Frases sobre Setembro
Frases, textos e citações by Josy Maria
Chegou a estação das flores
23 de setembro - Início da Primavera
Chegou a estação das flores. Ela tem um quê de poesia. E a representação dos recomeços. Após os invernos da vida, a esperança volta a florescer no peito, como as flores, em todo seu esplendor. Que possamos olhar dentro de nós mesmos, as belezas que estão presentes, prestes a desabrochar, como as flores. Que nós possamos, como a primavera, renovarmo-nos a cada estação. Que sejamos como as flores, que mesmo com os temporais do inverno desfazendo suas estruturas, suas raízes permanecem intactas, esperando o momento do refazimento. Que nós, após os temporais da vida, não percamos nossa essência, não nos percamos de nós mesmos. E que o sol da primavera aqueça nosso peito, renovando nossa fé, até que possamos encontrar a força para emergir. Que possamos, enfim, acolher a Primavera em nossos corações e permitir que ela nos inspire a crescer, florescer e celebrar a maravilha da vida.
Josy Maria
21 de setembro - Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência
Essa data é a lembrança de que a inclusão não é uma escolha, mas um direito. Para cada barreira que ainda existe, há uma força invisível que persiste, uma luta constante que não se abate diante do preconceito. As mãos que pedem acessibilidade não querem caridade, querem dignidade. São sonhos que merecem ser vividos, olhares que merecem ser vistos. Nesse dia, celebramos a coragem de quem enfrenta o capacitismo diariamente e nos lembramos que a verdadeira deficiência está na falta de empatia. Porque enquanto houver luta, haverá esperança de que todos possam caminhar lado a lado, independentemente de suas limitações. Que essa luta seja de todos, e que esta data saia da invisibilidade, hoje e sempre.
Assim seja!
Josy Maria
Último dia de setembro. O mês das flores se despede. Mas a primavera segue firme. Por mais que a despetalem, nada pode mudar o fato de que ela segue. Assim somos nós. Estamos aqui. Seguimos. Vencemos. Faltam três meses para acabar este ano tão difícil. As lágrimas derramadas em setembro ficarão no passado. As alegrias conquistadas seguirão firmes em cada coração.
Para o último dia do mês fica o sentimento de gratidão. Sei que Deus esteve presente em cada momento.
Vamos virar a folhinha do mês amarelo. E que os meses que venham permaneçam amarelos, colorindo com empatia, sensibilidade e tempos melhores cada vida.
Josy Maria
Chegou setembro...🌻
Das flores, das cores...
Primaveril... Amarelo... De sonhos... De fé... Setembro como Deus quiser...
Para setembro, que nossas dores fiquem guardadas numa gaveta de esperança e sejam curadas uma a uma.
Que o amarelo seja presente nas flores, nas auras, na luz divina que nos cobre... E na consciência de ajudar quem precisa. Que nossos sonhos transbordem fé e sejam realizados... Que cada coração encontre o que procura. Que nossas urgências sejam abrandadas pela sabedoria divina. Que o bem prevaleça. Que a vida seja valorizada, a minha, a sua, a de todos...
Que Deus esteja à frente de cada decisão.E que Ele nos proteja e nos livre de todo mal, visível e que não sabemos. E que nos livre também dos enganos. Que tenhamos alívio para os infortúnios que surgirem. Não vamos pensar no que poderia ter sido feito, mas focar no agora, no a partir de hoje. Sempre há tempo para se realizar os sonhos, para alcançar metas. Mas acima de tudo, que se entenda o tempo de Deus, que é perfeito. Ele sabe exatamente o tempo de cada colheita. Que o foco seja plantar as sementes no solo fértil e sagrado da vida, regando-o com boas atitudes, com fé e com sabedoria
Para setembro, desejo boas colheitas.
Seja bem-vindo Setembro!
Com a natureza se fazendo presente com toda a sua plenitude no desabrochar das flores.
O vento do dia e a brisa da noite, anunciando o espetáculo da vida.
O Sol a Lua e as estrelas no céu em sintonia com a terra.
Com luzes cores e alegria.
Em setembro, a natureza se faz presente em toda a sua plenitude, tornando os dias esplendorosos e a vida mais leve e alegre.
Conecte-se com a natureza.
Ouça o som do vento e dos pássaros alertando para um espetáculo ainda maior: a chegada da primavera, com o desabrochar das flores, fazendo renascer a esperança com luzes, cores e alegria.
DEUS E O DIABO
Era manhã de setembro, o ano, dois mil e dezoito, a cidadezinha Aroeiras, lá no semiárido paraibano aonde o urbano, de maneira ainda tímida e conveniente, se mistura ao rural. No entanto, acolhedora e de clima ameno, com suas casinhas simples e modelo arquitetônico antigo em sua maioria. Permite-nos sentir o frio brando que surge das colinas, e traz consigo o cheiro orvalhado das aroeiras, árvore nativa da região - em situação de quase extinção pela racionalidade desta vida líquida, que insiste mesmo nos mais longínquos rincões, plasmar seus caracteres de modernidade. Subvertendo a solidez de uma vida ingênua e autêntica que nos faz fluir muita saudade.
Portanto, foi neste cenário de auspiciosa beleza que estava ali, eu, naquela manhã de setembro, de fronte à pequenina e graciosa igreja matriz, pintada em cores de azul celeste e decorada com luzes natalinas. Sobre ela, destacava-se um grande relógio frontal em algarismos romano, no qual podia se ver a hora (06h00) e edificada, quiçá, a propósito, sob arquitetura neoclássica do século XIX.
Ao horizonte, contemplavam-se suas lindas colinas emolduradas por frondosos ipês que, por sua vez, entapetavam suas serras deixando-as parecer uma aquarela e, poucas viçosas aroeiras quase extintas pela ação irracional do homem. Seus casebres multicoloridos, ao pé da serra, lembravam com alegria as pinturas de Tarsila do Amaral, ali, permanecia eu à espera da condução. Logo chegara, aos poucos, outros indivíduos entre eles, algumas mulheres, quase todas acompanhadas de crianças de colo, alguns rapazolas, um que apresentava sintomas de embriaguez alcoólica e trazia consigo um cão magro e aparentemente faminto, amarrado ao cós de sua calça e que não fora rechaçada sua entrada naquela condução pelo jovem condutor - como se aquilo fosse uma ordem corriqueira - por fim, dois senhores não bem vestidos, ou em trajes campesino, de idade mais avançada, que como eu também pretendia imprimir viagem a seus respectivos destinos.
E, talvez, por um proposito místico, só ali se encontrava todos os dias apenas àquele horário. Era domingo, manhã de primavera e após alguns minutos dava pra ver a chegada do tão esperado transporte, um ônibus de aparência um pouco antiga, que trazia as cores da bandeira brasileira como pintura e, o sugestivo ou irônico nome de “Novo Horizonte”. Ao adentrar na condução - veículo coletivo de passageiros -, éramos recebidos por um jovem condutor de boas feições e que nos recebe cordialmente nos desejando um bom dia sorridentemente. Ali começo a deixar para trás um quadro de múltipla beleza, que logo se perde ao horizonte e que viajou comigo para a vida.
Todavia, quase que de maneira abrupta, sentam-se nas poltronas à minha esquerda, aqueles dois últimos personagens que viriam marcar presença nesta narrativa que proponho encetar. O primeiro, talvez mais velho, de fala frouxa e carisma aflorado. O segundo, um pouco mais novo, franzino, contido e um pouco recluso, ambos de pele negra. E apresentavam possuir idade bastante avançada, cabelos grisalhos, barba por fazer e olhos embaciados, seus rostos ressequidos, enrugados, talvez nem possuíssem a idade a demostrar.
Se não fosse a paga pela insensatez desta vida líquida na qual vivemos, para citar o sociólogo Zygmunt Bauman. No âmbito da viagem, eu observava ligeiramente que os demais sujeitos no interior daquele ambiente pareciam alheios àquela narrativa que iria se iniciar, porém, mesmo que involuntariamente, eram parte integrante da história, uma vez que se dispunham a dialogar com a bela paisagem que ligeiramente passávamos por ela sem despercebe-la haja vista estarmos em uma manhã de primavera, o que tornava a aridez do lugar mais sútil e deixava aflorar a beleza dos campos e de seus ipês e flamboaiã, que mitigavam o sofrimento daqueles atores. E por ser um bioma propício à criação do gado caprino, meus olhos também brilhavam ao ver os rebanhos que se integravam ao verde dos campos e que fazia o nosso protagonista se orgulhar em mostrar, lhe absolvendo do espectro de sua dolosa infância.
A priori, meu olhar se reporta apenas a observar a presença daqueles sujeitos, que se juntam aos poucos passageiros existentes naquele humilde veículo, que corriqueiramente faz aquele percurso todos os dias, e volto a navegar pela internet como se aqueles atores não estivessem mais ali.
O barulho que se ouvia era apenas do motor. Momento em que é rompido o silêncio para dar início a um diálogo fantástico, homérico. Ao qual nem mesmo a minha atenção à modernidade patente, que consome a humanidade, navegando pela internet, me fez desviar a atenção àqueles dois personagens cativantes que se faziam presentes ali em minha frente.
Doravante, passei a ser mero espectador de um novo cenário. Ou de uma das mais românticas e tênues narrativas de vida de um ser vivente. Aquele que eu entendia naquele momento, ser ele, o principal personagem dessa mágica história, dessa odisseia tupiniquim.
Concomitantemente, inicia-se a narrativa àquela que segundo ele, seria a maior aventura de sua vida. Não obstante, inicia sua fala dizendo que, quando criança, queria ser cangaceiro rompendo o silêncio de seu amigo ao lado que aparentemente atônito, lhe indagou:
- Cangaceiro?!
E com uma larga gargalhada, Biu, que a essa atura já havia propagado sua graça para que todos ouvissem no ambiente, respondeu:
- Cangaceiro sim!
Neste instante dediquei toda minha atenção àquela conversa, embora os demais passageiros apenas imprimissem um brando riso, eu estava encantado porque queria intensamente saber a razão daquela vocação.
Sem pestanejar, Biu tira de dentro de uma sacola de pano, que conduzia a tira colo, alguns cordéis alusivos a Lampião e ao cangaço, logo começa a declamar para seu par, por assim dizer. Em dado momento ele começa a ler um folhetim intitulado “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, para lembrar o filme de Glauber Rocha, aquilo cada vez mais me desperta curiosidade em saber quem era aquele senhor e aonde ele queria chegar com aquela prosa.
A essa altura a viagem já havia se estendido por quase uma hora, e eu começo a manifestar o medo de não poder assistir ou participar do desfecho daquela imensurável narrativa, uma vez que eu, ou aqueles atores sociais, chegaria a seu destino final e, talvez, nunca mais nos víssemos.
Sem querer me tornar um intruso, ergo a cabeça em sua direção e quebro meu silêncio, com todo cuidado peço licença.
- Seu Biu!
Logo ele refuta:
- Como sabe meu nome? - sorrindo brandamente eu respondo: - Ora, o senhor falou para todo mundo ouvir.
Também com um breve sorriso ele diz:
- Foi mesmo, qual é a vossa graça?
Ele pergunta e lhes digo meu nome.
- E vosmecê quer saber o que?
Neste momento, a prosa deixa a direção do seu amigo ao lado que visivelmente se recolhe à sua timidez, e se direciona a mim que lhe respondo:
- Bom, eu já ouvi o senhor declamar e aclamar Lampião e o cangaço, e mais, falou para seu amigo que queria ser cangaceiro quando era menino. Por quê?
- Ah, meu fie! É cumprida essa história, meu fie! - olha para mim com olhar de desconfiança, quase assustado e diz:
- Vosmecê também gosta dele? E por que quer saber? É da puliça ou da reportage?
- Não senhor, nenhum desses, mas fiquei muito curioso com sua prosa. Não se preocupe eu sou de paz.
- E o que faz aqui por essas bandas e de onde vem? - pergunta ele.
- Sou brejeiro de Esperança e trabalho aqui na cidade!
- Meu rapaz, - em tom mais ameno -, essa história é muito enfadonha e vou ficar logo aí na frente, não vai dá tempo de contar até o final.
Fiquei meio desolado e ele percebeu.
- Mas vamos lá! - disse ele -, desde que eu era pequeno que eu gosto de ler cordel, aprendi quase sozinho, foi minha mãe que ensinou a cartilha, aí eu aprendi o resto sozinho. Eu ia com meu pai para a feira de Arco Verde, no sertão do Moxotó, e via os cantadores declamar a história de Lampião, que ele era justiceiro pela morte da família matada pelos senhores.
Já me sentindo familiarizado pergunto:
- E foi só por isso que você queria ser como ele?
- Não! - e deixou transparecer em seu rosto sofrido um sentimento de muita angustia e revolta -, quando eu era pequenino meu falecido pai...
E um breve silêncio ecoa. Baixa a cabeça e com a voz embargada e os olhos lacrimejantes, por um instante levanta a cabeça e respira fundo...
- Quando menino morava com meus pais e irmãos, três homens e duas mulheres, papai trabalhava na roça de cana de açúcar no sertão de Pernambuco e nosso patrão era muito ruim, papai trabalhava como um burro e ganhava quase nada, só dava para a gente mal comer, eu era o mais velho dos meus irmãos e ele me explorava como escravo me humilhava muito, só me chamava de caboclo feio, dizia que nós éramos abandonados de Deus porque Deus só existia para ele, que Deus dava riqueza só aos escolhidos, e a nós sobrava apenas serem seus servos. E meu pai, talvez por medo dele, dizia que tudo isso era verdade quando eu lhe perguntava. Teve um tempo, moço, que eu até achei que Deus não era bom como se dizia, só depois que eu fiquei grande é que eu vi que Deus não mandava maltratar a gente, e que tudo aquilo que ele tinha era roubado do meu pai e dos outros trabalhadores que ele explorava. E que o mundo e as coisas boas do mundo, que estavam nas mãos dele não eram dele dada por Deus, e que ele não era escolhido de Deus por que assim Deus não era justo nem piedoso. Foi por isso que eu, ainda criança, comecei a imaginar em ser como Lampião e fazer justiça pela minha família e de todos que eram explorados naquele sertão. Mas eu vou ter que descer aí na frente vou passar o dia no meu pedacinho de terra, onde eu passo o dia todo, toda semana.
- Seu Biu, mas o senhor não falou do senhor, sua família hoje?
Com uma boa gargalhada finalizou me convidando para conhecer seu sítio e prosear melhor. muito da sua prosa! Mas tem muito mais coisas sobre meu sertão, sobre minha vida, meu caminho até aqui, como nós saímos daquele sofrimento para uma vida menos sofrida, mas que eu sei, não é isso o que Deus quer para seus filhos.
E eu, quase em êxtase, por estar fazendo parte daquela narrativa, alimentava o sentimento de que começava ali o caminho para pedras e eu ia ser conhecedor de toda a história daquele Rei, rei do cangaço, rei da resistência contra-hegemônica.
Por fim, grandiosa e cintilante era minha frustração, aqueles atores pedem parada e se embrenham mata adentro e nunca mais os verei para concluir sua saga. Ao voltar nesta busca descobri que Biu havia falecido acometido da Covd-19 em dois mil e vinte, e seu amigo, que fiquei sem saber sua graça, encontra-se em lugar incerto e não sabido. Mesmo assim, não desistirei jamais de procurar por seus filhos que são três, segundo pessoas da comunidade, duas mulheres e um homem, mas que não moram mais no mesmo lugar e que após a morte do Biu de Nicola, como passei a chamá-lo, construíram suas vidas e trilharam caminhos distintos.
Setembro
Setembro seja o tempo
de paz, afeto e flores
no caminho que fores
eleger prosseguir
para encontrar
uma razão de sorrir.
Setembro pode ser
escrito com as flores
do espírito de boa vontade
e toda a poesia que tens
abrigada na tua liberdade.
A caneta do destino
com muita poesia
está na tua mão
para escrever um
setembro bonito
com paz e amor no coração.
Triste Partida
Meu Deus, meu Deus. . .
Setembro passou
Outubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai
A treze do mês
Ele fez experiência
Perdeu sua crença
Nas pedras de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre Natal
Ai, ai, ai, ai
Rompeu-se o Natal
Porém barra não veio
O sol bem vermeio
Nasceu muito além
Meu Deus, meu Deus
Na copa da mata
Buzina a cigarra
Ninguém vê a barra
Pois a barra não tem
Ai, ai, ai, ai
Sem chuva na terra
Descamba Janeiro,
Depois fevereiro
E o mesmo verão
Meu Deus, meu Deus
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz: "isso é castigo
não chove mais não"
Ai, ai, ai, ai
Apela pra Março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
Meu Deus, meu Deus
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
Ai, ai, ai, ai
Agora pensando
Ele segue outra tria
Chamando a famia
Começa a dizer
Meu Deus, meu Deus
Eu vendo meu burro
Meu jegue e o cavalo
Nós vamos a São Paulo
Viver ou morrer
Ai, ai, ai, ai
Nós vamos a São Paulo
Que a coisa tá feia
Por terras alheia
Nós vamos vagar
Meu Deus, meu Deus
Se o nosso destino
Não for tão mesquinho
Cá e pro mesmo cantinho
Nós torna a voltar
Ai, ai, ai, ai
E vende seu burro
Jumento e o cavalo
Inté mesmo o galo
Venderam também
Meu Deus, meu Deus
Pois logo aparece
Feliz fazendeiro
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem
Ai, ai, ai, ai
Em um caminhão
Ele joga a famia
Chegou o triste dia
Já vai viajar
Meu Deus, meu Deus
A seca terrível
Que tudo devora
Lhe bota pra fora
Da terra natá
Ai, ai, ai, ai
O carro já corre
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
Meu Deus, meu Deus
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar
Ai, ai, ai, ai
No dia seguinte
Já tudo enfadado
E o carro embalado
Veloz a correr
Meu Deus, meu Deus
Tão triste, coitado
Falando saudoso
Seu filho choroso
Exclama a dizer
Ai, ai, ai, ai
De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta
Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai
E a linda pequena
Tremendo de medo
"Mamãe, meus brinquedo
Meu pé de fulô?"
Meu Deus, meu Deus
Meu pé de roseira
Coitado, ele seca
E minha boneca
Também lá ficou
Ai, ai, ai, ai
E assim vão deixando
Com choro e gemido
Do berço querido
Céu lindo azul
Meu Deus, meu Deus
O pai, pesaroso
Nos filho pensando
E o carro rodando
Na estrada do Sul
Ai, ai, ai, ai
Chegaram em São Paulo
Sem cobre quebrado
E o pobre acanhado
Procura um patrão
Meu Deus, meu Deus
Só vê cara estranha
De estranha gente
Tudo é diferente
Do caro torrão
Ai, ai, ai, ai
Trabaia dois ano,
Três ano e mais ano
E sempre nos prano
De um dia vortar
Meu Deus, meu Deus
Mas nunca ele pode
Só vive devendo
E assim vai sofrendo
É sofrer sem parar
Ai, ai, ai, ai
Se arguma notícia
Das banda do norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvir
Meu Deus, meu Deus
Lhe bate no peito
Saudade lhe molho
E as água nos óio
Começa a cair
Ai, ai, ai, ai
Do mundo afastado
Ali vive preso
Sofrendo desprezo
Devendo ao patrão
Meu Deus, meu Deus
O tempo rolando
Vai dia e vem dia
E aquela famia
Não vorta mais não
Ai, ai, ai, ai
Distante da terra
Tão seca mas boa
Exposto à garoa
À lama e o paú
Meu Deus, meu Deus
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No Norte e no Sul
Ai, ai, ai, ai
Bem-vindo setembro
Vem flores vem alegria
Regando meus sonhos do dia a dia
Vem alegria trazendo felicidades
Deixando florescer a Fé carregada de boa vontade que seja bem aventurada e cheia de boas novidades♡❀𖠁❃𖠇
😀Bom dia! Pulando da cama com alegria...Oh, sorte! A 1ª quinzena de setembro já foi vencida... Nosso olhar se volta para a segunda parte do mês de setembro... O tempo é precioso, necessita ser administrado... Mas a vida é maior do que o tempo: viver bem é uma resposta alegre e inteligente... Aproveite este dia para ser feliz e fazer os outros felizes!🤗
Bom dia! Obrigada Setembro, pelas coisas boas que aconteceram em minha vida. Que venha Outubro, com muitas, muitas, e muitas coisas boas... Que Deus me dê forças para superar as adversidades da vida... Algumas vezes sou confrontada com problemas, lutas, desafios, dificuldades...É como sou posta à prova, para ver de que fibra sou feita, como é que consigo enfrentar algumas situações catastróficas e angustiantes, minha força de vontade, confiança e capacidade de vencer os obstáculos futuros...
Deus tem me dado força, coragem, afago, ousadia...
Para enfrentar os obstáculos e superar os limites.
Seja bem vindo Outubro!
Bom dia! Obrigada, setembro... Temos muito que agradecer! Estamos vivos: essa é a maior manifestação de amor! Faça valer a pena. As oportunidades não voltam. A vida está sempre diante de infinitas oportunidades. É impressionante perceber como surgem brechas, por onde a luz da esperança se apresenta e fica aguardando por uma inteligente ação. Feliz quarta feira!
Ouvir Também Salva
Setembro Amarelo é um mês que me deixa inquieta. A intenção é genuína, mas parece que a luta é contra o depressivo, não contra a depressão. Falar é importante? Sim. Mas falar só funciona quando há ouvidos preparados para ouvir de verdade.
O problema é que, na maioria das vezes, as pessoas não sabem como lidar. Dizem palavras que, em vez de ajudar, empurram ainda mais fundo no abismo. "Você precisa ser forte", "Isso é falta de fé", "Todo mundo tem problemas." Essas frases são golpes invisíveis que aumentam a dor.
O que falta, então? Conscientização. Não para quem tem depressão, mas para quem convive com essas pessoas. Setembro Amarelo deveria ser um mês para ensinar como ouvir sem julgamento, como identificar os sinais silenciosos de alguém pedindo socorro, como se posicionar com empatia e dizer as palavras certas — ou simplesmente ficar em silêncio e estar presente.
Porque muitas vezes não é o falar que salva, mas o saber ouvir. E ouvir, de verdade, também é uma forma de amor.
A Presença Que Salva
Setembro Amarelo deveria ser mais do que um convite para falar. Porque nem sempre conseguimos. A mente de quem vive com depressão é um labirinto de pensamentos desordenados, onde encontrar as palavras certas para explicar o que se sente é quase impossível.
Muitas vezes, o que precisamos não é alguém nos dizendo "conte comigo" e depois desaparecendo, mas alguém que fique, mesmo no silêncio. Que segure nossa mão, sem soltar. Que entenda que às vezes não queremos falar, só precisamos de um abraço, de uma presença que não exija explicações, que apenas diga: "Estou aqui, com você. E não vou a lugar nenhum."
É essa ajuda silenciosa que salva. Um olhar que acolhe sem pressionar, uma companhia que não julga o choro, a tristeza ou a vontade de nada. Uma presença que transforma a solidão em algo suportável.
A campanha não deveria ser sobre pressionar o depressivo a falar, mas sobre ensinar as pessoas a estarem presentes, realmente presentes. Porque o que salva, muitas vezes, não é a palavra, mas o acolhimento. E há um tipo de amor que não precisa de som — só de presença.
7 de Setembro, o dia do golpe, desde então o Brasil passou a ser governado por gentalha, salvo raras exceções
Não podemos esquecer que campanhas como Setembro Amarelo, Outubro Rosa, Novembro Azul e tantas outras são temporárias e as prevenções devem ser permanentes.
- Relacionados
- Textos de Feliz Dia dos Pais (perfeitos para homenagear)
- 48 mensagens do Dia do Trabalhador para homenagear colegas e funcionários
- 56 frases de Setembro Amarelo para motivar a não desistir
- Dia do Gaúcho: 23 frases para celebrar o 20 de setembro
- Frases sobre a Independência do Brasil (7 de setembro) 🇧🇷