Rimas
A Doce Poesia da Vida
A vida é uma doce poesia com rimas em cada verso, na magia das palavras escritas na linguagem do coração. Para entender, é preciso amar sem segundas intenções e assim descobrir as lições incutidas em cada estação.
Enquanto está quente no Ocidente, o Oriente vive um período muito gelado. Mas isso não significa que são menos amados, estão apenas em diferentes aprendizados. Aqui no Ocidente, a energia de Criação é chamada de Deus, que criou Adão e Eva. No Oriente, eles o chamam de Brahma, que criou Shiva e Shakti, e alguns vizinhos de olhos puxadinhos acreditam em Tao, que criou Yin Yang.
O amor incondicional nos permite abrir a visão e viver sem limitação de pontos finais ou interrogações sem respostas. Quem já entendeu essa lição não julga o irmão por pensar ou agir diferente, porque compreende que não há certo ou errado, apenas o verdadeiro significado da frase "Seja feita a Vossa vontade". Desenvolveu a capacidade de aceitar verdadeiramente aquilo que não podemos mudar e lutar pelo que faz nossa alma vibrar. Aprendeu a ter compaixão e respeito por tudo que vive aqui, e, então, não há mais competição, apenas compreensão.
Fazemos parte de um universo de bilhões de galáxias e podemos nos aventurar em novas experiências para a expansão da consciência. Nossa missão no palco deste pequeno planeta é apenas despertar para a lei cósmica do amor. Tão simples como o desabrochar de uma bela e perfumada flor.
perdulário
gastei todas as rimas ao sonhar...
gastei todos as ilusões ao amar...
me sobrou o poetar.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Certa vez vieram me contar de um Homem que gostava de contar poesias, fazia versos, rimas, contava histórias e textos motivacionais.
E este havia desencarnado com uma idade pouco incomum.
Meu mestre de Filosofia sempre me dissera, "viemos ao mundo, pra dizer uma palavra evolutiva, e partir."
Então entendi de fato não há idade cedo pra se despedir.
Basta apenas que digamos a nossa palavra.
Namastê!
Quis me fazer um poeta!
Citei frases, promovi rimas e estrofes, e nas junções silábicas, formei palavras em forma de prosa e versos.
...e compreendi, sou apenas um recitador dos poetas.
VISITA (soneto)
Nos paralelepípedos das calçadas
Leio os versos do viver de outrora
Meu, rimas sinuosas e poeiradas
Numa memória tão fugaz e sonora
Vou sozinho, outras as madrugadas
A trama diferente, e outra a hora
Outros destinos, e outras estradas
Desassossegado, o que sinto agora...
Choco na linha da vida, nas esquinas
Fico calado. Desfaço o laço de fita
Do fado. Tem cheiro de naftalinas
Corri ao encontro da velha escrita
Sorri, falamos, ofegantes narinas
Segui andando, na revinda visita...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/05/2020, Triângulo Mineiro
TRANSFIGURAÇÃO
Prende na loa as rimas apaixonadas
De tanto afeto, com tanto mistério
Lotando-a de inspiração e critério
As cantigas na fantasia realizadas
Dar-lhe-á o gosto das madrugadas
Enchendo com matiz o verso vazio
Gentio, num valente terno arrepio
De tantas, tantas doses consumadas
E nestas trovas tão cheias de lampejo
Vejo, o versar aquentar-se em brasas
Do sentimento em emoção e ardor
Então, depois da narrativa dum beijo
O desejo, ó criação, se fada de asas
E a poética em transfiguração de amor
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24/10/2020, 10’28” – Triângulo Mineiro
rimas de amar ...
afeto e paixão, rima com olhar
paixão com amor, com beijo
faz sonhar
amor com cheiro, com desejo
faz azarar,
almejo
todas rimas que fazem amar...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril, 2016 - Cerrado goiano
DEVANEIOS POÉTICOS
A poesia, por vezes, me parece tão alada
De sentimento astral, rimas borbulhantes
Tão tênue, livre. A sorte no versar colada
Num voo romântico, assim, dos amantes
Às vezes, tento ao comovente pôr um fim
Reviver as saudades que não voltam mais
Sofrer as sofrências, pranto, fazer motim
E desejar, então, ali ficar sentado no cais
Às vezes, quero ser sem ter uma vibração
Sentir sentimentos que nunca a eles ousei
Mas, de verdade, sempre caio na sensação
Do amor, de amar, sorrir e o que apaixona
Onde os cantos são todos galantes, eu sei:
- ornados com uma poética que emociona...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 setembro, 2021, 15’51” – Araguari, MG
SONETO
Primai, ó soneto, rimas e refrões
Incendiai de estro o pensamento
Exulte a sensação com fomento
E tenhas fluência nas emoções
Vós, poética, rolai vosso intento
Bardo, cantai as doces canções
Vossas, vindas d’alma, e ilusões
De amor, cheio de encanamento
Num dilúvio de validade, o infinito
Tito, amoroso e de leve calmaria
Ao som do carinho que é bendito
E, então, nestes sonidos divinos
Ter em si as premissas da poesia
Autêntica e hábil, de puros hinos!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 de abril, 2022, 21’56” – Araguari, MG
MISÉRIA POÉTICA
Vi-a, erodente trova, chorã, fustigada
Vãs rimas, mesmo assim, com melodia
Em seu lânguido versejar, desvairada
Queixar do amor, qualquer, na poesia
Sensível, miserável. Verso apaixonado
Duma emoção, que assim, me seduzia
Escorrendo na trova ardor enamorado
Num prelúdio divino de afeto e agonia
Me feriu. Em cada cântico a dor ecoava
Do poeta golpeado, então, resvalava
Da poesia: pranto, sussurro e clamor
Suspirei. Gemia o verso num lamento
De inquietação, sensação e sentimento
Da miséria poética sofrente de amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 julho, 2022, 14’33” – Araguari, MG
DÚBIO (soneto)
Falei tanto de tristura!... de solidão
Silêncio, tortura, nas rimas negaça
Ou ninharia fugaz, que vem e passa
Na brisa breve que veio, duma ilusão
O verdadeiro valor, é cheio de graça
Simplicidade, afago, farto de emoção
Todos lavrados e vindos do coração:
O abraço certeiro, passeio na praça
Falei tanto de melancolia! baixinho
Ou até mesmo em um alto vozeirão
Se bom era poetar somente carinho
E nas tais rimas de delírio e barulho
Só sofreguidão, me fiz pequenininho
Na poesia infeliz, sem amor e orgulho...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Destino
Nas linhas da minha poesia
leio o teu olhar
com rimas cruzadas, luzidia
sinuosas a poetar.
Interferindo no meu destino.
E assim, eu pus a cantar
tal o badalar de um sino
o coração a anunciar.
E neste som divino
a vida nos seus caminhos
o meu e o seu num continuo
Desejar... íamos sozinhos
até nossas mãos entrelaçar.
E, neste poema marcado
de versos ao nosso dispor
desde então, o fado
juntos, passamos a compor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 23´21” - Cerrado goiano
REGÊNCIA (soneto)
Como quisesse poeta ser, delirando
As poesias de amor, nas rimas afora
O beijo, o abraço que o desejo cora
A solidão assediou e trovou nefando
Vazios estros, de voo sem comando
Sombrios, que no papel assim espora
Os versos, sangrando e uivando, chora
Implora, num rimar sem ser brando...
Estranho lampejo, assim compungido
Que dói o peito, sem nenhum carinho
Quando a prosa era para ser de paixão
Então, neste turbilhão me vejo perdido
Onde o prazer se faz tão pequenininho
Vão... e a desilusão é quem regi a mão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
"Fecho os olhos e vejo riscos e rabiscos...
Palavras que se misturam...
Versos sem rimas...
Um turbilhão de emoções
azuis e purpuras.
São as minhas lembranças
São as minhas saudades
São...Eu!"
Haredita Angel
04.10.23
"Ela é graça!
Poesia curta e sem rimas;
Fácil de ler;
Difícil de entender..."
Haredita Angel
19.12.22
Os poetas e as poetisas são artistas que "brincam" com as palavras e suas rimas viram as melhores canções.
O poeta posta a poesia nos corações e o efeito poético
é sempre o contentamento das rimas de quem as aprecia.
►Apenas Uma Caminhada
Senhorita, qual o teu destino?
Se importa se eu foste contigo?
Só para não deixá-la sozinha
Aceite então minha companhia
Peço-lhe apenas uma caminhada em volta da pracinha
Desejo apreciar sua voz divina
Observar suas pupilas de cores lindas,
E que tanto me instiga
Não quero que sejas minha,
Só almejo sua alegria.
Deitei-me pensando no amanhecer
Sonhei quando o Sol ainda estava para nascer
Falo-te agora o que imaginei
Se irás acreditar eu já não sei
Estava indagando o que poderia fazer,
Para lhe proporcionar um bem
Talvez dizer um olá, quais problemas tu tens?
Sacrificarei todos os meus bens se necessário
Quero lhe ajudar, sou um voluntário.
Uma andorinha pousou em minha janela outro dia
Disse para mim ajudar uma menina perdida
E, ao olhar para o céu, segui a estrela que hoje já não mais me guia
Ela me trouxe até ti, essa verdadeira Afrodite, obra-prima
Diga-me, prefere Rosas, Margarida, Hortência ou Tulipas?
Se desejar, farei um jardim com todas as cores de minha vida
Dentre elas, vermelha é a minha preferida
Então responda-me, jovenzinha, qual é a sua favorita?
Farei o possível para encontrar belas como as do Jardim do Éden
Cores vivas, feito teus olhos que me aquecem
Por causa disso, quero recompensá-los, eles merecem.
Sua presença me acalma, como uma brisa vinda do mar
Teu olhar que sempre me salva, de uma forma impossível de explicar
A harmonia de sua aura, uma sereia que aprendeu a caminhar
Senhorita, te peço por favor, deixe-me lhe acompanhar
Um minuto perto de ti já valerá,
Pois irei sentir algo que hoje está difícil, paz
E apenas quando você se despede de mim que ela se vai
Meu corpo pressente que ela não voltará jamais,
Porém seus olhos reaparecem e alegria me traz.
Doce meio-dia, estou onde eu queria
Julieta seria apenas uma jovem sem amor,
Pois tu, bela, és a deusa do amor
Romeu carregaria um sentimento de apenas um dia qualquer
Eu estou aqui, um escravo da paixão, farei o que ela quiser.
Assim como o bater das asas de uma borboleta,
Ou o calor de uma vela recém acesa,
Meu amor não morrerá, tenha esta certeza
E, assim como um reino sem sua rainha,
Dizer que rejeita minha pessoa, não verei mais sentido em minha vida.
►De Segunda A Sexta
Ah se você soubesse que eu ainda penso em você
Se ainda soubesse que escrevo pensando em lhe ter.
Se ainda pensasse em mim,
Se o nosso amor nunca tivesse fim,
Mas infelizmente não foi assim
Em sonhos eu construo o nosso paraíso
No qual desfrutaríamos do nosso destino
Mas talvez eu imaginei de mais,
Talvez não percebi até que fosse tarde de mais
Ah, quantas foram as cartas que lhe escrevi e não enviei
Quantas foram as dedicatórias que não lhe entreguei
Por conta disso eu estou aqui, só, sem ti
Mas até o pássaro mais frágil consegue voar
Meu coração sabe que precisa se levantar,
Mas não paro de pensar que poderíamos até namorar
Ou talvez eu simplesmente estava me deixando levar
Tenho tantos versos que gostaria de te falar
Lhe faria serenatas para você voltar.
Hoje pensei em ti, e sabe o que senti?
Uma tristeza começou a me consumir
Às vezes eu só quero desistir,
Mas não me esqueço de quando te conheci
Jamais irei me esquecer do sorriso que você deu,
Mas que agora desapareceu
Sinto saudade de estar contigo, do beijo seu
Se voltasse para mim, eu diria "Ficarei aqui, prometo"
Minhas ambições iriam se assimilar as suas,
Eu queria poder te falar tudo que está preso aqui dentro
Mas não tirei proveito da oportunidade que surgiu,
Fui muito lento, e então você se despediu.
Meus amigos me disseram que a dor vai passar, vai sarar
Que eu conseguirei me recuperar, e me reencontrar
Eu duvidei deles, e ainda duvido
Estar bem não significa que eu não gostaria de estar contigo
Eu gostaria mesmo de poder lhe dizer tudo isso,
A distância e irrelevância minha me torna impotente
Sem poder lhe dizer que, perto de ti, eu era o ser mais contente
Pudera eu ser capaz de tal discurso, mas infelizmente sou inútil
Queria dizer que eu te amava, que te amo,
Que eu queria virar, junto a ti, o ano
Passaram semanas até que eu pudesse me olhar no espelho sem relembrar,
Dos beijos gosto de mel, dos olhos castanhos belos quanto o azul do céu
Você estava me mostrando um novo mundo, puro
Que houvesse luz para me tirar do escuro, meu castelo inseguro.
Posso derramar palavras de afeto sobre este papel,
Palavras suficientes para erguer uma nova Babel
Mas isso não te faria voltar para mim, então não faz sentido
Sozinho eu ergueria um novo Muro de Berlim,
Apenas para te mostrar o quanto estou arrependido
Conquistaria as estrelas para tentar me declarar
Faria de Asgard, ou quem Olimpo, uma moradia para nós chamarmos de lar
Você não faz ideia o quanto eu gostaria de poder te abraçar
E tenho medo que esse sentimento fortaleça quando o tempo passar.
Fui ingênuo em pensar que poderíamos viver juntos
Fui imaturo em venerá-la como se você fosse o meu mundo
Sinto muito, mas eu realmente senti uma felicidade desconhecida
Eu pensei que havia encontrado aquela tal, citada em poesias
Como Beethoven, pensei ter encontrado minha prometida
Mas infelizmente fora embora de minha vida, mas tudo bem, prossiga
Sei que um dia encontrarei uma nova rosa, e abraçarei elas mesmo com os espinhos
E poderei receber um beijo lindo, enquanto isso eu estou aqui, vivo.