Sair de Casa
PRATOS FUNDOS
Meus pratos fundos!
Estão lá em casa...
No fundo da minha prateleira rasa,
aonde sem asas...
Arrasta quando puxada,
para outro canto da casa.
Uma casa serena,
sem diademas...
Não tem métodos nem tema
desprovida de dilemas
e de vidas tristes perenas
de uma casa pequena.
Meus pratos fundos
estão fundos
no fundo do mundo.
Antonio Montes
"Estupides do homem
casar para ter uma
mulher periodicamente
em casa, ela é sua esposa
e não sua empregada, trate
com sutileza, serenidade.
Hipocrisia das mulheres que acham
que todos os homens são iguais,
homens não são todos iguais, são nossas escolhas
que são erradas"....
Solidão, essa terceira pessoa na casa,
ocupando a todos espaços com vazio,
os preenchendo com maiores vazios,
é massa disforme, invisível que vaza.
L A B O R E S
Cai a noite.
O dia entrega as armas.
Mais uma batalha vencida.
Volto pra casa-refúgio da guerreira,
onde sorvo, na solidão,
eterna companheira,
o néctar das flores
plantadas ao longo do caminho.
Flores que enganam espinhos,
oferecendo, mudas,
o perfume e o humano carinho
que o tempo abduziu.
Ligo o rádio.
Ouço a canção de quem partiu,
falando de lutas inglórias,
de ilusórias vitórias,
num contexto artificial.
Amanhã será mais um dia...
Um dia a menos na insana caminhada...
Um dia a mais em direção
ao fim da jornada...
E o Sol por testemunha
de mais uma empreitada...
Outro dia trazendo em seu bojo,
como um Cavalo de Tróia,
milhões de guerreiros que,
como eu, talvez sobrevivam, por eras,
ao tempo perdido em dolorosas quimeras.
CHORO SÓ
Pai, sabe aquela menina que, todo dia,
passa em frente, a nossa casa chorando?!
_ Sim filho...
Aquela menina pequena, serena
em sua sensatez...
_ Isso pai, essa mesma!
Hoje, ela passou chorando, outra vez!
_ Filho... O choro é d'ela, deixa-a chorar.
_ Mas pai...
Do que adianta ela chorar, ninguém ouve...
Se ouve, não quer escutar,
alem do mais, choro, aos outros,
só serve para incomodar.
_ Deixe a menina chorar filho
só ela sabe a dor que sente
e porque chora, alem do mais,
o choro é a marca da desunião
... Mas, lava a alma, regra o ser...
Eleva o ego e faz o amor renascer.
_ Então ta pai, eu vou ajudar, ela chorar
_ Filho, filho...
Chorar sem precisão, não é compaixão.
Antonio Montes
Pai?
Todo dia quando eu chego da escola, vou com esperança de te ver em casa, rindo fazendo palhaçada, ou reclamando...
Às vezes eu sento e fico a esperar, quando que meu pai, vai chegar?
Quantas noites, que tu saias, e eu ficava acordada a te esperar, pra te certeza que tu ia voltar?
Quantas noites ficas te acordado, esperando eu ligar, pra ir me buscar??
Pai.. só existia uma pessoa no mundo, que nunca desconfiou da minha palavra, e que sempre confiou em mim, sabendo que eu não quebraria minha palavra e não erraria com o senhor, foi você, que sempre confiou em mim sempre!
E mesmo eu não percebendo você estava lá do meu lado, porque quando eu caísse tu me levantaria, mais agora estou aqui te esperando, mais um dia você chegar, buzinando, e fala filha acorda, foi apenas um pesadelo, enxuga essas lágrimas, que eu estou aqui...
Mas eu acho que eu nunca vou acorda, porque não suporto viver, sem te ter, quem que vai estar com migo?
Quem que vai reclamar que eu nunca faço nada, quem vai me acorda? Quem pai? Cadê o senhor já faz muitos dias, que o senhor não volta?? Por que isso??
Eu só queria te ter por apenas uns minutos, e fala pro senhor se eu pudesse eu faria, sim tudo deferente, e falaria que eu te amo, e que o senhor foi o melhor pai do mundo, porque me ensinou o valor do amor, e principalmente a perdoar!
Pai foi tão injusto te perde, mais eu te amo, e estou com saudades... Volta logo!
Um pastor
estava em casa
e resolveu preparar-se
para ir a igreja
de repente
a sua esposa
saiu fora
de casa a chorar
ai! ai! aí! meu Deus!
o pastor pergunta
a sua esposa
o que aconteceu?
a esposa triste,chorando
e disse:
o nosso filho acabou
de morrer
os dois entraram
e viram a criança
já estava morta.
o pastor
já estava preparado
para ir a igreja
e disse
a sua esposa:
vamos a igreja!
a esposa ficou
indignada
e disse :nosso filho
morreu e vamos a igreja!!?
o pastor disse sim!
e lá se foram
deixando o bebê
na cama já morto
o pastor
na igreja
estava a pregar
a igreja estava
bem cheio
e todos Irmãos
alegres
no fim da pregação
o pastor disse:
Irmãos o meu filho
morreu!
todos ficaram triste
e foram a casa do
pastor
encontraram
a criança
a brincar,
⇨BUSCAI PRIMEIRO
O REINO DO CÉU
DEPOIS TUDO VOS SERÁ
A ACRESCENTADO"
QUEM ACREDITA
EM DEUS?
Diz Amém
QUEM NÃO
ACREDITA IGNORA porque a
bíblia diz quem mi-
negar diante dos homem neste
mundo eu
negarei diante ao Meu pai
Nem o sono, nem a morte;
Vive quem parece morto.
A casa em que nasceste.
Amigos de tua primavera,
Velho e Moça.
A labuta diária e seu pagamento,
Estão todos desaparecendo,
Fugindo para fábulas,
Não podem ser detidos.
"Observe seu coração. Está parecendo aquela casa que acabou de receber mudanças. Tudo bagunçado, não é? Muitas coisas estão fora do lugar, e você cansado. Mas não desanima, não. Levante-se e vá organizar essa bagunça. Seu coração está precisando de uma faxina. Alguém o deixou assim. Quem sabe aparece uma pessoa especial e caprichosa que te ajude a colocar tudo em ordem."
Caminhando
Distante de minha casa
Caminhei até cansar
Cansei de correr
Para poder aproveitar
Aproveitar aquela vista
Que só me fez me encantar
Encantar com a natureza
Fico feliz só de lembrar
Lembrar das cores do arco ires
Daquele grande caminho de amor
Aquela longa jornada sem dor
Era só eu e os ventos
Batendo em meus cabelos
Sentindo a alegria de viver
Viver sem medo
Viver com sorriso no rosto
Viver sem pensar no dia seguinte
Seguindo em direção a um sonho sem fim.
Se alguém lhe colocou em tempos difíceis, é porque permitiu. Vampiro só entra em casa com permissão.
A Páscoa para mim é todo dia!
Todo dia é dia de Renovar a alma
Todo dia é dia de Limpar a casa interna
Todo dia é dia de Filtrar as impurezas
Todo dia é dia de Ressuscitar a paz
Todo dia é dia de Ignorar a dor
Todo dia é dia de Renascer a fé
Façamos então dos nossos dias
uma constante celebração
de gentileza ,gratidão e de amor.
"Hoje a noite vou ficar em casa...
Só pra abrir as janelas de minha imaginação.
Irei até o meu mundo...
Mundo onde escondo você.
Deixarei que saia essa noite só pra mim.
Então vou tirando a roupa...
Vou ter que te encontrar
Vou te amando em pensamento.
Vou ter febre louca, daquelas alucinantes
Tô te querendo muito
Vou te amar em fantasia
Ninguém vai descobrir
O que faço todas as noites
É o meu segredo
Ninguém pode saber
Senão irei me machucar."
-Roseane Rodrigues
'MURO'
Tenho uma casa com algumas janelas. Mas tenho em especial uma janela. É através dessa que observo profundo e genuíno as pequenas e grandes coisas da vida. Sentado ou reclinado, a vista parece imensa. Vejo mares, rios, lagos, grutas. Porém, na maioria das vezes, avisto uma parede de concreto. A parede é mesmo concreta! Já as tantas águas, eu as aprecio, coloco sobreposições para deixar os dias mais insinuantes e deleitáveis. Mas a 'parede', essa é diária. Tenho vontade de derrubá-la, pô-la ao chão. Comer alguns pedaços de tijolos. Esmiuçar o cimento inerente à minha visão limitada. Mas não tenho impulso, tampouco robustez para colocar uma parede tão bem acertada ao chão...
Mas hoje, meu olhar quotidiano divisou uma aprazente neblina e por trás dela, uma nuvem carregando pingos d'águas. As paredes do muro ficaram encharcadas. Pensei: - já que não tenho marretas, talvez um martelo resolva! E assim o fiz. O muro fragilizado, em poucos minutos transformara-se numa grande ruptura e destroços. A partir de então, pude ver através do mesmo que, havia um outro muro a ser quebrado. E levantando mais a visão, compreendi que havia dezenas de muros para serem derrubados. Foi então que cuspi alguns pedaços de tijolos e voltei novamente para minha visão, já embaçada por tantos muros, mas que agora, precisaria de um tsunami para que êxito eu tivesse nas minhas tantas derrubadas...
PROSPERA
FLORESCE E CRESCE.....
Para dar SOMBRAS na tua CASA todos os dias!
E PERFUMAR ....
Com ALEGRIA a sua EXISTÊNCIA sobre a TERRA ÁRIDA
Porque és tu a RAIZ profunda da prosperidade.
Larissa estava sozinha na casa. Era um sábado, em meados dos anos noventa, e seus pais saíam às compras: ela tinha quinze anos de idade e fazia a sua prática de piano. Pedira emprestado o despertador de seus pais e colocava-o em cima do piano para que o tempo passasse. Tantas lições de vinte minutos para fazer, parecia ter de ficar lá para sempre. Enquanto ela estava tocando, muitas vezes olhou para o relógio, querendo forçar o tempo passar. Às vezes ela apenas olhava fixamente para o relógio, deixando seus dedos vagarem ao acaso ao redor das notas.
Pensava que nada neste mundo pode tomar o lugar da persistência. Nada é igual a uma pessoa perseverante. Talento? Não. Não haveria de ser: nada é mais comum do que os homens sem sucesso esbanjando talento. Gênio? Gênios não são recompensados e isso é quase um provérbio. A educação: o mundo está cheio de educados negligentes. Persistência, tenacidade e determinação, sozinhas, são onipotentes.
Ela estava trabalhando com os exercícios em um livro de Arnold Schoenberg sobre harmonia, mas Larissa gastou toda a esperança que sentiu quando começou as aulas de piano naquele livro. Ela sabia que não era particularmente boa, e que o piano não era a resposta que ela esperava para o que não estava resolvido em si mesma.
Havia alguma coisa em que sua mente estava conectada com os sons que seus dedos estavam fazendo. Além disso, a sua professora de piano, que era gentil e sensata, gostava de Larissa em primeiro lugar porque estava disposta a tocar peças modernas e atonais: a maioria de seus alunos preferiu ficar com Bach. Amargamente, ela se dirigiu a si mesma, as linhas do cenho franzidas entre seus olhos, para uma das peças de criança de Bartók, quebrando-a como devia, praticando a mão esquerda primeiro, repetidamente.
Houve um alívio em bater os acordes repetidos, que não eram satisfeitos nem repousavam. Sua mão direita estava enrolada em seu colo, palma para cima, uma coisa inútil. Sentimentos despertados pelo toque da mão de alguém sob o piano, o som da música, o cheiro de uma flor, um belo pôr do sol, uma obra de arte, amor, riso, esperança e fé: todos trabalham tanto no inconsciente quanto nos aspectos conscientes do eu. A música possui consequências fisiológicas também.
Com quadra violência súbita, Larissa sentiu frio. Ainda estava fresco dentro de casa e ela desejava um casaco curto de lã que emanasse estilo, beleza, cores, formas, texturas, atitudes, caráter e sentimentos.
Pensava que quando as grandes concepções melódicas e harmônicas estavam vivas, as pessoas pensantes não exaltavam a humildade e o amor fraterno, a justiça e a humanidade, porque era realista manter tais princípios e estranhos e perigosos desviar deles, ou porque essas máximas estavam mais em harmonia com a seus ritmos folclóricos e sincopados. Sustentavam-se a tais ideias musicais porque viam nelas elementos de verdade, porque os ligavam à ideia da realidade, fosse na forma da existência de algum deus ou de uma mente transcendental, ou mesmo da natureza como um princípio primevo.
Este quarto na frente da casa era sempre escuro, por causa das castanheiras para fora da janela. Eles o chamavam de sala de jantar, embora o usassem para jantar apenas em ocasiões especiais, ou quando sua mãe tinha alguma ideia um jantar sedioso; um certo programa gastronômico. Principalmente, eles assistiram televisão aqui. De fato, naquela noite estava planejado um jantar, e a sala parecia estar preparada antecipadamente: as notas que Larissa tocou caíram em um silêncio alerta. A televisão estava em um canto, em frente a um sofá baixo coberto de algodão verde oliva. A mãe de Larissa tinha feito as cobertas do sofá e também as cortinas do chão em veludo amarelo-mostarda. Todo o piso térreo - a sala de jantar, a cozinha e o salão - estava assentado com azulejos pretos e brancos, presos a chapas de madeira pregadas sobre o velho assoalho de mogno.
Os pais de Larissa ensinavam em uma escola secundária moderna. Muitas pessoas naquela época não gostavam de viver nessas casas geminadas em ruínas, de modo que um professor e sua esposa podiam pagar uma, se tivessem imaginação e pudessem fazê-lo sozinhas. Eles haviam contratado um construtor para derrubar uma parede entre a sala de jantar e o salão, mas o resultado exasperou a mãe de Larissa. Ela tinha uma visão da casa que ela queria, elegante e minimalista. Uma lâmpada em um globo de papel branco japonês foi suspenso em um flex longo do teto alto. Larissa tinha acendido esta luz quando desceu para fazer a sua prática, e à luz do dia brilhou fracamente e nada hospitaleira.
Acima da lareira da sala de jantar havia um espelho de moldura dourada que sua mãe encontrara em uma sucata e reparava. Ela também tinha feito lâmpadas com velhos garrafões de vidro e garrafas de cerâmica, com seus próprios tons de seda. Seus efeitos parecem esparsos, hemostáticos e raquíticos, amadores, em comparação com a maré volumosa de gastos e decoração que veio mais tarde. Mas essa inocência é atraente, e não incongruente com os quartos georgianos de teto alto, sempre pintados de branco.
Ela chega na sua casa só pra te acompanhar.
Fica recostada ao pé dá sua cama, no chão.
Cada um de vocês confortáveis na sua própria maneira de se acomodar, ela deita em cima do próprio braço e você deitado reto de barriga pro ar.
Você observando e manuseando qualquer ferramenta que não é um celular, ela com olhar perdido e parado sem nada a procurar, leve, carinhosa e automaticamente beliscando a sua pele sem incomodar.
Vez ou outra um fala alguma coisa que pescou nos pensamentos lentos sem comentário esperar.
De repente acontece, vez ou outra de assim rirem sem parar.
E depois voltam...
a parar.
Vocês dois bem acomodados no silêncio do exterior e na paz interior.
Nada pra explicar.
Intimidade no amor.