Rio
REFLEXO
Abraçados a beira do rio
No ondular das águas cristalinas
Vejo no reflexo a nossa imagem
Estamos juntos,
Em um lugar tranquilo
Onde a paz e a quietude
Nos faz contemplar
A doce magia desse dia
Nosso retrato na água
Denuncia tudo
O que há entre mim e você
Sentimentos invisíveis
Que vão muito além
Do que os olhos possam ver
Sandra Leone
A vida é como um rio, com um começo calmo e uma leve correnteza mas quanto mais se aproxima do fim mais mortífera fica a correnteza
Ah! Como invejo o rio!
Que enfrenta cascatas, corredeiras, barragens e todos os tipos de obstáculos; por onde passa recebe impurezas de todas as espécies; eapesar de tudo isso, bem lá na frente, se apresenta sereno, puro e transparente.
"Todo rio se enche às vezes sob além do limite de suas margens. Se isto acontecer permanentemente, as margens serão destruídas e teremos um lago e não mais um rio. Mas o lago é estático, ao passo que o rio flui.
Trata-se de uma das contradições da vida o fato de o fluxo dever ser contido para que se mantenha em movimento."
Do que me resta
Da noite … as sombras.
Da chuva… o rio.
Do inverno… o frio.
Do vento… a brisa.
Do céu… um sol sombrio.
Do que me resta…
Do pouco que a vida me empresta…
Na janela uma fresta.
Do que me resta: esperar acabar a festa.
A um pulo...
Sentada ao banco de pedra,
Olhando o rio, que corre pelo
Seu leito, naturalmente.
Penso, o que é ser nada?
São pensamentos que exigem
Uma certa profundeza de alma.
Na superfície não pensamos
Nada disso, apenas existimos,
Mas para quem?
Se nem consegue sentir-se?
O que é nada? É a pedra que se coloca no seu caminho, chuta-a, e nem sente.
Mas, é apenas uma pedra, não tem sentimento.
Nada? É o espaço vazio no galho da árvore com o levantar do vôo do pássaro, sem deixar rastro.
Nada? É o sol que pousa no cimo da montanha ao crepúsculo, avançando a escuridão.
Nada? São pessoas que passam por ti , não te vêem. Até supõe que és invisível?
Nada? Quando tuas palavras não chegam a ouvido nenhum, se perdem no espaço e no tempo.
Nada? Quando teus passos seguem um ritmo igual, dia após dia.
Nada? Quando teus sonhos são só sonhos.
Nada? Quando a luz do sol insiste aquecer a terra, que germine as sementes, mas as lançou ao vento.
E o vento só trás horas a mais a essa vida que não é Nada.
"Quando a rua vira rio
O piso da casa vira maromba
O telhado fica cada vez mais perto
E o sossego cada vez mais longe"
Sejamos como o rio que corre para encontrar o oceano,
Corremos também em busca do nosso sonho,
Mas não vivemos em desengano.
TAL QUAL MOISÉS
Em meio às correntezas,
O rio se agitava,
Não entendia seu leito,
Porque aquele menino chorava.
Lançado ao léu e sem amparo de mãos,
Tocou o coração divino,
O menino que libertaria seus irmãos,
Da crueldade de um Império mesquinho.
Mas, naquele momento,
Compreensão lhe faltava,
Não entendia o abandono,
Da mãe que tanto amava.
No escuro, dentro de um cesto,
Sem ao certo entender aonde ía,
Remexido pelo pavor,
O medo o envolvia.
Apesar de tanta incertenteza,
Do destino que o abraçava,
Deus cuidou daquele menino,
Que com tanto pavor chorava.
Havia uma mão invisível,
Conduzindo aquela estrada,
Em meio a tantos desvios,
Deus protegia e guardava.
Muitas vezes, não entendemos,
Porque a solidão nos abraça,
E nos sentimos inseguros,
Diante de tantas ameaças!
Não temas, existe um Deus no oculto,
Controlando toda essa farsa,
Te escondendo no escuro,
Aonde também te abraça.
Ele conhece o seu choro,
E recolhe cada lágrima,
No Seu odre entesoura,
Para a próxima etapa,
Este rio é bravio,
Forte e destemido,
Mas não pode suportar
O grande poder divino.
Ele cuida de você,
E te conduz ao seu destino,
Conhecerás o Seu poder,
Desfrutando um amor incrível!
✒️ Autor: Vanessa Ribeiro
☀️ Inspiração: "Casa de Destino" @jbcarvalho
Minha bela, correrei para ti como um rio que corre para o mar, como o vento que sopra sem tardar, como o sol que ilumina o teu olhar e as estrelas que decoram a noite do teu precioso luar!
"Sou Rio grande, o Amapá:
Sou mato-grossense, Minas Gerais.
O mineiro de Abadias dos Dourados.
Abaité, Aguanil, Além Paraíba
De Alto Jequitibá
Sou Paulista de Promissão
São José dos Pinhais no Paraná"
Posso trazer comigo a sujeira dos leitos que passei enquanto era rio... mas hoje, cada vez mais sou oceano.
CANOEIRO
Na água doce do rio
Sopra o vento devagar
E La se vai canoeiro
Tranquilo sempre a remar
Rema sem pressa de ir
Tão pouca pressa de chegar
La se vem canoeiro
Tranquilo sempre a remar
Desliza em onda tranquila
Batida de remo a passar
Segue um canoeiro
Tranquilo sempre a remar
De bubuia nessas águas
Destino vai te levar
Manhã tão cinza e noites claras
Canoeiro sempre a remar.
AMAZONAS
Cavalgam com o vento
as águas na beira do rio
E carregam com o tempo,
histórias daqui e dali
E no remanso ao longe
Um mistério a desvendar
De onde brota essa fonte
que faz tão grande o mar?
É tanto rio a navegar
São as gotas dessa correnteza
Que fazem a imensidão do mar
Profundo e indomável
És liberto em maresia
Em açoites tu galopas
Nas ondas de uma melodia
E carregas nesse choro
uma canção de ninar
E o teu grito de consolo
Corre em direção do mar.
Minha dor
Como água é minha dor
Não tem cheiro nem cor
E é abundante como um rio que segue seu leito as águas do mar
E imensa como o oceano
Um oceano cheio de amor para dar
E apaixonado só de olhar
Pois é incapaz de beijar
E se contenta com o simples e leve sopro do luar.
Somos todos pedra de rio; pelo atrito da convivencia, trocamos o pontiagido que fere pelo roliço que desliza e roça nos dias que se seguem.
Um Pouco de mim -
Minha vida nunca foi um mar de rosas
onde o rio dos meus cansaços pudesse desaguar,
mas sim, um vendaval de ondas furiosas,
onde, no mar alto, só vi sonhos naufragar!
E nunca estive à mesa onde se come,
nunca fui capaz de ter ou dar amor,
nunca fui à cama onde se dorme,
nem senti o balsamo de uma flor!
Que inferno colossal o destino me entregou!
Pobre vagabundo com roupas de jasmim
que alicerça nos poemas a revolta que o gerou ...
E levo aos ombros o peso desse desdém ...
Nos versos d'Alguém, há sempre um pouco de mim,
pois o que sou e não sou, tantos foram também!
O Rio e a Criança
O rio nasce de dentro da terra, como uma criança que sai do útero da mãe.
O rio é pingo de lágrimas de uma força universal,
A criança é gota de água dos mistérios da vida.
O rio mata a sede! A criança sacia sonhos!
O rio é composto de cílios e braços, a criança também.
O rio é partícula, a criança, é célula.
O rio segue seu leito, a criança seu próprio caminho.
O rio e a criança são oxigênios! Projetos divinos! Universos que vivem e aspiram horizontes!
Não são por acaso as reciprocidades, também são inerentes suas lutas e coincidências.
O rio, as vezes agoniza ou seca por falta de chuva, de água!!!
A criança chora, emagrece e morre por falta de pão, de água!!!
Se o rio precisa de respeito! A criança carece de atenção!
O rio deve ser preservado! A criança mais assistida!
O rio necessita de compreensão! E a criança, de amor!
E assim eles seguem suas jornadas pelo o mundo:
O rio amamenta, corre e cumpre sua missão de prolongar a vida até desaguar-se no mar.
A criança mama, brinca, cresce...
Dá vida a sua imaginação e supera obstáculos até transformar-se em pó.