Seco
Bebo a seco sem saber que
A seco bebe o dever.
Bebo pra quem sabe um dia
Esquecer que toda fantasia
Veste o dia com uma tal bohemia
Que inventa de inventar o viver.
Vivo seco sem saber que
Sedento vive o dever
Vivo pra quem me quer mal
Saber que todo anormal
Faz da fantasia e bohemia
O dever de viver o dia.
Nada de muito especial
Para pouco paranormal.
Zarpar
O cerrado é seco, chove pouco
Vou zarpar pro mar
Sem chuva a gente fica louco
As nuvens de lá tem pingos a gotejar
Levarei somente uma camisa
Deixo aqui meu erário, o poetar
Lá vou viver de brisa
Pois aqui brisa não há
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Um dia
Eu era rio seco, hoje sou mar em abundância!
Um dia
Eu era, verso inacabado, hoje sou poesia viva,
Transbordante e cheia de amor.
Um dia
Eu era nada! Hoje sou o tudo.
Um dia
Eu era, solitária.
Hoje tenho milhões de gente ao meu redor.
Um dia
Eu era sem DEUS.
Hoje ELe é comigo!
E sou, me tornei, feliz em sua companhia!
A solidão invade fazendo engolir seco, um cafe e um cigarro servem de remédio,
O céu se torna uma tela onde as cenas são reais, pois reflete os pensamentos que atormentam o coração.
O cigarro ilude a alma e o café é pra forçar, dar o doce pro amargo, um falso acordar..
Acorde garoto, não adianta mais chorar, a solidão não ouve, a solidão só sabe falar..
Grita alto pensamento, que um dia fico surdo,
Grita alto pensamento que um dia fico mudo...
Não te ouvirei, não falarei, não pensarei...
Um homem rodeado de pessoas é o mais solitário, pode ter um milhão do lado, mas não adianta se não for notado...
Tudo que é ruim, vem de dentro de você, são coisas que se sente e ninguém consegue ver...
O pior de estar só, que se esfrega isso na cara, o coração avisa que tudo isso mata...
Ninguém acredita por que quando acontece já morreu,
Se o pensamento não mata, mata esse cigarro seu...
Seco sertão!
Olhando uma imagem assim
É de cortar o coração
não podemos fazer nada
Com essa situação
Quem pode finge não ver
Querem cada vez mais poder
Esquecem nosso sertão.
INSPIRAÇÃO.
Mil e um rascunhos, nem um texto, nem um poemazinho sequer, estou meio seco, um tanto vazio sei lá, me falta palavras para dizer tudo o que quero, esta entalado aqui um turbilhão de pensamentos.
Um café sem açúcar por favor, acho que combina com o meu dia que ainda nem começou direito.
Só ela para me colocar em sintonia com os versos, só ela para me deixar a vontade com papel, caneta e pensamentos.
Por onde tu andas morena?
Preciso de um pouco de paz, desta paz que só o teu aconchego me traz, preciso de música, e a melodia perfeita quem carrega é tu aí debaixo do teu peito.
Traz para perto de mim o teu coração, e me faz dormir enquanto acaricia os meus cabelos.
Chão seco!
A você peço licença
para abrir meu coração
te falar da dor imensa
de ver seco meu sertão
mesmo a tanta desavença
a cabeça ainda pensa
em lutar por esse chão.
ASSIM, O CERRADO
O cerrado, quando empoera
Ressequido o vento no ar
Chora seco folhas desespera
No azul do céu a bailar
O horizonte se põe a embaçar
Na miragem da atmosfera
Embaralhando o olhar
Na imensidão em quimera
Ah! Se o frescor assim espera
O tempo de chuva, pra se revelar
Retorcidos galhos esclera
Num cinza a cromatizar
Assim, o cerrado, se gera
Vida diversa, lato lugar
De exótica primavera
Quem te conhece, só amar...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Beijo
Seco
Molhado
Estalado
Roubado
Beijo demorado
Tímido
Desajeitado
Não importa a frequência
Nem sua localização
Pode ser nos lábios
Na bochecha
Testa
E até nas mãos
Beijo
É afeto,carinho
Despedida
Paixão
Um beijo apaixonado
Rouba coração
Líquido Seco
Líquido, desfaz-se e busca a solidez,
na solidão eterna de um momento líquido.
- Barman ou Bauman?
- Ambos, por favor!
Há pontas, há ondulações,
há mágicos atritos que arranham e acariciam.
Líquido seco que o caos acalma,
que a calma tinge de guerra,
com a cor do sangue, sem a dor da alma.
A língua morre aos poucos,
entrega-se à morte do mundo que não vive.
Língua morta de uma mente viva
que nunca morre, que nunca dorme,
que sangra na taça.
Mais seco que um ambiente hostil é o coração daquele que se mostra de um jeito para uns e é diferente para outros.
Delírios no deserto.
Estou num deserto delirante
Está tudo tão seco e eu tão só
Fecho os olhos e libero a leoa
Que existe em meu ser.
O delírio começa intensamente
Vejo um oásis em meio ao deserto.
Minha carne estremecida está
Vejo você se aproximando
E eu vou logo me entregando à você.
Você chega e me arrebata por completo.
Delirando eu vou te amando loucamente em pleno deserto só você é eu a nós queimar no desejo, que queima nossos corpos.
Intensidade é nosso amor
Me beija com ardor e eu te amo
Aviso que estou no ápice
Tu então diz .
Estamos meu amor
A leoa que sou se entrega você.
Tantos delírios eu grito com todo meu fôlego.
Então percebo que estou
Aqui no deserto da vida.
Amor vem depressa
Me tirar desse deserto delirante.
Meire Pérola Santos
14/05/2016
Hora 21:48
O vazio no coração é como o deserto seco e quase sem vida, mas como o deserto o coração esconde o oásis e para encontrarmos precisamos abrir os olhos pra ver a verdade e quando o coração está vazio procuramos meios para preencher esse vazio por dentro e acha o mundo que como o deserto desperta ilusões, quando não enxergamos o que está a nossa frente. No deserto o sol escaldante nos faz ver miragens e imaginamos coisas que não são reais mas que queríamos que fosse e é assim a nossa vida quando estamos vazios de Deus, procuramos então os parzeres que o mundo oferece e como miragem as ilusões desse mundo nos faz idealizamos algo que queremos que fosse mas não é. A sede de tentarmos preencher esse vaizio é algo sério e deve ser tratado com cuidado, pois pode virar um véu no nosso rosto, mas podemos tira-los se abrirmos o coração permitindo que Deus nos preencha com seu amor e aí poderemos ter certeza de uma coisa, as tribulações continuram vindo só que com mais força do que antes, porque o inimigo adora tentar dificultar a vida daqueles que estão perceverantes na fé em Deus e isso se torna um provação e por isso que Jesus fala que devemos entrar pela porta estreita porque nela poucos consegue nela poucos conseguem entrar "muitos são chamados mas poucos são escolidos", mais nem por isso que a sua vida vai ser só tribulação, haverá dias de glórias, pois Deus é o caminho a verdade e a vida.
SONETO DE IMPROVISO
Vem desse ar seco do cerrado
Um soneto tangido pelo vento
Que retumba do ipê frondado
Brisando odor no pensamento
Uma canção mágica de alento
Tal qual um afago resbuscado
Desfolhado em encantamento
Inebriando o estro engasgado
Um sopro de tão suavemente
Sentido, tão leve se presente
Que a alma sente sem perceber
É visão poética e contundente
Que traz fascinação para gente
Bela, que no encanto a de haver
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Sabe aquela lágrima que ameaça escorrer e fica lá presa?
É... A alma chora à seco algumas vezes!
Nem sempre a dor é líquida
e nesses casos, o seu solo
como o leito do rio sem água, resseca, craquela
e anseia pelo tempo de águas abundantes.
Cika Parolin
Não importa se faz frio ou calor
Se é noite ou quase dia
Repouso meu cansaço sobre o galho
Seco pela seca que entristece e perpetua
Me lanço sem rumo em esperança incontida
De saciar minha sede na benta fonte da vida
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