Seco
OLHOS FECHADOS!
O nordestino sofre tanto
com seca, fome e pobreza
um pote seco no canto
um prato vazio lá na mesa
e o preconceito no entanto
não sabe a dor desse pranto
e zomba na nossa tristeza.
O Reencontro
A minha vontade era de te abraçar e não soltar mais
Engolir a seco e deixar pra lá tudo que ficou pra trás
A saudade não acaba quando se gosta de alguém
A saudade sente fome também
É prazeroso admirar o teu rosto
Ele me acalma me faz sentir o melhor dos gostos
Entre vários versos escritos daqui
E esquecidos dali
O melhor neles é que levam a saudade de você Dindi.
Nessa noite eu finalmente entendi aquele velho com o olhar despreocupado. Foi num bar seco e sujo. As guitarras uivaram minha alma com doses de whisky. Quando saí de lá, deixei meu coração sobre a mesa de sinuca. Já não sentia frio, nem o caos subterrâneo da cidade me importava mais.
As desilusões trás o desejo de mudar o coração
De torna-lo, duro, seco, forte e impenetrável.
A realidade é, que se nessa fortaleza existe um amor verdadeiro, ao comprimi-lo, cria-se uma bomba. Tolice, o coracao não é cárcere de um amor.
A RAIVA É COMO UMA BRASA EM UM MILHARAL SECO,RAPIDAMENTE SE INFLAMA CAUSANDO DESGRAÇA E TRANSTORNO AS PESSOAS PROXIMAS A NÓS. PORÉM NOSSA MENTE FUNCIONA COMO UMA NUVEM CARREGADA EM UM DIA DE TEMPESTADE E DEPENDE APENAS DE NÓS FAZER COM QUE A NOSSA PACIÊNCIA SEJA COMO AS ÁGUAS DESSA NUVEM E ACALME A FURIA DO FOGO POR MAIS FEROZ QUE ELE SEJA.
Me vejo nessa árvore que secou.
Me reconheço nessa natureza bonita e transformadora.
Galhos secos prontos para a chegada de novas folhas... Pronta para um novo verde.
A espera do olhar surpreso de lindos e bons pássaros a me visitar.
Respiro vida, mesmo quando tudo parece estranho. É inevitável!
Recomeçar pode ser ainda mais lindo, se visto com os olhos da alma.
Respire...
Viva...
Renove-se.
QUERIA SER COMO UM RIO
Queria tanto beber em meu pranto, está seco, já não sei nem mesmo chorar...
Um rio inteiro podia cair, inundar por completo esse meu mundo deserto
Não sei bem de onde vem, é lá bem do fundo e dói tanto o meu peito vazio
Destruir é sempre mais fácil que reconstruir,
descer é mais simples que subir
Meu coração é forte, aguenta a pressão,
Mas não sou eu, eu sou vago, sou triste
Sou só.
Caminhos mil eu andei, atravessei desertos fantásticos na escuridão extrema
Me dei por completo, traí, confiei, busquei um jeito de não ser vazio
Aqui dentro o meu peito
Como dói o vazio, corrói mais que ácido
Me entrego a tortura de mim, meu peito me cala
Queria tanto poder ser abrigo, um canto qualquer, não quero ter paz
Nasci no inferno, em trevas profundas,
Eu quero ver luz, não sinto meu corpo, só tenho alma e vazia
Explode meu peito, nasci como um deus, agora sou homem, ando na vida
Cansado de tanto assim ter vivido,
Caindo sempre de canto em canto, de vida em vida...
Trazendo sempre a dor profunda, que faz de mim conhecimento
Queria tanto cair como um rio, o mar secou, a vida é árida
Tudo o que é belo não me pertence, nasci um deus
Que seja então eu deus de mim, que seja eu meu próprio pai
Eu vejo o mundo, mas não é meu, terá sido um dia?
Ando aqui e nem é por mim, eu nada sei, eu tudo sinto
Que venha o pai, que me resgate, que me dê vida, que seja eu um rio inteiro
Que seja pranto, mas que seja algo que não seja assim...
Assim me dói tanto.
Viver num mundo que não é meu, eu ando aqui, mas nem é por mim´
Foi sempre assim, nasci assim, nasci um deus, sem pai para mim
Queria tanto fazer sair aqui do meu peito o mundo inteiro
Para quê lucidez de uma vida, se ela atormenta?
Eu queria o canto do mundo, um canto lindo, um canto calmo
Queria ser rio, queria inundar o meu mundo inteiro
Queria ser louco, queria ser livre, queria partir, sair daqui
Que venha o Pai, que me consuma, que eu já não sou mais dono de mim
Eu nunca fui, eu fui sempre assim, nasci vazio
Nasci um deus
Sem pai para mim
Queria ser como rio, nascer numa fonte, descer pelo monte
Por campos verdes andar, ser forte corrente, e bem lá na frente, voltar a ser mar
Inundar o abismo, o vazio de mim, poder no meu tempo evaporar
Subir lá pró alto, meu peito abrir, livrar o tormento
Queria chorar, chorar forte pranto, vir lá do alto
Tomar as entranhas da terra, subir a montanha, ressurgir numa fonte
Queria ser como um rio, por vezes tranquilo, mansinho
No tempo fugaz, trazer na corrente do meu pensamento
Somente um conto do vale encantado, ter sido por mim
O mundo criado.
Não sei, sou assim, sou meu próprio destino
Eu sou o meu canto, não, não vejo meu pranto
Porque no meu mundo, eu sou deus de mim.
(Adilson Santana) (Queria Ser Como um Rio)
ISBN: 9789898080790 - Arquivo. Biblioteca Nacional de Lisboa - Portugal
DESSA TERRA SEI!
Falo do nordeste por que conheço
aqui nasci, cresci e fui criado
no chão seco, sofrido e abandonado
sem nunca desistir desse endereço
o amor que eu sinto não tem preço
por essa terra que Deus me fez vivente
no sossego da sombra ou no sol quente
continuo o caminho em meu destino
por aí com meu sotaque nordestino
sentindo orgulho de falar o meu oxente.
Um beijo vale mais que mil palavras.
Ai de mim,
lábio seco,
com todos os livros do mundo.
Bom para o surdo de balada,
boca grande,
vocabundo.
Cansei de remar no seco com bagagem desnecessaria.
De hoje em diante, sou vou carregar comigo, o que é bom... o que me faz bem, o que útil, e me faz feliz.
Quero ser livre e leve...
Porque o que pesa e prende a alma, eu jogado fora...
Nada acrescenta levar comigo.
É como estar no mais seco dos desertos e precisar daquele tão precioso liquido para se sentir vivo mais uma vez. É uma necessidade louca de estar do seu lado, sentir sua pele, o cheiro doce do shampoo que usa, e aquele seu perfume tão bom que sempre fica por alguma razão na sua nuca, ouvir sua voz birrenta bem de pertinho, abraça-la e ser um tipo de cobertor contra todos os males. É uma necessidade de zelar o seu sono, cuidar, proteger, não deixar que nem nos seus sonhos, ou piores pesadelos lhe façam mal. É necessidade de você.
Tristeza esse tempo.
Tudo seco,
tudo cinza.
As vaquinhas ficam atarantadas
debaixo desse sol de agosto.
Desgosto de tardes amarelas.
Saudades da esperança
que nunca madura.
Se mesmo em solo seco, ríspido e cruel, pode nascer uma bela flor. Imagina nos corações que se derretem por amor. Mesmo quando tudo parece triste,pungente, siga em frente a procura daquilo que te faz bem.
__________Lia Nick
Não Te Faltes De Mim!
Não te faltes de mim!
Porque secarias o meu mar
E o deserto seco e amargo
Invadiria o meu rosto
Espinharia meu corpo
Como um cacto solitário.
Não te faltes de mim!
Porque teu silêncio
Perturbaria o meu sol,
Queimaria meus sonhos,
Sufocar-me-ia de realidades
Estúpidas e cruéis.
Não te faltes de mim!
Porque vida sem ti não se vinga.
E quando da estrada percorrida,
Fria e abatida,
Teu vazio há de me corroer
Minha rota, minhas rosas,
Retrato de um porvir,
Numa triste desventura.
E mesmo assim,
Se assim tu me faltares,
Quando dos olhos por abrir
Não mais te encontrar,
Fecho-me para o mundo
Em cinzas gotas de dor
A me manchar as vestes da alma.
E de lá, um turvo sabor,
Em completo,
Há de me sempre tomar.
Na abundância, substitua de vez em quando a fartura de alimentos por pão seco e água, e terás mais gratidão pela vida.
Passiflora Incarnata
Amargo, seco, doloroso.
Um gole, desgostos...
Bebo deste liquido
Sempre que respiro.
Sou interprete dos abismos,
Sucção ao proibido,
É isto como alimento!
Penetra meus tormentos.
Faz da carne servo
Da alma inundação,
Obediência, escravidão.
Dum desejo abstrato
Em langor e alentado
Me envolvo calado.
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