Seco
Imprescindível diagnosticar todas as linhas tortas e aquelas palavras engolidas a seco. Tem dias que o paradigma é ser ruim, e duram além do próximo amanhecer. Tem vezes que perco a glória dessa existência ínfima. Tanta subjetividade para nenhuma certeza. Respostas que não existem são esperas cheias de ilusão.
Escrevo pra destrinchar o que eu penso, e em algum verso pode até ser que te entenda.
As palavras doem pra sair. Parece justificativa para a pouca frequência, mas é que a felicidade não permite intervalos. Todas as vezes que escrevo sou triste. Extensão de tudo que não sei falar e que tu nunca quis ouvir por medo de saber.
Só o que tento querer é mais de você, mas tropeço no silêncio que criou pra me afastar, ao mesmo tempo me prender, sujeito a ignomínima da ingenuidade em não saber o que fazer. Em tanta instabilidade enevoa-se os sentimentos. Se eu devo esperar, vai doer saber. Quis fazer parte da redenção, mas quase todos os dias acabam em desilusão.
Me sinto preso em parágrafos sem fim, e tudo que não foi dito corrói a dor até perder a sensibilidade. Talvez meu futuro seja relembrar. Buscar sentidos sempre tirou minha paz, mas não consigo ignorar. Se é mais do que consegue explicar, é só dizer, estou aqui pra você. Só não vamos falar em prioridades, meu amor… O orgulho já me abandonou também. Viver no por enquanto é muito menos do que preciso.
Essas palavras não eram pra você, mas já não há como evitar.
"Não importa quão seco esteja o galho, o Senhor nosso Deus pode devolver-lhe a vida plena novamente"!
Chegou a hora de cauterizar a ferida. O sangue já escorreu o bastante e agora está seco, completamente fundido ao chão!
Por diversas vezes achei que estava sozinha na vida. Mas quando seco meus olhos e olho pro lado, vejo uma lágrima escorrendo de outros olhos a dizer que me ama. Revivo!
Ainda espero um florir
De um lugar onde
Não nasce flor.
Um florir que venha
De um canto seco,
Inesperado e sem cor.
Num dia a mais,
Sem chance nenhuma de paz,
Segue a seco a veia morna
Na medida certa, já falha e torta
Não falta o tiro para acertar o amor
Costas expostas ao real
A saliva amarga nega o beijo
O desejo clama o bom fim do ensejo
Cai o pano então da lágrima fria,
Que fala e chora no dia a dia
Em orações sem fé
Já nem um deus se atreve a deter
O erro do trajeto de uma bala
Selando o destino e o sonho do amanhã
Sem querer saber a quem fez por merecer
Primavera
Lembro quando,
caiu a flor da vida
na noite da primavera
sobre um chão seco e vazio
sombrio,
era o que parecia
daquela noite fria
dizendo adeus
do anjo vindo
nos sonhos meus
Mas tudo era um sonho
um sonho profundo
que ainda dura
e vai durará
até que minha vida chegue
na minha imortalidade.
A pior parte de estar, supostamente, apaixonada por alguém é precisar engolir o sentimento à seco.
(nem mesmo doses de vodka suavizam essa dor)
"Na boca um gosto de céu amargo,
Nos olhos, um leito seco de rio
Ao lembrar que depois de tudo
Só resta a saudade,
Como um lenitivo ou desvario"
É preciso que saiba esperar o solo seco se transformar em fértil para que possas plantar sua semente, caso contrário estará desperdiçando vidas que emanam de cada uma delas.
A tristeza bate coração adentro;
Estou perdido, seco e sem alento;
Triste sem ela do meu lado;
Meu coração de quente, está gelado.
Uma paixão sem limites de estação.
Sinto em meu coração;
Meu coração bate acelerado, como o de uma criança com medo dos trovões na tempestade!
O meu time preferido é o amor;
Meu jogador favorito é a paixão...
Só que eu que sou o campo;
A trave é meu coração.
Uma dor forte me consome...
...pela presença de sua ausência...
...Já estou a pedir aos céus, e implorar tanta clemência...
Sinto uma grande tristeza, por não poder ouvir tua voz, a saudade me consome, eu fico meio algoz...
Petrifico a minh'alma, junto à ela meu coração,
Que como um jogo de cintura embala, minha ignição...
Estou frio e duro feito o gesso, longe de mim está a emoção...
Choro feito uma criança sem a sua atenção...
Sinto o que nem sei que sinto, confuso está meu coração, nem sei o que realmente sinto, essa é a concepção...
Comigo minto, por não querer dizer-te, nem mesmo eu sei o que falar. É como o verlaine em mim confirma, a chuva está a me matar...
Pessoa sabe o que sinto, mas eu mesmo sei não, talvez verlaine e pessoa decifrem o que sente meu coração...
Álvaro, sabe me falar o que está a me matar?
Alberto, Me ajude a entender o que está a fazer morrer o meu "eu" que ainda existe em mim...
... Eu não sei como estou, caeiro talvez saiba, o que sinto é só calor? É ou não é um mal de amor?
Ricardo Reis me compreende, sabe o que pesa em meu ser?
Tento falar, o que pesa, mas nem eu mesmo sei expressar, essa tortura entediante que está a me matar...
Se é que já não morri..."
O vento seco bem como entre fogo
a perdição em pleno ar da tarde
sendo, mesmo o fundo de uma tela
porta voz noite que nunca se calará.
E,
O copo entornou...
Você já engoliu tanta coisa,
engoliu seco,
Aquele remédio amargo que a vida te deu...
foram tantos, goles, tantos tapas,tantos golpes,
Disfarça, mais um pouco,
mete um sorriso na cara, e vai...
Só falta mais um pouco,
E porque não...
"agora",
que já está quase no fim.
..
Coisa boa quando dou um abraço, abraço bem dado, seco ou suado. Daqueles bem demorados, de onde emanam a energia do amor!
Agreste...
leito seco,
em passo lento,
tormento...
ausência...
cicatriz...
violento...
clemência...
minha demência...
margeia,
a pequena veia,
enfeia...
areia
seca,
o vento,
o cisco,
o olho,
a lágrima...
culpa do vento...
Ai, chega à noite e engole a seco meus medos e adormece minhas inquietudes.
Ai, vem "alguém" e destrói o silêncio, com essa arrogância que não comove e não desperta serenidade...
Existe espaço para todos, mas, se puder montar sua "cabana" de sacanagem bem longe de mim, escavarei uma certa nobreza a seu favor!
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