Rimas
FUGA II
Todas as crinas desta vida, todas as rimas, todos os sintomas, todo o doer.
Cada passo em falso, cada cadafalso, cada trem atrasado, cada nuvem que não veio chover sobre o sertão ardente em sede.
Cada bomba-atômica, cada praga rogada, cada estilingada que mata o passarinho.
Cada voz desafinada, cada rima que não casa, não se encontra; cada nota suspensa no ar.
Cada sonho irrealizado, cada suspiro incontido, cada prisão que não liberta o nosso mais íntimo desejo.
Todas as visões embaçadas, as analogias desconexas; as cegas imagens de peles nédias.
Cada estória sem autor, cada morte sem porquê.
As vaidades do mundo se resumem a espasmos de espaços vagos no subconsciente dos desesperados.
Cada vento que sopra sem destino, cada luz que procura o vazio de cada solidão; cada estação do ano.
Em tudo há um pouco de mim. Em tudo há algo do qual eu sempre quero fugir.
A natureza era poesia, pincelados pelo Criador com rimas em cor e amor, aí veio o homem e resolveu pintar a natureza morta e os versos até hoje borram a aurora com lágrimas de dor...
Ah, essa tal poesia
Essa obra que faz aflorar
Faz o poeta
Traduzir em versos
Em rimas retumbantes
Sua exuberante alma
Rimas, sublimes sensações
Nas quais, o ser,
O homem, esse instrumento
Revela-se... emergindo
Causas primárias
Num frenesi de palavras
Um verdadeiro jogo
Mesmo sem regras
A fruição reflexiva de momentos
Entoados pelos mestres de outrora
Quintana, Bandeira, Florbela Espanca
Neruda, Cora Coralina
Simplesmente nos encanta
Poesia, puramente ela
Alimenta nossas almas errantes
Pela eternidade afora
(14/05/2019)
Noite que te aproximas
Luar que te vem
Palavras que saem rimas
Na escuridão do além.
Aqui me sinto protegido pelas estrelas encobertas,sobre uma guerra de sol e lua,porque a lua nunca espera pelo sol,sempre lhe foge,vento que me crucifica a esta árvore que é a minha âncora,o meu pilar,a sustentabilidade para um amanhã esperando pelo pela luz do amanhã.
Assim vou adormecer
Contando as estrelas no céu
Divagando na solidão temer
Assim me cubro com este véu......
(Adonis silva)09-2019)®
" Minhas rimas é tipo balas e elas vão de encontro a você , então lute e não desista porque só você pode ser o que eles não esperam que você seja ".
Minhas preocupações tem rimas, vírgulas, reticências, e até pontos audaciosos. Às vezes são versos livres, quando querem, compõe - se em tercetos; em outras vezes, surpreendentemente são quadras perfeitas. Por isso não tem jeito...
Você não é poeta porque faz frases melancólicas ou com algumas rimas, é só alguém triste que não sabe o que fazer da vida e está passando por turbulências. Isso é triste.
Não sei se é poesia ou lixo,
as confusões nas rimas que
expresso. Se não foi bom tudo
que eu disse mas eu sei que
fui sincero...
"RIMAS E VERSOS"
No futuro quero fazer de você, parte de mais uma bela poesia
Rimar as palavras, colocar seu ser nela
Sonhar com cada frase, e colocar toda a minha emoção.
Você será primordial para que isso aconteça
Você irá ser a minha fonte inspiradora,
A dona dos versos e das rimas, sem você nada poderá ser feito.
Pois cada verso e cada rima, se inspiram em "VOCÊ"
Não pergunte à um pintor, porque pintas; não pergunte à um poeta porque escreve em rimas e a mim não pergunte nada, mesmo porque só sei pintar em versos, frases, pensamentos, reflexões, sonetos, crônicas, romances ou literatura infantil, no resto não sei mais nada!
Lágrimas
Rimas angústias
lamentos ásperos
gritam por intensidade
mares de aventuras
só queria navegar
em sentir alma
e suas Sensações
Estou escrevendo um texto com rimas
Acho que é um poema
Enquanto você lia
Contanto toda via
Acho que o gato mia
A minha vida não lia a sua mão lisa ou áspera
O "M" escrito nela
Sem sela
Sem mandar nela
O que é vela
Sem ver ela
Não vou achar
O que encontrar
Não vou achar
Não achei
Endoidei, respirei, suspirei
Pensei e agora direi...
"Estou falando no poema que estou falando, digitando, pensando e rimando, mas não estou falando da sua pupila me olhando"
Poesia-me
Discorra-me em cada linha do teu branco papel.
Conduza-me pelas rimas do teu gracioso cordel.
Em cada página, do texto ao tema,
Vista-me de poema.
Cubra-me de versos, enfeita-me com letras primorosas,
Em tuas escritas angustiantes ou prazerosas.
Em cada estrofe, defina-me com candura.
Poesia-me e transforma-me em literatura.
Sem rimas, sem poema algum, irei dizer:"O tempo, a morte e amor. Eu aprecio o tempo sei de sua importância e tento fazer o relevante mas nem sempre consigo fazer o suficiente, o engraçado é que ele passa tão rápido e vejo muitas pessoas que dizem não ter tempo ou possuir pouco, sim posso dizer que todos fazemos nosso próprio tempo mas prefiro dizer eu entendo, o difícil de responder é quando perguntam como você tem tempo para isso? Penso eu que deveria responder que isso é importante para mim então dessa forma eu me esforço para fazê-lo , é inevitável que o tempo irá passar e não voltar e ainda não acredito que possam criar uma máquina do tempo, para mim isso é impossível.Acho interessante a morte apesar de não deseja-la freneticamente, mas não gosto dela para os outros ainda mais para aqueles que amo, mas gosto da ideia para mim, pois ela é completamente individual e não há nenhuma concordância entre todos a cerca da morte, uns dizem fim, alguns é apenas o começo ou uma mudança para o que já foi um dia, não é como se eu quisesse morrer, porém vejo com olhos de curiosidade essa palavra tão pequena e impactante, muitos tem medo da morte, mas eu apenas não quero sentir dor, tenho certeza que grande parte das pessoas gostariam de ter uma indolor, precisamente dormindo, porém seria ainda mais peculiar esse tipo de morte, principalmente se a pessoa estivesse sonhando antes de morrer, seria algo surreal.O amor é algo que nos move isto realmente eu amo pois é o amor ,no entanto temos conceitos muito errôneos sobre o mesmo, talvez porque seja difícil entender, a partir do momento que conseguimos separar paixão de amor companheiro tudo fica mais esclarecido, pelo que aprendi paixão é o estado inicial do amor o qual pode ser chamado também de amor romântico e isso compreende o estágio onde se pensa automaticamente na pessoa, estando com níveis de felicidade altos e hiper mega motivação, portanto não falta nenhuma atitude que demonstra preocupação e afeição para com a pessoa, isso é um pouco mais complexo, isto pode durar até dois anos, isso complica um pouco as coisas, mas quando ela acaba há a possibilidade de surgir o amor companheiro mas nesta fase a tomada de atitudes para o bem estar da pessoa amada não é algo automático, e os pensamentos já não são contínuos relacionados para com a pessoa que se ama, então deve partir as ações de quem ama de uma forma mais racional pensada e não automática como antes, por conta das pessoas não perceberem o final da paixão e não fazerem nada por quem se ama os relacionamentos se complicam e esfriam levando ao término de qualquer tipo , mas existem outras relações de amor como de uma mãe para com o filho o que é muito grande, sincero e admirável, temos de um pai para com o filho, entre irmãos e amigos e essas formas de amor são puras e mais nítidas aos nossos olhos pois não se envolve estágios, é apenas o amor.''
"As lágrimas derramadas pela saudade, são os versos sem rimas e sem sentido, apenas palavras do coração."
Poeta e louco sou
Escrevo rimas disparatadas
Frases cacofônicas ou
Métrica inusitadas
Na dicotomia sintática vou
Com palavras à pele atadas
Poeta e louco sou
Escrevo rimas disparatadas
Sobre a morfologia das palavras voo
Vejo-as em fila enlatadas
Ouço a voz dos seu ditames e enjoo
"Não quero seus limites e nem sua cara enlutada"
Poeta e louco sou
Naquela Campa -
Há um poema cansado
Nas rimas do meu sofrer
Mais um momento marcado
Pela vontade de morrer.
Há um silêncio que agito
No fundo dos meus sentidos
E o meu poema é um grito
São meus sonhos perdidos.
E o que ficou do que fomos
Está preso ao fado, à poesia
P'ra mim seremos e somos
Aquele amor que eu sentia.
Aquelas horas tão nossas
Só eu as guardo no peito
Talvez também 'inda possas,
Lembra-las tu ao teu jeito.
Naquela campa tão fria
Deixo uma rosa e um beijo
Que a Musa desta poesia
Fica virada p'ro Tejo.
(Poema escrito pelo Poeta junto ao túmulo da sua sua Inspiração, Celeste Rodrigues, no Cemitério dos Prazeres em Lisboa, no talhão dos artistas, virado para o Tejo)