Rio
O rio não voa para chegar ao mar. Ele vai indo, rodeando montanhas, deslizando, rolando até seu destino final.
"Além do que é tão classista, né? Achar que todo baile funk é financiado pelo tráfico.No Rio de janeiro tem vários bailes funks que não são financiados pelo tráfico... Baile da Favorita, pro exemplo. É uma visão muito classista!"
Fefito
"É PADRE QUE FINANCIA BAILE FUNK."
Adrilles Jorge
Quando encontrar uma pessoa que seja um rio de felicidade, beba ele, afogue-se nele. As águas que passam não voltam jamais.
Um filósofo estava as margens de um rio, observando as aguas, cinco horas depois ele levantou e disse: essas aguas desce e nunca mais volta, assim são as oportunidades na vida de um homem.
NA MINHA NUDEZ
Na minha nudez
Que eu seja um poema
Um corpo, uma alma
Que o rio rasga e o mar beija
Que me beija sem dó
Como eu gosto
Na fase da lua
Numa bela poesia
Na minha nudez
Que eu seja uma letra
Um poema, uma palavra
Um corpo, uma alma
Que o rio rasga e o mar beija
Sem dó ou piedade
Como eu gosto
Na fase da lua
Numa bela poesia
Mergulhando firme
Estamos mergulhando no mesmo rio,
Estamos seguindo na força da mesma correnteza,
Vamos continuar seguindo neste mesmo fluxo e ver até aonde dá.
O rio que flui...
Primeiro não se pode reter;
Segundo não pode entrar mais do que sai, ou seja, você tem que doar mais do que recebe,
é assim que funciona,
caso contrário não seria rio
e sim represa.
Poeminha do rio
Eu sonho.
Eu sonho e me derreto em lágrimas.
Eu sonho e me afogo em mágoas.
Eu sonho e me transbordo em rio.
Eu rio.
Eu rio e me renasço em fé.
Eu rio e me refaço em pé.
Eu rio e te envolvo em laço.
Te enlaço...
No Rio de Janeiro
Todo mundo vai de samba
A pedida é sempre samba
E eu também vou castigar
Lá vai, lá vou eu de samba
Somente samba
A ordem é samba
E nada mais
Problemas se dissolvem no mar do infinito
Ao se beber da água desse rio colorido
Lidando com o passado viro luz no espaço escuro
Projeto os caminhos que se abrem pro futuro
Em certo momento crucial para o Rio, aquele da transição entre o trabalho escravo e o trabalho livre e entre a Monarquia e a República, a cidade encarou os pobres como elementos das “classes perigosas” (a expressão foi largamente utilizada em documentos oficiais do período) que maculavam, do ponto de vista da ocupação e reordenação do espaço urbano, o sonho da cidade moderna e cosmopolita.
Ao mesmo tempo, era dessas “classes perigosas” que saíam os trabalhadores urbanos que sustentavam – ao realizar o trabalho braçal que as elites não cogitavam fazer – a viabilidade desse mesmo sonho: operários, empregadas domésticas, seguranças, porteiros, soldados, policiais, feirantes, jornaleiros, mecânicos, coveiros, floristas, caçadores de ratos. Pouca coisa mudou nesse embate disfarçado de cordialidade desde então.