Sal
Não me leve a mal,
afinal
é tão sem sal ser normal.
Prefiro as luzes da noite
e um amor de verão
com um belo final.
Prefiro as almas noturnas,
por mais estranhas
que possam parecer.
Do que as almas
ocas e sem cores,
que não sabem amanhecer.
Dia cinza
Está tudo sem cor, sem sal, sem som, sem tom.
Tudo parece frio, insosso, parado, distante, morto.
O mundo continua o mesmo eu sei, quem mudou fui eu.
Hoje me vesti de amargura, tédio, frustração, tristeza e só.
Sei que amanhã tudo parecerá melhor, mas hoje sou cinza, pó.
Iasmin Borges
P'RA QUE
P'ra que chorar o passado,
se essas lagrimas amanhã...
Não terá sal, não terá água
não terá nada! Nada, nada.
Antonio Montes
Quisera Eu!
Ter as respostas para todos os mistérios
Ser como sal que serve para dar gosto a comida, pois quero dar bom gosto a tua vida
Quisera eu ter a sabedoria do tempo, para sarar as nossas feridas, para que ao meu lado não te sintas desiludida
Fazer-te sorrir, para que ao meu lado todos os dias sejas feliz.
CANA-DE-SAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Ninguém tem o direito de ser coroado
por chegar ao triunfo gerando fracassos;
construir um passado coberto de mágoas
e de passos frustrados em razão dos seus...
Não se faz um futuro do qual se glorie
apesar dos presentes de grego que deu;
nenhum eu se faz pleno quando fere o nós
ou aperta em seus nós esperanças alheias...
Não invente que os meios dão sentido ao fim;
pode ser o seu fim como alguém que se preze
no que pese a verdade muito além do espelho...
Todos pagam seus preços não importa como;
chupam gomo após gomo da cana-de-sal
que terá que ser sua no justo momento...
A CAIXA
Caixa legal!...
D'água de som
de açúcar de sal...
balas e bombons.
Caixa de brita grita!
Com picareta no ar
e a careta até irrita
para a dita se quebrar.
Caixa de show, estressada
com seu eco pelos ouvidos
em grito alto por nada
pelo ar todo estendido.
Caixa d'água fria, boa
sempre à cima, gelo chuva
serenos, nuvens, garoas
caixa de encaixar pessoas.
Remexendo seus segredo
a caixa que guarda magoa
tanta draga que faz medo
fazendo furdunso n'água.
Na caixa d'água o peixe
com seus deixe e queixes
vivendo com enfeite
em mundo, com seus feites.
Caixa de macha que encaixa
na carreira do seu tempo
pela engrenagem da caixa
vai encaixando o momento.
Antonio Montes
A LÍNGUA
Minha língua,
minha dita, me edita,
as vezes medita informal.
Minha língua sem sal
em saliva com sal... palpita,
Por bem, ou por mal.
Essa língua maldita
com sua dita edita...
Um caótico carnaval.
Antonio Montes
"Nem todo açúcar do mundo é capaz de adocicar meu azedume;
Nem todo sal do mundo é capaz de derreter minha doçura"
Banhando nas águas de sal, teus lábios abre-se em brasas, ao romper da tarde... tua pele se fez morena de verão, como as areias coloridas de morro branco... teu sorriso convida encanta quebra o gelo dá distância.... ateia esse veloz beija-flor...
Cuscuz a gosto!
Põe a massa na bacia
pra ele ficar composto
misture com água fria
e o sal coloque a gosto
basta um cuscuz por dia
pro cabra ficar disposto.
Escravos Da Maldade
Além de muito sol
Muito sal
E pouco mel,
A vida me fez assim
Me cravou no peito um anzol
E me deixou de cara pro céu,
Quando você partiu
E me deixou
E nem quis saber o que era certo,
Foi quando pegou fogo de vez
Em todo amor que era seu
Deixando tão longe
Tudo que era perto,
Além de muito medo
Muita mágoa
E pouco desejo,
O mundo te aponta o dedo
Te joga dentro da lagoa
E sempre nega aquele beijo
Te deixando atoa
Além de muito sofrer
É muito pouco
O seu querer,
Me enche de esperança
Fazendo todo que louco viver
E logo cair nessa dança
Além de muito cair
Poucos braços pra te levantar
Alguns por não querer sair
Outros pelo prazer de te maltratar
Além de pouca liberdade
Muita luta
E pouca igualdade,
Pouca gente nos escuta
Somos escravos da maldade,
Onde grita a melodia
Nos confins dessa cidade
Onde os loucos correm pra gruta
Assassinando a alegria,
Pela falta de verdade
Nessa louca rebeldia
Além de muito suor
Muita carreira
Nenhum pouco menor,
Tanta sujeira
E tanto sujeito sem dó
Que corta, mata e aproveita
O bem bom de estar só,
Na loucura travessa sujeita
De sempre se esconder à direita
Sem nunca deixar rastro,
Vestígio nem pó.
É por mera questão de gosto que cortejo a alegria. Acho essa tal de tristeza desengonçada e sem sal. Sentimentos que me roubam, definitivamente não é minha praia.
- Não termos a mesma amizade.
- Não termos a mesma forma de carinho.
- Não termos a mesmo nome Salvo como “Amor.”
- Não termos a mesma intensidade de conversar diariamente.
- Só penas existiu
- Mas pra fala a verdade ele(a) sempre pensa em nós
As vezes me pergunto se tudo é real,
o bem e o mal ou até o açucar e o sal. Afinal o que a vida tem de tão especial? O amor, a familia, a amizade, o mar, o céu? Certamente nem eu, ateu ou judeu - grifo meu-percebeu, que não apenas isso mas tudo o mais. A vida é doce? Se fosse, hoje, a existência seria diabética, e essa é a dialética, doce e salgada, boa e má, tanto aqui quanto lá, que a alegria e a tristeza, são fenômenos importantes quem há de duvidar? Assim amadurecemos, conhecemos que o que somos, é tudo o que já expiênciamos somado ao que antecipamos de nós mesmos, como exatamente? O eu de hoje é real, o futuro eu ainda irreal, entre a realidade e a irrealidade, há tanta maldade e tanta bondade, a realidade é concreta, a irrealidade potêncial, que tal fazer seus sonhos real? Surreal, que escolhamos sempre o bem ao mal.
Sobre o cuscuz.
Põe massa na cuscuzeira
e do sal bota um poquito
água morna da chaleira
que o cuscuz fica bonito
pra que fique de primeira
joga ele na frigideira
e mistura com ovo frito.