Salto
E todo dia ela age como se sua vida fosse um palco. E assim ela anda em seu salto alto, feito uma bailarina na ponta dos pés, olhando a vida por cima, fazendo com que o mundo esteja sempre abaixo de seu nariz. Ela tem charme, elegância, sutileza nas palavras. Consciência de que nada nesta vida é por acaso, mas o acaso só existe porque ela, em algum momento, moveu seus pés de onde estava. Ela acredita no futuro, por isso hoje ela dança à espera de aplausos.
- A leitura pode ser viagem, mergulho, voo, nutrição, sonho, árvore,
sulco, fenda, poço, salto, impossível escolher apenas uma
metáfora.
Eu queria voar
Enquanto corria contigo de mãos dadas de frente pro abismo,
eu temi que no salto, nossas mãos se separassem,
Tu como ser imaculado que sempre foi, voaria naturalmente aos ceus,
A mim caberia a queda, e o chão.
Eu tentaria voar em sua direção inutilmente,
te veria afastando cada vez mais rapido,
e gradualmente sentiria meu fim.
Eu queria voar, beirei o abismo e me assustei,
O ceu pertence a ti, pois és divina,
Es agora tal nodóa do passado...
Enfim, eu temi , como tolo petrifiquei,
tenho a sorte de ver teu voo,
e de poder dizer a todos que tive o prazer de correr com voce,
e sentir tuas mãos, ora gelidas ora ardentes,
Tua pele tão pálido como seu nome diz,
Temo que se esqueças de mim...
Mas a ti sempre olharei aos ceus,
pensando no voo que por covardias e infortunios eu não fiz
Eu quis voar, olhando teu voo e a queda,
o abismo não parece tão ruim assim..
(E)FEITO PIPOCA
Como pipoca, não salto, se o óleo é frio, porque eu preciso de calor, de vapor, de muito e intenso fervor.
Quando me aquecem, feito a pipoca, eu pulo, de alegria, de entusiasmo, de amor,
e, como pipoca, estalo, faço barulho e mudo de cor.
Quando bem aquecida, eu transbordo do meu "mundo panela" e levo alegria para quem nem me conhecia, e (pre)encho sensações degustativas, olfativas, visuais e sentimentais.
Eu acelero batimentos e provoco ansiedades, de ser feliz e de saciar curiosidades.
Ao sentir um óleo quente, feito pipoca saio do meu mundo, atraio olhares, estimulo desejos, divido vontades.
O meu aroma exala de tal forma, que não há quem me sinta e quem me veja, que não veja que eu sou feita para saciedade.
É isso!
Sou assim:
Feito pipoca eu salto de mim, saio do meu espaço e me revivo, em mãos, tatos, emoções e palatos, e delicio, e distraio, e contento e satisfaço.
É tanto o bem que eu faço, que até quem não me quer bem, ao me ver, muda seu passo e compasso.
Sim!
Sou pipoca!
E, sendo pipoca, deixo que sobrem, em meu "mundo panela" ou em poucas vagas lembranças, todos os meus milhos estagnados: meus medos, minhas incertezas, minhas inseguranças e fraquezas.
No final deixo em meu "mundo panela" tudo o que faz mal para mim. Deixo todos os milhos que, fugindo de um bom óleo quente, se tornaram tanto a minha minoria, quanto a parte maior que não me compreendia.
Nara Minervino
Pandemia
E de repente nada mais fez sentido.
O brinco na orelha
O batom vermelho
O salto alto
A tinta no cabelo.
A vida ganhou um novo sentido...
O sentido do medo,
Do distanciamento,
Do isolamento...
Pra que o brinco?
Pra que o batom vermelho?
Pra que o salto alto?
Pra que a tinta no cabelo?
Não tem mais pra que... ou por quê.
Ficou a essência: o ‘ser’ e o ‘sentir’.
Cris Billis
Grandes mulheres têm excelência
em quebrar tudo:
a unha, o cabelo, o salto,
o coração, e a cara,
em nome de pequenas paixões.
RITUAL
Reunida com meu arsenal favorito inicio o dia. Coloco meu lindo salto alto, meu melhor perfume e batom, roupas que deslizam sobre minhas curvas... Deixo a mais linda melodia orquestrar as horas que seguem, incansavelmente aberta a absorver aprendizados do novo que chega, entregando meu melhor sorriso que você pode sentir e ver através de meu olhar.
Por: STELA ALVES
Talvez o que você tá precisando é DESCER do salto e enxergar o mundo em uma outra perspectiva.
Parceiro, a vida não é desenho da Disney.
“O abismo é um convite ao salto do desconhecido, a um só tempo, a coragem me permite olhá-lo e a covardia, má conselheira, incita o mergulho.”
AQUI POTI, ALI PARNAÍBA
Bom para rever a vida
salto para esquecer a morte
dois barcos em minha ida
dois rios em minha porta
risos em minha chegada
prantos em minha partida
trajetória de desvelo
aqui Poti, ali Parnaíba.
Usar salto alto dói,
Ter que se maquiar sempre dói,
Ter que ficar alisando o cabelo dói,
Dói se olhar no espelho e não se sentir bem
Mas quando se olhar lembre se das coisas boas
E esqueça quem o espelho é,
O seu maior inimigo
Derrote-o
Nem que seja quebrando ele
Vejo notas pessoais,
pensa respira e ela tá ali ainda,
se trocando, bota salto alto ,
somente para andar daqui para la,
De lá para cá,
ela só vai almoçar,
Mas para ela como se tivesse indo para um baile de gala
foi o marido persegue,
paquitinha do rolê,
afinal de contas o que interessa para ela realmente
Será que o amor interessa,
momento junto,
lançamento que a sociedade pensa dela,
nota pessoal, o jeito que ela anda de salto pela casa me deixa excitado
e ao mesmo tempo atordoado,
porque afinal de contas para que tanta maquiagem,
Tanta beleza descartável,
Para esconder a beleza natural dela.
Cada vez mais
Me arrisco no salto
De acreditar
Pra mim faz mais sentido
Do que se colhe ao escolher
Seguir sem medo de perder
Qualquer razão
Talvez, talvez
Não exista esse lugar
Se agarre ao que puder
Pra se manter de pé
A pessoa que se destaca eleva o sarrafo. Imagine um atleta de salto com vara. O sarrafo é o pedaço de madeira que o saltador deve pular por cima. Quando alguém se destaca de alguma forma passa a ser comparado e ganha destaque. Faz o sarrafo subir. (Livro "Mentalidade Empreendedora")
Ponho meu salto. Meus óculos escuros. Visto de confiança e saio, poderosa, absoluta, emponderada. Está para nascer quem vai apagar meu brilho. Aqui nem a lua pode comigo! Aprendi a me amar e não aceito que me impeçam de voar.