Sair de cena
Às vezes é necessário sair de cena e avaliar se o caminho que estamos percorrendo está correto.
Fatos, pessoas, situações, ambiente, planos são o tema dessa avaliação.
Não tenha pressa, faça do tempo seu aliado...
É preciso sair de cena quando você não faz mais parte do objetivo do outro, uma hora temos que perceber que sobramos!
Se há quem me julgue sem nem ao menos me conhecer, talvez o melhor seja sair de cena um pouco, quanto menos coisa verem, menor será os pensamentos falsos que serão criados...
Sair de cena, em muitos momentos, salva pensamentos e até vidas. Ter consciência da necessidade de outras paragens pode ser o maior bem que podemos fazer a nós mesmos!
Eu preferi o silêncio..
Eu preferi me calar ...
Sair de cena ... silenciar ,
Eu preferi dar um tempo...
Me fechar ... refletir , pensar ..
Eu preferi me escutar ... e estou feliz com o resultado..nunca me compreendi tanto .. olhando pra dentro de mim ... esquecendo um pouco desse mundo louco ...conturbado...
mÀs vezes precisamos sair de cena para entender e poder ver as coisas se encaixarem. Para reorganizarmos o que há na gente. O deserto vem para nos ensinar, nos fazer refletir, pôr a casa em ordem. É durante o deserto que passamos por provações e, é nele que analisamos nossos atos. É nele que vemos as miragens da vida, os solstícios do meio-dia e suas consequências. É nele que também estão os mananciais invisíveis aos olhos, a fonte de água viva que faz brotar com mais força ainda aquilo que nos faz bem, aquilo que sentimos verdadeiramente.
Depois do deserto, um grande manancial inunda em nós fazendo com que brote coisas boas, novas ações, um novo jeito de ser, de pensar. Ele é o professor da vida, o inquestionável professor que não te dá brechas para dúvidas, e, sim, as únicas oportunidades para com que você aprenda do seu jeito e no seu tempo. Então, vá e faça!
A esperança de dias melhores é o que nos move.
Sabe aquele momento que você precisa sair de cena porque atuar é uma questão de dom, mesmo que a peça precise de você, no momento aplausos falsos não fazem sentindo, porque o que eu quero da minha plateia é sorrisos.
As vezes é preciso sair de cena para que os holofotes da vida se foquem em detalhes imperceptíveis aos olhos do tempo.
Não é o caso de sair de cena, fugir de estilos de vidas que frustram esperanças novas, nem mesmo falta de ar ou espaço, mas sim ir de encontro com uma natureza longe de nossos limites e vizinha de nosso mundo. Equipamentos, meteorologia, planejamento, estratégia, tática, relacionamento interpessoal, racionamento de recursos entre outras dificuldades, fazem de nós pessoas melhores. Viajar é criar e provocar problemas que nos obrigam a pensar, estudar, exercitar nossa criatividade.
É preciso sair de cena, silenciar e fechar as cortinas. Para sabermos se faremos falta no espetáculo da vida, ou apenas éramos fantoches coadjuvantes num espetáculo que não nos pertencia.
Respeito a natureza!
Contemplação é firmeza,
Mas ainda é pouco,
Pra sair da cena depressa!
Velas acesas!
Só pra lembrar que Mariana ainda tá lá!
Chorando num canto, esperando chegar,
A tal da justiça, que é muito arisca
E nunca arrisca de passar por lá!
A amazônia vazando,
Dando espaço pra gado de corte.
Sem perceber que é morte
Que vai cavando seu campo!
Todos em prantos
Quando o planeta gritar:
- Socorro!
- O som não propaga no
- Vácuo!
- Preciso de ajuda!
Mas ninguém escuta!
Essa raça maldita que me ocupa,
Que eu ofereço fruta.
Que ofereço a paz!
Eles querem mais.
Querem elevar seus status sociais,
Seus rendimentos mensais,
Seus iates no cais
Doa a quem a dor, e em mim sempre dói mais!
Está na hora de sair de cena, abandonar o show e deixar o silêncio expressar aquilo que palavras não podem dizer. "Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu" (Eclesiastes 3:1)
UM CAFÉ, UM SORVETE E UMA CONVERSA (PART I)
Era hora do sol sair de cena vagarosamente – bastava que oferecêssemos nossa atenção a ele e lento fazer-se-ia -, pois assim podíamos apreciar a chegada do ocaso. E assim o foi. Neste dia preferi por passear sozinho. Nada como uma tarde em boa companhia, a minha própria. Longe desta ser uma postura egocêntrica, mas apenas uma atitude de alguém que aprendeu a apreciar a sozinhez de quando em vez. Enfim, já andando por horas decidir sentar-me para sossegar as pernas. E com isso permitir com que os ventos dos 4 cantos apossassem-se de meu corpo. Fiquei ali e relaxei por alguns instantes. Já saciado do banho das brisas fui até uma loja para comprar algo para beber, pois a “sede” fez-se presente. Olhei, olhei novamente, contudo tantas eram as opções com as quais me deparei no cardápio que me fizeram não conseguir nada escolher. A atendente – que por sinal fora educadíssima – disse-me a seguinte frase: “O que acha de um simples, saboroso, clássico e não tão quente café?”. Claro, disse eu. Como não pensei nisso antes. Adorei a pedida. Escolhi, então, um lugar distante e silencioso – como de costume - para acomodar-me e degustar pacientemente o meu café. Nisso, vejo chegar ao mesmo estabelecimento em que estava uma “amiga” – essas aspas que sempre me amparam. Sabe aquela moça pela qual você já foi apaixonado nos tempos de escola, entretanto para a qual nunca se declarou? Aquela pela qual você suspirava em silêncio? Aquela pela qual noites em claro ficou? Aquela pela qual você conseguiu apenas uma amizade? Pois é, essa mesma, vítima de nosso amor platônico. Bons tempos essas paixões infantis – como se toda paixão não tivesse essa marca piegas, enfim. Ela entrou e pareceu-me procurar por alguma coisa. Procurou, virou e revirou a cabeça e os olhos por todos os lados, entretanto nada encontrava. Vi que ela estava para sair de lá com ares decepcionantes, porém não a deixei ir. Solicitei à garçonete que a fosse chamar para que me notasse. Foi ai que ela me viu e trocamos acenos e sorrisos. Fiz gestos para que ela viesse para perto de mim e assim pudéssemos conversar. Ela veio – para minha alegria. Ficou de pé diante de mim que, automaticamente, fez-me levantar também. Perguntei-lhe se ainda lembrava de mim, pois já faziam alguns anos que não nos víamos. Ela disse: “como poderia esquecer de você”. Abraçamo-nos. Nessa hora fui tomado por uma euforia interna. Perguntei a ela o que fazia naquele lugar e ela me disse que estava esperando uma amiga, porém que até aquele momento não havia chegado. Propus-lhe que se sentasse comigo para espera-la e quem sabe tomar ou comer alguma coisa até lá. Ela, inicialmente, relutou, disse estar com pressa e que não queria me atrapalhar. Disse a ela que seria um prazer tê-la como companhia e fazer-me de companhia a ela até a possível chegada de sua amiga; que em nada atrapalharia, pelo contrário. Ela, então, finalmente, disse sim – mais uma vez para minha alegria. Perguntei-lhe se desejaria pedir alguma coisa e apontei a ela o cardápio sobre a mesa. Com o tom de voz delicado, disse ela: “Acho que vou tomar um sorvete de açaí com tapioca”. Excelente! Que venha o soverte paraense, disse eu tentando ser engraçado – com louvor. Gargalhadas e risos surgiram em nós nesta hora. Com um ambiente mais descontraído instalado, perguntei-lhe como estava a vida. O que andava fazendo. Planos. Projetos, enfim. Queria saber dela e como encontrava-se naquele momento – uma forma de matar uma saudade dantes inexistente. Conversa vai e conversa vem e nós já tínhamos sabido muita coisa um do outro. Ela já havia terminado de tomar o soverte e eu já havia terminado de tomar o meu café. E adivinhem só? Perfeito, ela não apareceu – para minha felicidade. Ela me disse que já estava ficando tarde e que teria de ir, pois seus pais haviam combinado de irem busca-la para um aniversário. Antes de irmos – disse eu - o que acha de apreciar a saída do sol? Veja, está acontecendo. Ela aceitou e percebi o quão alegre ela e eu estávamos naquele momento. A boca dela não conseguia conter seus lindíssimos dentes. Escoramo-nos na orla e lá permanecemos até o cair da noite. De repente o celular dela toca e ela o atende. Adivinhe só quem era? A amiga? Errado. Eram os pais dela a chamando para ir embora. (CONT...?)
Algumas vezes é melhor silenciar... Mas não sair de cena... A verdade e o tempo se encarregam da resposta certa no momento oportuno.