Seca
LÁGRIMAS INTERNAS
Noite fria, alma seca, vida solitária
Pensamentos vagando,dor no peito, saudade insana,
alguma coisa em mim vai buscar longe uma recordação...
Nem sei se eu vivi mesmo o que lembro agora.
Nem sei ...
Mas essa saudade me revira pelo avesso e
me faz mergulhar num mar profundo de silêncios ,
de vazios , de desalentos.
E a chuva cai lá fora e aqui dentro estou fora de mim nessa busca de alguma faísca de ilusão que valha o momento.
Nada me alenta !
Uma lágrima escorre em meus olhos como se o mundo estivesse caindo sob minha cabeça e a solidão me doma ,
me rouba os segundos em que o meu silêncio só grita por ausências !
Ausências do que inda nem sei se de fato existiram ou
se são delírios desse momento.
Luz do abajur, vidro embaçado, silêncios exacerbados,
Meu corpo quer dormir e minha mente berra.
É hora de desistir de novo de mim.
É hora de partir para fora de mim!
As paredes gritam insanas e o instante se torna
um buraco imenso aqui dentro !
Preciso ir !
Pernoitar n'algum canto que me traga alento e
sonhos vestidos de encantos !
Cansei-me, não do vento que arrastava-me em meus dias de folha seca, mas da falta de domínio. Decidi onde e quando deixar o vento conduzir-me.Quase sempre funciona.
SECA.
O nordeste pra mim é sagrado
foi Deus que me deu de presente
o sol faz da seca um pecado
e a água não tem na nascente
na cocheira não tem um só gado
mas a fé é o segredo da gente.
Seca grande.
A seca grande que vejo
não arreda o pé do chão
o vaqueiro em seu pelejo
para salvar a plantação
como é triste o sertanejo
ver morrendo o seu desejo
de viver no seu sertão.
Brota.
O nordestino e o seu valor
na enxada não se cansa
na seca, na fome, na dor
na lágrima de uma criança
mas quando brota uma flor
também brota a esperança.
Fragil e sem querer como uma brisa leve, fria e seca.. ela se desprende do meio da arvore. Meio amarelada e sem direçao, ela vai parar em algum lugar, mas nao no chao. Vai demorar para ela alcansar algum lugar e cada vez vai ficando mais dificil de enxergar, ou faze-la voltar. Importante para a arvore ela sempre será. E igual a ela nunca exitira.Como uma folha;
“Ansiedade”
Minhas mãos úmidas
Alerta a seca dentro de min
Alerta o que não veio
Desperta o que esta por vir
O estomago murcho
Procura soprar o incapaz
Procura inspirar algo mas
Algo como um trevo ou uma sorte qualquer
Que escute uma pequena surdes ou que me traga a paz mais uma vez.
Quando te vejo:
minha garganta seca, minhas mãos se agitam, meu corpo respira.
Quando te toco:
meu sangue ferve, minhas veias pulsam, minha alma treme.
Quando me tocas:
minha boca se cala, meus olhos se fecham,
meu corpo te sente.
Nesse momento o sol se esconde, a noite chega,
as estrelas dançam.
Todo o meu mundo se torna uno,
porque tenho você.
Não tenho mais tinta
Minha pena está seca
Mas para dizer que a amo
Escrevo até com gotas do meu sangue
Não posso parar de escrever meus poemas
O diário é meu melhor amigo
Nas suas linhas eu escrevo minha dor
Todo o sentimento que me deixa triste
Triste por tanto odiar o fato de amar
Amar e não poder minha índia beijar
Ela ama outro...
O que devo fazer, Pai?
Devo encerrar minha jornada?
É esse o fim de toda a história?
Nasci com a pretensão de ser reconhecido
E deixarei que tudo acabe dessa maneira?
Da mesma forma que os fracos morreram?
Amando e nunca sendo amado
Chorando e sofrendo por serem tão fracos
Eu não agüento mais, leve-me para casa
Serei apenas mais um nesse cemitério
Nem minha mãe chorará por mim
Eu não quero lágrimas de pena no meu túmulo
Ele é frio, nada irá sentir
Assim como a criança iludida que fui um dia
Sonhando em crescer, para depois amar
E hoje arrependido
Querendo fazer o tempo voltar
Mas como é impossível, peço então para ele rápido passar
Para que essa guilhotina possa logo me decepar...
Queria conseguir ficar uma semana triste, de cara fechada e seca com o mundo. Mas eu choro rindo, morro sorrindo e ninguém desconfia, talvez seja melhor.
Se não me emociono sou egoísta, feita de gelo, seca. Se me emociono foi coração mole, feita de besta e ingênua. honestamente nunca saberei como ser.
Devemos hoje ser fortes e resistentes, como aquela árvore no outono, onde está seca, sem frutos, sem folhas, mas ela permanece ali, firme, forte e resistente.