Sapato
O que é isso que incendeia?
O que é isso que me pega?
E faz eu de gato e sapato
O que é isso que sempre
Me atrai?
Está sempre ali
Está sempre aqui
Isso que une
Que agita
Que sacode
Que isso
Isso que me cata
De um jeito maravilhoso
Ah eu sei
Amor
Amor que vem a mim
Amor que está de mim
Amor que vejo nos seus olhos
Que beija
Que aperta
Amor que guardo
Em lugar apertado
Que grita
Que fala
Que acaricia
Amor que vejo
Amor que sempre vem
Que nunca sai
Que esta sempre presente
Amor que tenho sem tamanho
Sem medida
Sem vergonha
Amor que nos une
Amor que é nosso
Liberdade
Eu aprendi a viver com a dor da tua ausência, como um sapato apertado, calcei um par de culpa e segui adiante, hoje me livro deste aperto, não poderia deixar passar o dia mais feliz da minha vida sem uma marca, pegadas, descalço de espírito escrevo esse texto.
PEDRA NO SAPATO
Não é suficiente saber que o homem constrói mundos, mas é preciso ainda "des-truir" mundos em que vivemos através da investigação e da pesquisa, ou seja, desocultar suas bases subterrâneas, rastrear seu plano esquecido, interrogar seu sentido sempre atuante, mas oculto.
Com efeito, não é possível propor uma nova civilização sem questionar com propriedade de conhecimento os fundamentos latentes desta que vivemos hoje.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Fiquei nua.
Tirei a roupa, o sapato, o laço do cabelo.
O brinco e o anel também.
A lingerie se foi, a maquiagem saiu,
O esmalte vermelho das unhas
A acetona removeu.
Nada me cobre além dos olhares
Hipnotizados
Irados
Extasiados.
Fiquei nua
E me sinto protegida
Forte e poderosa.
É que a luz, antes bloqueada pelos trajes,
Brilha.
Irradia.
Ofusca.
Viro a essência do desejo!
Há quem odeie, há quem adore,
Há quem projete seus lixos - vai que a luz os consome...
Santa cobiça, que de santa não tem nada.
E a culpa é do cobiçado
Ou de quem não fica nu?
“A teimosia é um pejorativo que castiga, pois insistimos em usar um sapato que machuca.”
Giovane Silva Santos
Por trás do novo cabelo, da nova roupa, do novo sapato, da maquiagem e de toda a mudança de visual, cheque apenas se o seu caráter e a sua essência permanecem intactos.
Reflexões sobre o ocaso I
Vestiram-me um paletó preto,
Calçaram-me um belo sapato.
Senti-me importante.
Era a primeira vez
Que calçava sapatos.
Quando precisei, não os tinha.
E para onde irei
Não precisarei usá-los.
Eu penso em você toda hora,parece um chiclete que gruda na sola do sapato e não quer soltar mais,também como um aroma de uma flor que pra mim se torna único e especial.
Sejamos todas ''deusas''!
Desde a roupa até o sapato,
desde o sangue que corre pelas veias
a partir da origem
a partir do ritmo
Em cor ou cabelo...
Tendo olhos azuis ou não…
Sejamos todas deusas!
Amigo não é aquele que tem
a melhor roupa, o melhor sapato
o melhor carro ou vise e versa.
Amigo é aquele que tem
o melhor sorriso,
o melhor abraço, o melhor coração.
é aquele que está do nosso lado
segurando nossas mãos
quando o tudo parece desabar.
Poesia não compra sapato, poesia não compra roupas
Poesia não trás bem materiais
Que loucura do poeta falar sobre sentimentos se não há um retorno financeiro
Ah, todo poeta e louco! Eles não pensam no amanhã
Havia me esquecido, os poetas são os loucos que sobre a calada da noite escrevem sentimentos, isso há valor mais não há preço.
- Wisley Barbosa / Passagens do vagão um dia por vez.
Se há uma "pedra" no teu sapato, busca retirá-la, não espere pelo outro, senão o único que poderá ser ferido será você.
A moda nos anos de 1960 para os rapazes era calça boca de sino e sapato com salto plataforma. Com muito custo eu consegui comprar os dois, mas desfrutei por pouco tempo. A droga era que, um foi feito para outro. casal perfeito. Não dava para imaginar uma pessoa vestida de calça boca de sino sem os sapatos plataforma. Pois então, a calça eu consegui primeiro. Ela era feita de um tecido azul claro, cintura alta para poder usar sem cinto, muito bonita. O par de sapatos com salto plataforma demorou um pouco mais, talvez uns dois meses para eu conseguir. Me lembro como se fosse hoje o dia que estrei o conjunto. Devo ter crescido uns dez centímetros com aquela plataforma de couro. Naquele dia choveu muito e as ruas estavam um barro grudento e pegajoso; uma cola, melhor dizendo. Saí de casa com uma altura e cheguei na praça com outra;tinha tinha crescido com o barro que foi grudando nos nos sapatos. Quando isso acontecia, a gente tinha a prática para tirar aquele torrão do salto do sapato; era só bater com força que ele se soltava, mas para meu azar, quando bati o salto plataforma no cimento, fiquei manco. O salto se desprendeu e saiu feito um bólido para o meio da rua. Demorei mais uns dois meses para voltar a usar o conjunto. Tive que comprar outro par de sapatos plataforma. Nunca encontrei o salto do primeiro. Ivo
Errou o homem cujo calo lhe gritou
ardendo dentro do sapato
amanhã choverá. E também o cara
(ou aquilo dentro dele) que previu:
cem mil diminutos relâmpagos
se desatarão do corpo da garota
na minha direção
Não que não tenha relampejado
mas porque um só relâmpago
(fora daquele céu) foi necessário
para abatê-lo. E agora sabe
o quanto (ainda mais que nós
que sabemos do homem com seu calo
ardendo ainda dentro do sapato)
o nosso corpo é essa antiga máquina
falaciosa de premonições