Ruas
Quem vem
E não se arrisca
Voltará no trem da vida
Quem prever
Esperança?
Nessas ruas desumanas
Quem acreditar
Floresce
Com o raiar do sol na pele.
O lixo se acumulando nas ruas e promessas são jogadas ao vento...
Salários dignos...
Um sentimento abafado no peito...
E apenas mais um jogo do sindicato...
A população sofre pois a falta de respeito é grande.
O lixo alimenta famílias...!
O lixo trás doenças
Imagina no meio da pandemia mundial...
Todos tem direitos. Mas somos humanos...
O que há
Em todas as ruas há alguém em prantos,
não há o sorriso puro, apenas dor
Nas esquinas das ruas há aqueles que vendem sonhos
Não aqueles que pode-se almejar ou até se quer tê-los em segredo, mesmo que guardados ou escondidos, pois estes sonhos não são meus
O que há nestas pessoas que dizem sempre "como antigamente"
O que não há na atualidade
Há nada porque o ontem já passou e o que pendura é o hoje
O mesmo rio que nasce em sua fonte não sera mais o mesmo onde deságua...
ruas, palcos de coincidências,
ladeiras cheias de acaso
dançando e flertando
criando as consequências.
ecoa nosso “não é não”,
eco que sempre afirma
Moça! vaga sem rumo
apenas nessa noite
e tome muito cuidado,
ainda há perigo na esquina
Menina! descansa a alma
por hoje, só hoje, silencia
quietude é o que te falta
pois pausa também inspira
As ruas do meu coração
.
Onde pisas?
Com seus pés descalços,
Seria solo fértil?
Ou terreno inabitado?
.
O que te inspiras?
Descansar em meus braços,
Pés na areia,
Ou beleza dos vales?
.
Em que direção olhas?
O horizonte no mar,
Para o céu em aurora,
Ou para o amor em um olhar
.
Caminha sem medo,
Do solo, a mais bela flor,
Habitado ficou o terreno,
O caminho repleto de amor.
Velhas Pedras da Cidade - Évora -
Velhas pedras da cidade
que outrora já foi Moura
"Ruas-Frades" por piedade
que o passado não perdoa.
Velhas pedras da cidade
que o silêncio não calou
passe a vida ou a idade
pois o tempo as consagrou.
Velhas pedras da cidade
são cansaços do destino
são poemas sem vaidade
de poetas sem caminho.
Velhas pedras da cidade
- cinza fria que não sente -
não se esqueçam da saudade
no olhar de toda a tente.
Paraíso colorido
Tudo tudo mais tudo vazio nas ruas,
O maramos de solidão queima os pensamentos em vão...
O colorido se perder na areia do chão,
E o coração só esperando você chegar!
Ando pouco feliz nas ruas procurando solução.
Imagino dentro das casas,
Pessoas se amando de alma e paixão.
E fico a pensar nesse teu pequeno olhar...
Que poderia sair pela janela e vir me namorar.
Nem que fosse um segundo antes da lua se esconder.
Eu só queria ter o poder de beija-la por inteira.
Fazer brincadeiras sérias de amor a noite inteira...
Pois sentir você é da inocência verdadeira,
O brilho a quimica de uma vida inteira...
Lançado nos braços da esperança a fé
que ela me alcança no calor dos seus abraços mulher!
Eih! acelere o seu tempo deixe de brincadeira.
Vai que você está aí sozinha de bobeira,
Precisando de um cheiro de um afeto.
Louca de amor pronta pra fazer uma besteira comigo algo certo!
Não tenhas medo de se apaixonar por mim?
Esse nosso segredo ele é infinito e morre comigo...
Eu te deixo livre para sentir ir e vir quando quiser.
Meu desejo é só ama-lá se assim puder...
Se assim desabrochar para o meu nobre coração de fé...
Que a sua alma e seu corpo me revele seu mistério de mulher.
Pacífico, indico e atlântico nossos beijos renascem novos oceanos.
Eu cantaria te amo e como é doce sua boca que me calas...
Essa melodia meu poema falaria do seus olhos cheios de estrelas.
Eu adoro vê-la o paraíso cheio de brilho e coloridos.
17.11.2022
Ando sentindo a sua falta.
Caminho pelas ruas, visito alguns bares e no final da noite encontro os lábios de um outro alguém.
Ando sentindo a sua falta em cada beijo que não é o seu.
O verdadeiro cão de raça
Nas ruas dos subúrbios
Existem vários cachorros,
Desde os bem tratados
Que só comem rações,
E vão sempre ao petshop.
Até os mais maus tratados,
Que só comem nos lixões
E tem as ruas como os seus sexshop.
Os de raças tomam vacinas,
Vira latas! Só nas pracinhas.
Os de raças andam limpinhos,
Vira latas! Todos sujinhos.
Os de raças vivem de dengo,
Viras latas! Quase de vento.
Os de raças morrem de câncer,
Viras latas! Morrem de fome.
Esta luta pela sobrevivência
Mostrou-nos o outro lado da vida,
Antes de qualquer interferência,
Pense na opção escolhida.
Analisando o modo de sustento,
Vemos os verdadeiros cães de raças.
Os vira latas sempre surpreendendo,
Foram eleitos os donos da marca.
A carta
Tenho uma mania nostálgica de ligar memórias às pessoas em pontos nas ruas ou lugares que passo de carro, sobretudo quando estou dirigindo em horários calmos, cujo transito é quase nenhum, tentando me perguntar o que fez aquela pessoa quando passou ali? Faço isso sempre que penso em alguém que se foi para sempre. Porque é como se eu dissesse a mim mesmo, eu passo agora aqui, mas ela não passará mais.
Dá até vontade de escreve uma carta tentando-me desculpar por não ter me despedido corretamente. Por sinal a gente vive tanto em torno do nosso próprio ego que nos esquecemos até de perceber as outras pessoas quando estamos juntos delas.
Fui a mais um desses grandes encontros de” amigos antigos”, nem todos estão afastados lógico, sempre nos vemos, conversamos e temos amizade diária, mas na sua maioria é óbvio que perdemos o tato de como chegar; como diria o poeta: “No rio da vida, passou muito água sob a ponte”, e com as águas, foi embora toda intimidade propícia das grandes amizades. Daí que você descobre que se quiser mesmo vai encontrar desculpas para não puxar conversa com esse ou aquele; percebe que se fizer um esforço vai ter todas as razões para continuar com um grupo seleto aqui ou acolá e não vai perguntar nem como vai para aquele ou aquela da festa. Tem sido assim com todo mundo. Parece que com os anos, certas coisas ainda permanecem presas na memória. Não é privilégio só meu – vejo essa mesma condução com outros tantos amigos... “Se ele não fala, eu também não falo!” Termina a festa e mais uma oportunidade foi perdida. Sabemos que foi maravilhosa, a festa! Mas não conversei com todo mundo. Talvez nem quisesse ultrapassar a barreira daquele meu grupinho seleto.
Nas cartas de Marco Polo para o monge Sifu, perguntou-se sobre a razão da tristeza. E o velho monge respondeu: “Se você quiser, vai encontrar uma desculpa ou outra para continuar triste. Provavelmente estará certo sobre suas razões. Provavelmente todos estarão certos sobre haver desculpa suficiente para ficar triste a vida toda. A razão sempre existirá forte para aqueles que querem continuar tristes...”
Muito corretamente Sifu queria dizer que se você quer continuar certo sobre suas razões, haverá de encontrar respaldo para tudo. Porque ninguém vai satisfazê-lo nunca. As pessoas não nasceram para preencher nossas vidas completamente. Daí que é apenas opção sua manter-se longe de tudo e de todos. É opção sua, escolher quem ou quais farão parte de sua caminhada nessa vida. Mas, todos, de algum modo com prazo curto ou longo, terão que cuidar da sua própria jornada com ou sem você. Daí elas também terão suas próprias desculpas e suas próprias razões para não falarem como era antes com você.
Por isso pensei na carta que deveria escrever para cada um que deixei passar. Muita gente deixa para sentir falta, culpa ou remorso quando não tem condição alguma de sentir... quando a vida leva essa ou aquela pessoa do nosso convívio. Todo dia criamos a desculpa que amanhã ou depois eu falo. Eu resolvo.
Provavelmente muita gente tem seus motivos para não falar com esse ou aquele. Todos serão válidos, até porque muito certamente eles terão também os mesmos argumentos que você ou eu tenho para não fazer nada a respeito. E assim o tempo passa como um relógio acelerado. O mundo não será o mesmo. Nem eu ou você muito provavelmente passaremos mais mais por aqueles mesmos lugares; não deixaremos mais marcas em lugares ou situações em que ambos estivemos presentes... As desculpas ganharam da gente.
Ah! ...
...Se pudesse
Saí às ruas
Pichar os muros
Com versos.
Contagiar
A alma
Daqueles
Que por covardia
Esconde-se
Não pinta o mundo
Com cores vivas
Nem descreve
Numa tela
A poesia da vida.
Deixando o medo
Ter tanto efeito
Que nem cabe
Num embrulho
Mal feito.
E se afunda
No abismo
Dos sonhos adormecidos
Em passados esquecidos...
'OUTUBRO'
Há multidões em ruas coloridas,
betumes.
Fogos e tantos fungicidas,
artifícios.
Representa-se 'partidos',
'fatias'.
Céus de esperanças,
exageradas mudanças...
País de adornos,
adereços desabrasileirados.
Ilusão paraense,
paulistano,
nordestino.
Covis Inter-raciais disputando palanques,
qualidades,
personagens,
discursos.
Mistura embaída,
bandeiras coloridas...
Subsiste-se eloquente até a data prevista.
Impetuosos nas pranchas de sonhos,
anseios.
Todavia,
são balões que esvai-se no espaço.
Tácitos desesperados,
agora desalentos,
brasileiros,
utopias...
“Primavera chegando, flores desabrochando, espalhando perfume, colorindo, ruas, parques e jardins, dando novo tom aos nossos dias. Venha ser primavera também! Permita que esta estação se instale em você, desfrute da primavera do viver, deixe a alma florir, é tempo de desabrochar as mais belas flores carregadas de carinho, bondade e Amor. Seja flor, espalhe o perfume da fé e esperança, abra os olhos contemple as cores bonitas da vida. acrescente brilho, intensifique as cores, exale perfume de doçura, sorria mais, encante-se, cante, se solte, emane amor. Faça seus dias tornarem especiais, apaixone-se pelo viver deixe o melhor de voce crescer e florescer, ”
Na garoa fina que vinha caindo as crianças corriam para as ruas esperando a chuva que viria do céu numa alegria a qual contagiava aquela cidadezinha inteira. Os telhados coloridos falavam de histórias não contadas e a luz mansa da manhã brilhavam todas galharias daquelas árvores que o tempo nunca desbotara. Naquelas águas coloridas as crianças brincavam e bordavam sobre os tapetes brancos estendidos para elas. Tinha gosto de jujubas, de uma infância eternizada daqueles momentos.
... E quando saí às ruas que não a vi, um vazio agonizante apoderou-se de mim, mesmo sem a ver, sua presença era real e o eco de sua voz sussurrava ao meu ouvido, acompanhando os meus passos. Olhei ao lado para confirmar aquele efémero devaneio e compreendi que algo estranho acontecia entre nós: cordões invisíveis aprisionavam-nos um ao outro, e naquele instante percebi o quanto a desejava e amava...
Memórias da vida passada.
Fortaleza, Ceará, cidade do pôr do sol
Me recordo brincando nas ruas, uma flor de girassol
Me afoguei na tempestade que o teu amor criou
Não lembro de mais nada, só do tempo que esfriou
De repente estava nublado, sem festança ou alegria
De repente estava sozinha, triste sem harmonia
O cheiro de perfume barato invadiu o que eu sentia
Aqueles olhos encantados, era tudo que queria
Abriu-se uma cratera, que foi até o fundo do mar
Me vi no meio das estrelas, o universo a me observar
Uma paz descomunal me disse que tudo acaba
Nasci em outra vida, com os teu olhos de jabuticaba
Você não gosta disso, então você conhece pra onde você pode ir
Porque as ruas são meus palcos, e terror é o meu show
Psico-análise tentou me diagnosticar sábio
Foi uma brincadeira, o irmão brutalmente morto
Veja as guerras das gangues de ruas, sempre vão chegar até mim
Mas eu não quero estar pra baixo com essa situação cara
Mas eu estou aqui, se eu tivesse alguma coisa melhor pra fazer o faria
Se não fosse pela minha música
me diga onde eu estaria provavelmente
estaria nas ruas vendendo pedras de crack
correndo na rua deles, correndo na rua deles