Poemas sobre samba
Sigo aqui atravessando a avenida, por vezes de destaque encima do carro alegórico e outras empurrando, mas tentando não atravessar o samba e nem prejudicar a harmonia! Sou Carioca!
<Sambista Considerado>
O sambista considerado entrou no pedaço já lotado
Na cadência do surdo, lentamente caminhando
Sorridente, cheio de marra, a todos saudando
Sacou logo aquela morena faceira, garbosa, se exibindo.
Sem vacilar, encarou e foi desafiar, vem comigo sambar
Linda, atrevida, a Morena sorriu, logo aceitou,
No sapatinho, cheia de graça, foi se aproximando
O casal, enlaçado, no ritmo adequado, foi causando.
Roda formada, aplausos, incentivos e eles rodando
Alegres, felizes, seguros, o samba solto rolando
Na pista o casal se superando, igual Mestre Sala e Porta Bandeiras
Empolgados, todos caem no samba sincopado, bem balanceado.
Alegria geral na comunidade da Vila Sacadura Cabral...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Juares de Marcos Jardim – Santo André / São Paulo - SP
Com olhos a marejar, eu te ensino a sambar, com os pés descalços na beira do mar.
O amor é o criar da vida, é a batida do meu coração.
Meu samba é a minha paixão, o encanto da sereia, no brilho da areia quando vejo o seu olhar.
Sonho com a alegria, de uma eterna emoção de deixar-se amar.
Todos somos fitness! SAMBAMOS para o salário dar conta dos gastos e DRIBLAMOS as adversidades da vida. 😉
31 dez 2022
Fico sempre admirado com tamanha beleza
Toda vez que a vejo, é como um novo começo
Outro novo dia para amar
Mais um de seus detalhes únicos para eu me perder e me encontrar
Mas sempre que a vejo, meu coração dispara..
E como escola de samba, em folia e alegria, me pego a te amar
Há uma paz dentro de todos nós
Você pode ouvir os sons da nossa voz
Corações batendo alto, embora as letras mudem,
Nossos sentimentos são todos iguais
Podemos derrubar as paredes da tristeza
Apagar as cicatrizes, encontrar a beleza
Há uma paz no som da nossa voz
Uma harmonia que nos leva além, para onde quer que a vida nos traga
Samba de primeira, samba de raiz, samba é nostalgia, paz e alegria, quem samba é feliz
Sambar contagia, pura poesia, pinta fantasia no refrão que diz
Samba de amor, bate meu tambor
Samba miudinho, samba agarradinho, o samba pegou
O samba de Yoa, o samba de io io, grito da senzala que nos libertou
Nessa batucada meu samba chegou, vem samba mulata, o surdo marcou
O Cavaco chora, tem samba de amor
Quando vou no samba, vou me deleitar
Preto simpatia sempre está por lá
Esperando a letra que nos faz chorar
Pego o telefone, quero registrar
Meu amor sambando faz tudo parar
Letras pintam as cenas, esse é meu lugar
Foi em Rockaway Beach - New York, um domingo de sol, no verão americano, ecoou um pulsar de Brasil. Um povo que trouxe consigo o samba, não apenas como música, mas como um manifesto de identidade e resistência. Em meio as dificuldades do cotidiano, enquanto existe uma procura por uma identidade global, nós encontram um refúgio na cadência envolvente e na harmonia contagiante do nosso samba.
Obrigado Turma do Samba, o som do pandeiro, e a voz calorosa ressoou, celebrando não apenas nossas raízes, mas também colorindo a paisagem cultural americana. É um grito de liberdade que dialoga com a cultura local, enriquecendo nossa própria beleza e talento.
Em cada batida do tambor, há uma história de luta e superação. Em cada verso entoado, há um pedaço da alma brasileira que se entrelaça com o espírito vibrante da América. Como disse Cartola, "o mundo é um moinho", e neste moinho, o samba brasileiro não só gira, mas também ilumina e inspira, conectando pessoas e enaltecendo a diversidade que faz desta nação um verdadeiro caldeirão de culturas.
Assim, sob o céu do verão americano, o samba se torna mais do que uma canção; é um testemunho de amor pela vida, pela arte e pela união que transcende fronteiras e diferenças.
Foi um encanto, um poema emocionante, um capítulo histórico que sempre pulsará nos corações dos imigrantes brasileiros, enamorados pelo samba, pela cultura brasileira, obrigado a todos amigos presentes, em especial aqueles que realizaram esse evento!
A melodia inspira e traz alegria em madrugadas frias. Se quiser aquecer o coração, pode contar com um samba em forma de canção.
Baiana do Recôncavo
clara Bahia
sinhá Joana
pomba cigana
iúna Maria
mete a colher
abaracarajé
samba do pé
gingar da mulher
gira nanã
yara Nunes
post nudes
Maria bataclã
umbandomblé
todos os santos
politanos contos
sotero afoxé
guerreira africana
terreiro gantois
Iansã qué Oiá
sedução da baiana
Meu Brasil de Orixás
Levanta poeira
Gira roda gira,
Gira roda baiana
Verde e branco na avenida.
Vem meu amor,
Esse enredo é todo presente.
Os deuses ficam contentes
Com esse luau de esplendor.
Todos os diabos estão soltos,
Loucura é sinônimo de paixão,
Nanã é deusa da chuva,
Xangô é deus do trovão.
Omulu, o rei dos cemitérios
É a força da transformação,
Dono da vida e da morte
Me dê paz nesta vida de ilusão.
Quero ter o seu amor,
A magia começou.
No terreiro sou a gira,
Sou a raça multicor.
A caça é o vício de Oxossi,
É deus dos caçadores,
Protege a natureza generosa,
Aumenta a fartura de amores.
E por falar em amores,
Iansã se apaixonou por Xangô.
Sensualíssima e fogosa,
É tormento na avenida, Vem Quem Quer!
Vem quem quer meu pai Obá,
Vem girar ô mãe Nagô,
Quero ver você suar
Esse corpo de Oxalá.
Para homenagear Rolando Boldrin
"MENESTREL CELESTE"
Eu quis rever os meus amigos de seresta
Fui chegando de mansinho, levando o meu violão
Bati na porta e ouvi com atenção
Do outro lado São Pedro me perguntou:
– O queres tu aqui, quem és tu, ó pecador?
Eu respondi que sou poeta e menestrel
E que estava ali, pedindo, querendo adentrar ao Céu!
Então ouvi: – O que é que tu cantavas?
Me diga logo, com toda sinceridade!
Eu respondi: – Cantei juras de amor,
Cantei rios e cascatas, cantei hinos de louvor
E fiz muitas serenatas!
Ele ordenou: – Provarás isso que dizes!
Cantarás para eu ouvir, entre primas e bordões,
Lindos choros, sambas valsas e canções!
Empunhei o violão e com todo o sentimento
Cantei sambas do Cartola e também do Adoniran
Do Lupicínio e da Dolores Duran.
Do Noel Rosa e do Vinicius de Morais
Cantei sambas do passado, todos bem sentimentais
Que aprendi quando criança e não esqueci jamais!
Quando cantei, de Catulo da Paixão,
Esse hino brasileiro que é “Luar do Sertão”
São Pedro então me disse, tomado pela emoção:
– Chega! Já podes parar, és de fato um menestrel
Não precisa mais provar
Pois, conquistaste o direito de aqui no Céu entrar!
Autoria: João Bosco dos Santos / Santo André SP
Postado por Juares de Marcos Jardim - Santo André SP
Será que no carnaval as pessoas colocam ou tiram as máscaras? E por que tanta gente ataca essa festividade, o que todo esse ódio oculta?
Quis faróis, tens que visam Salvador,
Vai-se soneto branco chamuscado;
Falais aos caranguejos e saguis,
Imitantes atores às marés, areias,
Num traquear desolado Atlântico:
Vens lufada abrangente e Carioca;
Branda a lufar — se nós lufássemos
— que sejais samba, roda de pagode.
Baianos cativados contemplam
As areias, caranguejos na ciranda,
Até saguis em marés. A elite levanta
E sai do Monte Pascoal a ver samba:
— Que fazeis esses? Longe; aqui na Bahia?
—Esses, acampar-se-ão no Farol da Barra.
“A felicidade não pode ser escondida e nem retida, deve ser exibida, já que para mim é como a bateria de escola de samba, assim que chega contagia, arrepia e trás alegria“