Sentir
"Fecho os olhos e posso sentir o cheiro da infância dos meus filhos, uma memória doce e dolorosa que nunca se apaga."
Mel da paz
Paz, se faz não se desfaz!
Conquista a vida em paz.
Da alma leve que carrega o véu branco da transparência do bem e do amor.
Carregue na consciência a paz do bem que faz,
Não do mal que gera dor e terror.
Quero me lambuzar do néctar do mel da paz
Do gostinho de saborear e partilhar a esperança do amor.
Do véu da paz se vestir e se cobrir
No adocicar com pedras do refinado puro açúcar do mel.
No espelho cristal, refletir
Ao agir...
Do mel da paz quero sentir e transmitir.
Adriana C. Benedito
Saudade, palavra que arde,
Castiga os sentimentos,
Vai ao fundo da alma,
Resgatando do esquecimento.
Saudade que faz perder os sentidos,
Confunde a razão,
Nos envolve de todas as formas,
Cercando nossa dimensão.
Traz à tona o oculto,
Escava o interior.
Se há saudade,
Não nego:
De fato há amor.
TRANSBORDAMENTOS
Não quero estar cheio,
nem muito menos vazio!
Quero sim, transbordamentos!
(Anderson Delano Ribeiro)
Não é uma coisa simples, nunca foi.
Sentir e permitir-se sentir está pra lá de anormal.
É de mexer no estômago
e fazer suar as mãos,
e tirar sorrisos,
e provocar lágrimas,
e sussurros,
e delírios.
É de envolver a alma.
É hipotermia e sol.
É abraço, beijo, amor, ódio
e incógnita.
Uma mistura de dúvida e certeza.
A insegurança de quem sabe que sente,
mas não sabe o que é.
É sentir e...
ponto.
Ninguém consegue se deixar doer
sem derramar uma gota de sangue. Ninguém consegue se curar em silêncio, sem gritar, sem colocar pra fora as farpas que dilacera a alma e coração. Permita-se sentir! Permita-se chorar! Permita-se doer! Essa é a única forma que o corpo tem de exorcizar a dor.
Nunca foi segredo pra ninguém a minha paixão pela poesia. Todas têm um lugar especial em algum cantinho de mim, mas as que mais me fascinam são as que eu escrevo em braile sobre a pele do teu corpo, as que componho com os lábios na linha da tua boca e as que você, sem se dar conta, escreve sobre a minha derme com o pincel do teu sentir.
Sabemos tão pouco do amor e sentimos tanto que, às vezes, fico a pensar se sentir com toda essa intensidade já não é a resposta de tudo que precisamos saber sobre ele.
Às dores gritantes, sonhos diletantes.
Sentidos em doses que acalmam a amargura.
Que adoçam a espera da pressa incessante
De um ego inflamado que fere a ternura.
Em nobres silêncios o tempo é tomado...
O efeito previsto?
A cura!
Só me parece uma forma de redobrar o tempo de vida e é amar a tudo e a todos, com menos criticas e mais intensidade.
Omitir a solitude é
Literalmente rejeitar a sua
Vivacidade para viver uma mentira
Impossibilitando você de evoluir.
Deixando o seu interior fraco
A sua imunidade baixa então
Reorganize-se com um ato de amor-próprio