Seca
A seca.
A seca trás sofrimento
a chuva nem piedade
o verde se foi no vento
e o gado deixou saudade
aqui se falta alimento
mas sobra dignidade
Pequena.
Seus cabelos e olhos já não brilham mais
Sua boca está seca
Em sua pele pálida marcam os ossos
Em suas mãos um lenço branco
Para enxugar as lágrimas que já não caem mais.
Fragil e sem querer como uma brisa leve, fria e seca.. ela se desprende do meio da arvore. Meio amarelada e sem direçao, ela vai parar em algum lugar, mas nao no chao. Vai demorar para ela alcansar algum lugar e cada vez vai ficando mais dificil de enxergar, ou faze-la voltar. Importante para a arvore ela sempre será. E igual a ela nunca exitira.Como uma folha;
Quando menos se espera
nasce um milagre.
Da seca que agride
nasce uma flor consoladora...
Da tristeza,vem forças do céu...
Amor que dá fruto,floresce.
A vida é milagrosa,
levante o véu!
Minha voz está estranha
Rouca
Falhada
Seca
Talvez seja meus gritos
Ou a falta de uso deles.
Tenho arame farpado na garganta
Pregos nos lábios
Você consegue ouvir meu pedido de socorro?
Consegue?
Feridas da seca!
Essa terra é meu suporte
essa escolha foi Divina
todo nordestino é forte
mas é triste a sua sina
e a seca é o passaporte
que faz a lâmina do corte
ferir a alma nordestina.
O sertão tem algo que me encanta
e não é o sol
e não é a seca...
muito menos as cidades.
O que me encanta de verdade no sertão
são os sertanejos,
é o jeito deles,
aquele jeito simples de levar a vida.
Devemos hoje ser fortes e resistentes, como aquela árvore no outono, onde está seca, sem frutos, sem folhas, mas ela permanece ali, firme, forte e resistente.
PORTO SECO!
No sertão a seca assola
arde a pele e fere o peito
vive a beira da degola
ainda sofre preconceito
sem saúde e sem escola
não precisa de esmola
mas carece de respeito.
Mágoas são reservas desnecessárias, que em tempo de seca,não mata a sede do solo...quem as guarda,envenena lentamente a alma ...Autora Ada Fronzzi
Não tenho para ti quotidiano
mais que a polpa seca ou vento grosso,
ter existido e existir ainda,
querer a mais a mola que tu sejas,
saber que te conheço e vai chegar
a mão rasa de lona para amar.
Não tenho braço livre mais que olhar
para ele, e o que faz que tu não queiras.
Tenho um tremido leito em vala aberta,
olhos maduros, cartas e certezas.
Neste comboio longo, surdo e quente,
vou lá ao fundo, marco o Ocupado.
Penso em ti, meu amor, em qualquer lado.
Batem-me à porta e digo que está gente.
RIQUEZA DO SERTÃO
Nordeste de lampião
Terra seca e Juazeiro
Cuscuz tripa e buxada
Canta galo no celeiro
Rapadura com farinha
No meu sertão forrozeiro
Piche na Praia.
O nordeste é supremo
mas foi feito de cobaia
a seca chega ao extremo
dizendo que o povo saia
o barco perdendo o remo
e ainda vem um fiii do demo
jogar piche em nossa praia.