Rio
RIO MORTO
(Parodiando Manuel Bandeira)
Onde as águas puras do passado
Produziam vida em abundância
Contemplo agora a realidade
Do presente, degradado, poluído,
Onde escorre, na areia, o rio morto.
Rio morto, rio morto, rio morto.
Águas de paisagem cristalina
Que abasteciam os ribeirinhos!
Águas, potáveis águas,
Para bebermos jamais.
Se perderam com o rio morto.
Rio morto, rio morto, rio morto.
Rio morto, rio injustiçado
Rio violentamente, rio
Morto, sem motivo algum,
Razão nenhuma. O que foi
Ficou no passado.
Agora é apenas um rio morto
Rio morto, rio morto, rio morto.
E o tempo comeu o chão.
Sem terra, sem rio, sem céu, não me restou
senão o vislumbrar
de um sonho.
E o sonho
foi ave e peixe,
foi tempo e foi céu.
Depois, aos poucos, o sonho me devorou a vida.
E, assim,
em mim,
nasceram todas as vidas.
Na minha nudez
Que eu seja um verso
Que o rio rasga
As fragas beijam
E o mar abraça
Num poema
Em poesia
Na chegada do Outono
Quando novidades surgem naquilo que não passa do óbvio, rio da insciência daquilo que eu achava saber, e sigo o curso natural deste meu rir, que sempre deságua no rio de minhas emoções.
Um rio é uma veia exposta da Mãe Terra, fluindo a seiva da vida para alimentar todas as suas criaturas. As águas falam de amor. As águas cantam o amor divino enquanto escorrem sobre o solo terreno. À sua volta, a vida torna-se exuberante, e o verde se arrobusta em espetacular grandeza.
Não há como entrar em um rio sem se molhar assim mesmo como não há como mergulhar nos infinitos planos da existência sem que se deixe ser afetado por ela, portanto tudo o que provares em algum grau transformará a tua existência.
Saudades do Rio pulsando em meu coração
Melodias de samba da mais linda tradição
Já não se sai mais nenhum som das duras cordas do violão
Vou pedir para o criador devolver minha paixão
Meu amor, não me dê mais lamento
Não me abandones mais
Fique no meu pensamento
Devolva-me seu ar
Preciso continuar a viver
Preciso respirar
Me devolva a alegria carioca..
Um dia
O não encontrou-se com o sim
Às margens de um rio
Um deles vinha de barco
O outro desceu do arco-íris
Mas pisaram o chão no mesmo instante
E sentiram arrepios
Se olharam de frente
Se opuseram
Não se permitiram partir
Não se deram passagem
E nem as mãos
E durante algum tempo
Somente se olharam
Sem trocar palavra
Não ficaram amigos
Nem brigaram
Não sorriram
Nem se apaixonaram
Naquele instante
O mundo parou
Em alguns lugares choveu
Onde era frio, congelou
Onde era quente evaporou-se
Sem tocar o chão
Na escuridão ninguém viu
No lugar onde era dia
A claridade ocultou
Se afastaram sem despedida
E nunca mais se viram
Até hoje ninguém sabe dizer
Qual foi mesmo qualquer diferença
Que esse encontro teve na vida de ambos
Afinal, choveu
Mas a chuva nem sequer molhou
Desde então, esse encontro
Sonambulando norteia
O caminho de muita gente
Que vagueia pela vida
E nem percebe que está perdida.
Edson Ricardo Paiva.
EU
Eu...
no verde da mata
no topo da serra
no campo da várzea
na água do rio que vai
Eu…
no sol que ilumina
na sombra da noite
na brisa serena
na lua que sai
Eu…
no canto do pássaro
no vento que sopra
no sorriso da alma
no orvalho que cai
Eu…
poeta que sou
que canta em versos
a musa que encanta
Eu…
poesia que sou.
É se jogar no rio parado, e sacudi-lo
É fazer todas pessoas que dançam na festa parar
Tocar no peito e sentir a contração do coração
Fazendo a pressão arterial sistólica aumentar
QUANDO DUAS BOCAS SE ENCONTRAM
São duas almas se comunicando sem sair palavras
São esperanças sendo ativas inconscientemente
É o querer ficar, e esquecer o ir embora
Dizer ao mundo: Pare que daqui eu não quero sair
QUANDO DUAS BOCAS SE ENCONTRAM
Imaginamos logo o fogo se ascendendo
O colchão chamando para delírios
A roupa gritando que precisa ser tirada
Fios de cabelo se alertando fazendo o arrepio aparecer
QUANDO DUAS BOCAS SE ENCONTRAM
TRAVESSIA
Márcio Souza. 688 21.08.18
Canoa, velha canoa,
À beira do rio ancorada,
Junto do barranco sua proa,
Pra embarcar com minha amada.
Vou singrando o velho Rio,
Nas remadas com firmeza,
Enfrentando o desafio,
Vou cortando a correnteza.
Levo meu amor comigo,
Com muita satisfação
Nos braços dela meu abrigo,
E seu leito, o meu coração .
Vai suavemente deslizando,
Minha Velha canoa querida,
Levando quem estou amando,
Para a nossa travessia da vida.
Somos amantes sonhadores,
Pois tu fisgaste meu coração,
Eu barqueiro do amor,
Pescador de sonhos e de ilusão.
Do lado da outra margem,
Vamos novamente ancorar,
Com fé, amor e coragem,
E felizes, para sempre nos amar.
Encontrarás nossa casinha,
Cheia de paz e amor,
Onde serás a minha rainha
E do jardim a minha flor.
TUA VIDA
Se tua vida fosse um rio, eu queria ser a correnteza; se fosse um navio, eu queria ser o mar; se fosse um trem, eu queria ser os trilhos; se fosse nuvens, eu queria ser o ar.
Se tua vida pudesse ser dividida, eu queria ser a parte forte que a impulsiona para o horizonte da felicidade.
Como tua vida é apenas tua, eu te ofereço a minha para cruzar esse trajeto difícil, que é viver.
Ele acalma as tempestades
Há um rio cujas correntes alegrarão a cidade de Deus. - Salmos 46: 4
Escritura de hoje : Salmos 46: 1-11
No outono de 2001, uma tempestade estrondosa atravessou o lago Michigan por 36 horas seguidas. Ventos sustentados de 100 quilômetros por hora, com rajadas muito mais fortes, provocaram as ondas mais altas em 15 anos. Um rolo de espuma após o outro, com cerca de 6 metros de altura, caiu sobre os quebra-mares e atingiu a costa com grande fúria.
O escritor do Salmo 46 deve ter experimentado uma crise espiritual e emocional sustentada, como o bater incessante de uma tempestade gigante, pois escreveu sobre águas turbulentas e mares agitados. Ele também mencionou o tremor das montanhas (vv.2-3).
Isso pode descrever como a vida neste mundo se sente com você agora. Nesse caso, continue no versículo 4, que fala de um rio calmo que encanta e refresca o povo de Deus. Suas águas frias e pacíficas fluem continuamente como uma fonte inesgotável de alegria e bênção.
Este salmo descreve Deus como "nosso refúgio e força" (v.1). Não precisamos temer, mesmo quando as nações do mundo estão zangadas e martelando-se com suas ferramentas de guerra (vv.2,6), pois “o Senhor dos exércitos está conosco” (v.7).
Deixe o Senhor acalmar as tempestades em seu coração. Pois Ele diz: “Fique quieto e saiba que eu sou Deus; Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra! ”(V.10). - David Egner
Refletir e orar
Dá-me um espírito de paz, querido Senhor, no
meio das tempestades e das tempestades que rolam, para
que eu possa encontrar descanso e sossego por dentro,
uma calma enterrada no fundo da minha alma. —Dawe
Deus não nos protege das tempestades da vida; Ele nos protege nas tempestades da vida. David C. Egner
FUNCHAL – MADEIRA
Rio, 05/08/2013.
Eu pouso em ti
Como um passarinho,
Descendo do alto,
Em qualquer caminho
E ando tuas curvas
Com muito carinho.
Teus olhos se choram
São lágrimas de flores.
Teus muitos abismos,
Precipícios de amores.
O mar que te olha
Te afaga melhor,
Te salga, te molha
E te protege ao redor.
As pedras são enfeites
Por todo teu horto,
São como confeites
Que salpicam teu corpo.
Às vezes tens o olhar
Com choro de relvas,
Teu sorrir a me matar
Tem brilho de selvas.
Teu céu de cristal
Te cobre feliz,
Teu sol sem igual
Tua força motriz.
Comecei a seguir – uma gota num rio – a massa humana que, carregada de malas, afluía para a saída. Minha única bagagem era uma malona muito pesada – porque estava quase cheia de livros – que eu mesma levava com toda a força da minha juventude e da minha ansiosa expectativa.
SEGUINDO O RIO
No rio navego o meu barco//
Correndo as águas da vida//
Levando o dia, cada marco//
No rio eu lavo minhas lidas
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O rio serpenteia a montanha//
Nele as vidas vão brotando//
Ele mata a sede nas manhãs//
E Todo o mal ele vai levando
///
O rio vai fazendo tudo verdejar//
Ele nos convida o banho tomar//
O rio cai em tão belas cachoeiras
///
Ele faz dar vontade de plantar//
O rio faz tudo florescer, vibrar//
O rio faz a seara plena e certeira
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