Ritmo
Há espera e confiança.
No ritmo da musica e a dança.
Do filho pela mãe quando criança.
A esperança. Há esperança!
E eu sigo mantendo o ritmo e o equilibrio costurando a vida na linha do tempo que serpenteia entre os acasos e minhas decisões.
Eu espero de coração que você encontre um amor recíproco. Que esteja caminhando no mesmo ritmo que o seu, que seja honesto e tenha em mente que a liberdade é necessária.
Um amor que respeite as suas decisões e esteja ao seu lado para o que der e vier. O amor é calmaria e eu não poderia deixar de te desejar a calma de um amor tranquilo, aquele que respeita e pensa duas vezes antes de falar. Sorte de quem encontra um amor desses, mas se por acaso você não encontrar, está tudo bem também. Você pode ser tudo isso para si mesmo. Imagina que magnífico olhar no espelho e ver o reflexo do amor da sua vida, aquele que você realmente precisa agradar, aquele que nunca irá te abandonar. Seria incrível viver um amor a dois, mas caso não aconteça, será incrivelmente prazeroso andar de mãos dadas com o amor próprio.
A menina que dançava
Falaram-me de uma menina,
Que enquanto descobria seu ritmo,
Pensava-se menos leve,
Que o ar que a circundava.
Seu corpo feitio de brisa,
Se deslizando compenetrado,
Já mostrava que havia canto,
Mesmo quando não escutavam.
Parece-me que seu cabelo,
Poderia ser azul esverdeado,
Como se fosse coreografia de raios,
Se estendendo em sua face.
Como a desconheço, dar-lhe-ei o nome Eduarda,
Aquela que guardou nos pés,
A dança como abrigo,
E se foi envolvendo de ritmos,
Pungidos de existência.
Assim lhe surgiram os duetos,
Com seus deleites sonoros,
E também o estrondar de tambores,
Sucedendo sinfonias.
A esperança lhe chegou,
Como um bale compassado,
Mantendo firmes os braços,
Olhando para o alto, a seguir na direção.
As vezes até parece,
Que nem sequer percebia,
Que viver também se aprende de dança,
Que o tempo faz emergir.
Dança-se no silêncio da alegria.
Na tristeza acalentada.
Descobrem-se em distintos momentos,
Cenários convertidos de linguagens.
Na há movimento sem emoção,
Pulsar alheio, sem sonoridade.
Se dança com pó no rosto,
Com o brilho de enfeites costurados.
Mal sabe essa menina, que um dia lhe contarão,
Que estava a dançar com dor e graça,
Feita melodia de passos,
A poesia dançante da vida.
Carlos Daniel Dojja
In Poema para Crianças Crescidas
"Assim como o ritmo contagiante da música senegalesa, a vida deve ser vivida com paixão, alegria e positividade. Afasta-se de tudo que te retém e se abra para um amanhã cheio de ritmo e boa energia."
Seusua
Sou seu, você é minhasua,
Sou sua música, você meuseu ritmo
Sou sua letra, você minhasua poesia.
curto umas e outras sem ritmo acelerado
Separo os desafios dos conflitos e dou tempo
Para o ciclo de cada coisa que aconteça.
Perdi os poemas ébrios
de ritmo
feitos ao sol da manhã
Esse tantã longínquo que me acordava
manhã cedinho
antes de subir na minha bicicleta
reduzida ao mínimo para pedalar até ao liceu,
acordava-me como uma loa,
cântico virginal
puro…
ou como um ritmo escondido
no regaço da mais linda mulata
da sanzala
Um poema ébrio de ritmo
órfico
em dionisíaca celebração
um cântico mestiço
místico
pagão
negro soneto espúrio
de um povo híbrido de muitos deuses
e de mais irmãos ainda…
Hoje o meu poema já não é ébrio
de ritmo
nem o som do tantã tem o sol puro
erguido pela manhã
cedinho
O meu poema é de sangue
e dor
lavrado pelo frenesim dos tiros
O tantã que me acordava
manhã cedinho
e trazia no som o ritmo
dos beijos,
hoje
já não me acorda deste sono
que não durmo
sobressaltado
O tantã traz agora na sua voz longínqua
o som próximo
da metralha
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Não devemos apressar o tempo, devemos aprender com ele no seu ritmo...para atingirmos a maturidade adequada em cada fase de nossa vida
01-02-05
Bolha de sabão
Esfera multicolor película cintilante
Esvoaça no ar em ritmo dançante
Inflada pelo sopro de uma criança
Bailando no ar numa praça verdejante
Brilha a luz do sol... Soberana
Num lapso de tempo dilui...
Deixando no ar gotículas de sabão
Levando sonhos da imaginação
Oh! Coração, errante cintilante!
Furta cor no ar da esfera ao relento
Ao vagar na garupa do vento
Bola de sabão é uma obra prima
Do sopro de uma criança
A vida em magia esvoaçante.
Danço no ritmo do desejo carregada pelo som da tua voz, me entrego feito ondas no mar de emoções. És música que me toca !
Será que você não está no ritmo do sambinha do Zeca Pagodinho “Deixa a vida me levar”, e por causa disso nem sonha com um amanhã melhor?
Ora, se você não sonha, não projeta e se não projeta, não se lança em busca de realizar.
Ouça as batidas do teu coração e assim, componha uma linda canção, num ritmo que só você sabe qual é...