Saudade e Lembrança
De uns tempos pra cá, venho perdendo meu sono, puxando memórias nos mais profundos e obscuros becos que compõem meus pensamentos, acontece que a minha ida foi o suficiente para me fazer perceber o que eu tinha quando estava com você, ao seu lado. A maneira de como eu fui embora ainda chicoteia o que sobrou do meu consciente, até hoje. Foi quando os seus cabelos claros dançaram ao ritmo dos ventos que eu percebi que você era especial, quando nos perdíamos em conversas que só nós dois conseguíamos entender. E eu não queria ter ido, mesmo tendo eu te expulsado e sendo o causador da nossa tempestade. Eu sinto falta da maneira de como você chamava meu nome, dos apelidos que você colocou em mim, da maneira de como você ficava corado quando eu dizia que te amava, era tudo tão raro, tão único, tão singular. Eu só queria ter percebido isso quando ainda éramos dois. É egoísmo meu querer te dizer que me arrependo, eu sei. Eu só espero que você ache alguém que te ame genuinamente, assim como eu nunca fui capaz de fazer.
Voando no Mundo Azul
Ainda lembro as nossas conversas
Tão tarde da noite assim
Eu te chamava dizendo seu nome
Você ficava assim
Com aquele sorriso
Aquele olhar
Tão linda quanto a madrugada
E um sorriso escapando de mim
Eu não queria mais nada
A gente no mundo azul
Voando no mundo azul
Ainda lembro aquele fim de tarde
Tão perto do pôr do sol
Eu conhecia a menina mais linda
Você era assim
Tudo o que eu
Sempre imaginei
Tão linda quanto o fim da tarde
Naquele dia junto as escadas
Eu não queria mais nada
A gente no mundo azul
Voando no mundo azul
Quando penso na pessoa que você era me faz sorrir com nossas lembranças, mas o que vc se tornou hoje me faz ficar triste, porém não deixei de te amar pois tenho esperanças que você voltará para Deus, tenho fé que um dia você irá brilhar novamente.
Meu herói
Então um dia, um anjo veio
E levou o meu herói
Ficou comigo a saudade
Da falta que ele me faz
ainda bem que restou as lembranças
alguns boas outras mais
Do meu tempo de criança
Onde brincava com o pai
Hoje ele mora lá no céu
E sua ausência dói demais
Pois o filho mesmo grande ainda precisa de seu pai.
Companheiros.
O medo pela perca de lembranças me consome.O medo de esquecer seu rosto,seu sorriso,seu abraço,seu cheiro.Me consome.O fluxo de ideias parou,se limitou,simplesmente não funciona mais.
Me sinto acorrentado,abandonado,condenado.Me consme(...)
O que foi feito para pagar o preço dessa sentença? Porque estou aqui novamente? Porque sinto que existe um mar nos impedindo de nos amarmos? Todas essas perguntas,um dia,foram respondidas com um manisfesto" eu acho". Eu sempre achei,nunca tive a oportunidade de alegar certeza em minhas virtudes.
O achismo surge a partir do primeiro momento em que eu soube que no dia seguinte não iria ter a oportunidade de te encontrar.
Sempre achei que não esqueceria seu rosto,seu sorriso,seu abraço,e seu cheiro.Infelizmente,eu achei,nao tive certeza.
Hoje,acho que o próprio achismo me fez refém das minhas incertezas.
Hoje,com medo,acho que amanhã sera pior.
À ideia,e o manisfesto do texto é ser repetitivo em suas palavras e pensamentos para caracterizar a angustia do autor,que se encontra perdido,andando em círculos ao lado de seus eternos companheiros.O achismo e medo.
'' Essa escrita é para eu ter mais uma desculpa pra lembrar de você .
Para que também , eu possa ler minha saudade e logo após senti-la . ''
Nas manhãs ensolaradas de domingo a saudade chega sutilmente e me beija a face, leva-me pela mão para a casa de vovó e, lá no aconchego do seu colo ouço o vaievém de uma cadeira de balanço acordando-me as lembranças.
LEMBRA
Lembra de mim
Quando o vento soprar
E a árvore florescer
E sentir o cheiro da chuva
Mesmo antes do céu escurecer.
Lembra de mim
Quando a música tocar
E quando o sol nascer
E o horizonte estiver colorido
Fazendo tudo mais emudecer.
Lembra de mim
Quando o frio ceder
Deixando o calor voltar
E for possível correr pro mar
Marcando pegadas na areia
Numa mistura de som, cheiro
e pés molhados.
Lembra de mim
Quando ouvir algo
Que eu não podia dizer
Quando a vida estiver difícil
E der vontade de partir
E a vontade de chorar for vencida
Por encontrar um motivo pra sorrir
Lembra de mim
Quando o incômodo valer a pena
E as pedras e conchas não forem perfeitas
E o livro usado retomar seu lugar
Lembra, quando suspirar ao lembrar.
Publicado em " Grandes Nomes da Poesia Brasileira" - Ed 2018
O saudoso passado...
Durante muito tempo ouvi, como um mantra enfático, a afirmativa: “Saudade do passado! No meu tempo era muito melhor...”. Repetidas vezes isso me provocou a revolta adolescente de quem gostaria de convencer que o meu presente também era bom, seja pelas tecnologias, avanços, mudanças histórias, conquistas, .... e até pela minha presença. Por mais que o desafio de mudar esta frase motivasse, era uma realidade irredutível. Contudo, como o bêbado que retoma a sobriedade, a maturidade trouxe uma capacidade analítica de enxergar os problemas da minha época, admirar elementos do passado e repensar certos conceitos. Apesar da “minha tecnologia” ser surpreendente, de fato no meu presente faltava muita coisa, que não justificavam mudar esta frase. As minhas críticas foram revistas, ganharam novos pontos de vista, interpretações, ... e só me restou tentar mitigar as lacunas do meu tempo. Até que um dia, as lapidações da vida, como em um ciclo previsível, me fizeram repetir o mesmo discurso de meus antepassados. Penso que ...
Talvez, com o tempo as luzes naturalmente se apaguem, como as estrelas no céu que perdem o brilho te deixando em um vazio sem orientação ...
Ademais, é provável que a inversão dos polos magnéticos esteja de fato ocorrendo, pois, o Norte não está mais evidente. Todos os elemos norteadores da vida começaram a desaparecer fazendo com que precise caminhar sem referenciais, como em um quarto escuro ....
Talvez as cores percam a intensidade e naturalmente o mundo pareça monocromático, como os clássicos do cinema mudo, que apesar de antigos trazem felicidade para a vida ...
Os meus exemplos, formadores de caráter, retidão, honestidade, hombridade, .... os meus inspiradores não estão mais aqui para me aconselhar ...
E por mais mórbido que pareça, lápides trazem de volta um passado de lembranças, plenitude, alegrias legítimas, conselhos, aconchego, orientação, sinceridade ... . E para quem não tinha arrependimentos, o maior passou a ser a vontade de ter construído mais lembranças ...
As memórias viraram o melhor destino de boas viagens ....
Os atos criticados, por quem queria mudar o mundo, passam a ser repetidos como uma herança de família ...
Os diálogos que traziam serenidade e paz, desapareceram. O “olho no olho”, os sorrisos com volume e intensidade, tranquilidade, ... deram lugar a figuras que tentam representar emoções, de alguma forma, na tela de um smartfone. Talvez por isso tanta depressão ...
Os elementos que tinham função de retroalimentar a vontade de andar, desapareceram e ninguém reparou, pois somos carregados pelo fluxo ...
Os nomes dos meus grandes mestres já não estão mais nas grades horários de aulas, em apresentações de congressos, .... os que não posso mais visitar, encontro nos velhos livros e artigos amarelados ....
A leitura de um livro deixou de ter o som das folhas, o cheiro característico, o peso do conteúdo e a criatividade de improvisar marcadores ...
O museu que influenciou sua vida foi queimado, as salas de cinema enormes deram lugar a espaços pequenos com uma pipoca de gosto estranho, os lugares que gostava de visitar já não existem mais, ...até a pizza que marcou a infância virou um gosto exclusivo da memória ....
Não existem mais “renascentistas” dotados de visão holística e integradora. Na saúde, deu-se lugar aos tratamentos específicos, segregados e especializados a ponto de não existir mais correlações; agravado por alguns profissionais que podem nem entender a fundo suas especializações ...
As músicas não ofereçam mais a mesma carga de emoção arrebatadora, falam em uma linguagem diferente e seus cantores prediletos não tem mais como gravar álbuns inéditos ...
O amor não é mais o mesmo da época onde o simples “cheek to cheek” conseguia prover fortes emoções como impulsionar ao paraíso...
Perdeu-se a magia de cantar na chuva para fazê-lo em chuveiros apertados ...
Os heróis, não eram personagens com superpoderes, mas mortais com atitudes que qualquer um poderia ter. Não viviam em cavernas ou esconderijos mirabolantes, estavam em seu convívio, família, ...
As pessoas não tinham medo de se comunicar, nem estavam demasiadamente ocupadas com seus celulares.... Elas davam bom dia sem nem mesmo conhecer e assim funcionavam as “redes sociais”, ... “like” era um sorriso, as notícias eram “compartilhadas” com boas conversas nas portas das casas ou na mesa do bar ...
Os pais se tornaram filhos, a ponto de passar a ver suas “malcriações” ...
Era possível ter aula de história pelos livros, com um professor, ou ouvindo o relato de quem viveu aqueles momentos ...
O telejornal não se assemelhava a apresentação de um catálogo criminal ...
A textura do papel do jornal era suave e a tinta soltava nas mãos ...
O GPS eram as paradas sequenciais para pedir informação, deixando a viagem mais longa e divertida, conhecendo lugares pelo caminho, com mais expectativa ...
Havia mais honestidade que Interesse, a ponto de até o vendedor do mercado aceitar a “pendurar a conta”, esperar ir buscar o dinheiro em casa ...
Os alimentos não faziam mal, tinham mais sabor ...
O tempo das coisas era mais devagar que da geração “fast”; até as células não tinham tanta pressa em se dividir ...
Os políticos pareciam mais honestos ...
As novas piadas, mesmo com todo seu conteúdo apelativo, não têm mais a mesma graça ...
O ar não tem mais o mesmo cheiro, assim como a água o sabor e ...
Não existem mais palmeiras, primores e sabiá, ... e talvez por isso, os “mais velhos”, se sentissem no exílio do tempo novo ...
... mas posso afirmar categoricamente que no meu tempo era muito melhor, porque existiram pessoas insubstituíveis que deixam uma saudade irreparável. Aqueles que sentiram um amor legítimo, hoje ocupam um espaço inabalável, como em um relicário junto ao peito onde posso visitá-los nas melhores memórias.
Quem és tu?
Que vens lembrar,
Que aquilo,
Que alguém,
Que não está,
Mas ainda vive,
E mesmo de longe,
Pode chegar?
Agora é a tristeza que está na cara,
O choro é pesado,
E o tempo roubará a lembrança?
Fica a saudade,
Viajei nas ondas do teu olhar...
Me senti naufragado no Oceano das emoções, nas lembranças apenas o seu perfume, e o calor do seu abraço, a saudade bate de frente com as ondas do sentimentos, em uma luta constante contra a vontade de estar com você.
-E entre as lembranças de momentos incríveis com a realidade de não estar com você agora, somente me sobra traduzir esse sentimento em palavras para que todos saibam a falta que você me faz-.
Na curva da estrada me lembro
olhando para a noite estrelada
fico à pensar
será que nesse mundo
há ainda chances
de nos encontrar
Quando me deito
sinto sua falta
o seu sorriso me acalma
sua palavra amiga
me fascina
É como a lua e o mar
Nós dois prontos para amar
sua camisa ficou aqui
nas vagas noites de inverno
cheiro-a para te sentir perto de mim
Quando a morte nos tira alguém...
Uma lembrança permanece viva nos corações, são momentos difíceis pois nunca compreenderemos o mistério que tira d'entre nós as pessoas que amamos.
Essa saudade sempre baterá nas portas dos nossos corações para deixar esta terrível cicatriz, a perda de quem amamos. Porém devemos permanecer firmes, pois a força para continuidade vem do Senhor e Ele nos ajudará a carregar este fardo de saudades...
a gente se apega aos bons momentos porque eles nunca mudam em nossa memória. o contrário das pessoas.
Haverá um tempo
Em que o passado soará como uma linda canção
E a canção, trará de volta a lembrança de um passado...
Saudade...
Haverá um sorriso
Uma lágrima talvez
Mas também a completa certeza
Que nada foi em vão mas que tudo valeu a pena...