em um palco taciturno.
Mas oh, doce amargura deste amor não retribuído!
Como dói alimentar essa chama em vão,
Onde cada sorriso teu, para mim, tão restrito,
É um prelúdio de um inverno em meu coração.
No espelho das águas, minha alma questiona,
Devo navegar por este mar, ou novas terras buscar?
Talvez em outro olhar, a luz da paixão reabona,
Ou sob estas estrelas solitárias, continuo a vagar?
Ah, mas essa incerteza, tortura e guia,
Tece em mim uma rede de profundo ardor.
Mesmo no abismo da não reciprocidade, eu te queria,
Enquanto a esperança, em seu último fulgor, ainda clama por amor.
Então, fico à beira do amanhã, pensativo,
Entre a dor da paixão e a paz do esquecimento.
A cada aurora, o amor parece menos cativo,
Mas a cada crepúsculo, ele revive no vento.
Assim permaneço, entre o adeus e o eterno abraço,
Numa dança que oscila entre a luz e a escuridão.
Amor, esse enigma que desvendo passo a passo,
Decidindo se em tua ausência, ou em tua mão, encontro minha canção.
O quanto eu desconheço o amanhã.
O que ontem
A serena silhueta da janela
Pensava saber
Hoje, a olhando assim, de longe
Aparenta ter certeza que não sabe
O tempo trouxe uma surpresa
Mas ainda não mostrou como se desembrulha
De longe, apenas vejo
A sereninade, que antes não havia
Hoje, apesar de cair com mais facilidade
Tende a demonstrar mais equilíbrio
e menos pressa
Aparenta ter mais fé
e menos crença nas promessas
Chega mesmo a transmitir-me
Uma certa impressão
De que hoje ela até pense, antes de agir
Mas não sou de me deixar levar por impressões
Eu só conheço o tempo, pois conheço o ontem
Eu conheço o tempo e reconheço
O quanto eu desconheço o amanhã
No mais, tudo são só divagações
Que hoje, olho de longe
Eu só conheço o tempo e as coisas que ele faz
As folhas caem, as folhas secam
O tempo trouxe uma surpresa, uma fagulha
O que ainda não se sabe
Somente o tempo sabe o jeito certo
Que se desembrulha
Tudo mais é chama.
Edson Ricardo Paiva.
Agora, contemploum lindo cenário composto de um incrível pôr do sol
e a silhueta de um ser amado
pulando de gratidão
por desfrutar de um divino amor
que aquece o coração.
É uma visão tão admirável
que causa uma sensação de liberdade
e faz lembrar que o viver não será vão
se soubermos apreciar os simples detalhes.
A tua silhueta é como um lindo desenho minimalista, uma dose moderada da tua essência que é profusamente expressiva à semelhança de um quadro da renascença, portanto, uma mulher tão notável que mesmo nas sombras provoca uma sensação deleitável.
A chama da vela
- marca -
A doce silhueta
- insinuante -
Ao cair do poente
- brota -
A abóbada silente
- brilhante -
À iluminar o corpo
- dos amantes -
A saborear celeste
- sorrateira -
A cena picante
- extasiante
A chama da vela,
- revela -
A coreografia bailante
- de joelhos;
Capaz de escandalizar
Os mais sensuais espelhos.
A chama da vela,
- capaz -
De trazer a paz,
Para dois que querem mais;
Estimulados à enfrentar a horas,
Carregar auroras e desmaiar poentes
Nas linhas mais erógenas - amar;
Juntos cultivando sementes
Para sempre um novo raiar.
A chama da vela,
Derrete a cera,
Como o seu olhar,
Faz com o meu corpo,
Sem pudor e sem dó,
Envolvendo-me como um nó
- exato -
Verso perverso e inefável,
Que me prende, aperta e segura,
Na delícia que não passa,
Numa poesia incurável,
Glória aos céus,
Por esta loucura!...
Você é uma linda poesia
Você é uma linda poesia
Um lindo soneto
Um lindo momento
Enclausurada de segredos
Você tem versos que não consigo interpretar
Versos passíveis de complicar
Coisas que guardo no meu coração
E só eu sei rimar
Sua vida está escrita
Em mudas canções que não canto
Apenas me encanto
Versos que vão desenhar
Desenhados pela sua silhueta
E declamados pelo brilho do seu olhar
Meu corpo faz parte de mim,
faz parte de quem eu sou.
Faço-me de tela e deixo a luz do amanhecer minha silhueta delinear...
E nesses momentos, deixo minha essência de MULHER para o mundo aflorar...
Mulheres...
Seus olhos, revelam todas as nuvens que o céu escondeu.
Sua boca, adocica até o mar mais salgado que há.
Seu corpo, tem a silhueta do violão nunca tocado.
E na poesia que se resguarda em cada uma, está a essência do perfume inesquecível e incopiável, capaz de deixar o homem mais centrado, totalmente perdido, o que já era perdido, em um mero capacho.