Silêncio
Muitas das respostas que buscamos, o nosso Eu Interior tem gritado para nós diariamente, mas estamos distraídos demais para ouvi-lo.
O silêncio e a solidão são ferramentas de quem busca a si mesmo e tormento de quem está fugindo de si.
ALMA DESERTA (soneto)
A minha alma está deserta
Oca de silêncio, de barulho
Deserta de presença, oferta
O sonho tornou um engulho
Desabou em andarilha, referta
Esquecida em um embrulho
Num deserto e ali descoberta
O teu mapa virou um entulho
Minha alma tornou-se deserta
Lembranças vazias, um arrulho
Sem sombra e sem um alerta
Minh'alma está um pedregulho
De mim mesmo está deserta
Eu sem ela, estou um bagulho
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
01 de maio, 2017
Cerrado goiano
E o silêncio de Deus passa mas volta e pede licença para adentrar teu coração em agonia, e confabular com tua alma que nesse instante busca decifrar os mistérios dessa vida em atimia...
Ultimamente eu escrevo só na madrugada
Onde os sussurros do silêncio vêm me auxiliar
Os barulhos de tiro não deixam eu dormir
Me lembram que eu não posso errar
Bom mesmo é carregar no peito essa esperança bonita e aguardar em silêncio as respostas que só o tempo é capaz de dar.
Sim dói o silêncio... Não sei de fato o por que, vem a angústia como companhia, consequência a solidão e por fim apenas o vazio.
No fazio... Estou lá, só. Lágrimas meio que tentar cair, porém não caí. Procuro todas as formas de falar com alguém, mas estou só.
Nisto rabisco este vazio, rabisco até compreender estou aqui... E noto que estou aqui não por mim, não por que quis, não por que sou fraco, não por que amo, não por que fui tolo... Noto que estou aqui por simples não está aqui.
Estou lá mas não estou; me sinto "Deus" poderoso mas sem pode intervir... Estou sempre lá quando precisam de mim, quando querem forças, amo, sorrisos e quando não, me mandam ao vazio, ao zero para juntar o que não tenho e distribui novamente.
Quando não valer a pena falar, silencie-se! Você não precisa mostrar que está certo, não precisa mostrar seu valor, não precisar insistir em dizer o que sente. O tempo fará isso!!
Nem sempre a resposta que alguém precisa ouvir está nas suas palavras, às vezes, está no seu silêncio.
Estamos sempre imersos no combustível ao lado de labaredas.
Nossa sobrevivência por aqui exige discernimento afiado, pois estamos sempre expostos ao atrito das discordâncias e das conveniências.
Temos que pesar tudo aquilo que sai de nossas bocas, pois nem sempre teem o mesmo significado para cada um.
A partir dai concluímos que o silêncio será o maior de todos os antídotos.
(teorilang)