Saudade Dói
" Rasgar o tempo, a dor, a saudade
rasgar o verbo, gritar, dançar
rasgar o papel, onde o amor falsamente foi sacramentado
rasgar o passado, desvendar outros futuros
rasgar o que tiver que rasgar
mas remendar-se, jamais...
" Nós que passeamos pelos campos floridos do amor
sabemos da saudade, da dor, da fé
também conhecemos as belezas dos abraços
dos olhares cativos
das sombras do corpo dançando suave
ao final de uma tarde qualquer
nós que repudiamos a ausência
temos na presença o sabor especial da vida
curtimos os desejos, as praias, os passeios
nós que ainda não nos encontramos
sabemos que isso é apenas um detalhe
que o destino logo logo
se encarregará de juntar...
Saudade é uma dor
que atormenta de mansinho
que maltrata com carinho,
corrói com jeitinho e
nos faz chorar
com o coração apertadinho.
Me importei com tantas coisas inúteis, fragmentos da tal saudade, dor corrompida pelo meu coração afetivo. Queria eu ter esquecido tudo que já passei de ruim, queria eu ter esquecido de esquecer! Queria continuar sendo o que fui há milênios atrás. Eu sinto que estou me afastando, me distanciando, me limitando...
Sempre que ouso sentir saudade, uma dor insiste em meu peito, mas logo ela se transforma em sorriso bobo no canto da boca, pois saudade de você é lembrança de coisa boa
"Não há nada mais doloroso do que a dor da saudade. Sim, da saudade do filho que partiu para sempre".
É inevitável: o sofrer, a dor, a tristeza, a necessidade e a saudade.
Não tem como fugir.
São apenas as fatalidades da realidade se apresentando.
Todo humano deve enfrentar com coragem tudo o que vier.
Não existem vítimas, existem escolhas.
Todo o que brinca, um dia irá se ferir.
Todo o que dar gargalhada, um dia irá chorar.
Todo o que vive, um dia irá morrer!
Por onde anda o amor, cadê a reciprocidade?
Por fora é dor, por dentro é saudade.
Me sinto refém, perdi minha liberdade;
Meu sorrisou se trancou, seu brilho se apagou e na restou;
Tudo que um dia foi felicidade, hoje é só dor e saudade!
DOR DE NÃO DOER
Demétrio Sena, Magé - RJ.
No lugar da saudade não sentida
um abismo de sonhos defasados,
uma vida sem nada pra lembrar
do passado que nunca foi presente...
A saudade que tenho é da saudade
que jamais alcançou meu coração,
é daquela emoção que faz chorar
pelas voltas em tempos bem vividos...
Fico triste porque faltam tristezas,
dói sentir que não há por que sentir
que a beleza de outrora está no vento...
Não há como viver sem a magia
de se ter nostalgia pra voar
lá nos tempos que a vida fez valer...
meus sentimentos, sei que nesse momento difícil, que essa dor possa se transformar e saudades.
E as lágrimas que possa se tornar boas lembranças.
A cada abraço que possa receber, que seja reconfortante, e cada palavra um gesto sincero que você não está só.
Meus sinceros pêsames, e que seu coração possa encontrar a paz, nesse momento difícil.
Hoje eu sei lidar com o amor, com a falta de amor, com a saudade, a dor da distância, a dor da perda, e todos os sentimentos que em mim habitam. Na dor tudo se aprende, e eu aprendi. Não sofro mais por pessoas pequenas e nem por amores fracos.
ACHANAR (soneto)
Deixe que a dor da saudade enfim passe
Soltando d'alma o que é teu maior enfado
Deixe-a nas entranhas secas do cerrado
Para que nos maçantes reclamos se cale
Em um grande pesar não se é prolongado
Basta! Se todo afeto que sentes se sovasse?
Desafie os medos, e os ponha face a face
Com coragem, e os tenha como teu agrado
Sabe: eu já cansado! Ando tão com receio
Na ventura, que o meu amor se consome
E o encantamento no revés submerso...
Sinto em tudo está ilusão... Tudo custeio!
E, derreado de embatucar este cognome
Achanando este infortúnio do meu verso.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Saudade, palavra agridoce da dor
Oh Saudade! Eu tentei tanto
Esconder de ti na melancolia
E ainda te revelas no meu pranto
E na angústia de minha poesia
É de um alguém, um lugar
Se afirmar, estarei a mentir
Se minto é pra me preservar
Se tu vens, rendo-te no sentir
Se povoada está a minha nostalgia
Nas palavras gosto de amarga aflição
Frouxo estão os ponteiros da fantasia
Que ritmam os temperos do coração
É vazio cheio sem que se possa ver
Solidão da alma no pleno amor
Grito na escuridão sem comover
Saudade, palavra agridoce da dor...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/05/2011, 01’33” – Rio de Janeiro, RJ
Hoje, a saudade de ti. Veio. Donde viera?
Dum vazio? Ou do silêncio que profetisa
Rima de dor. Ou do amor, quem me dera
Tua lembrança me veio como acre brisa
Vi-te primeiro o sorriso tal a primavera
Em flor. Depois me veio o que divisa
Tua alma da tua tão especial quimera
E de novo me encantei a graça concisa
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020 – Cerrado goiano