Revolução
A chegada de um filho não traz calmaria, mas uma revolução. Ele vem para bagunçar nossa zona de conforto, redefinir as prioridades e nos fazer reconsiderar até mesmo quem está ao nosso lado. Ele nos transforma de maneira única, nos ensina a ser mais resilientes e nos oferece a experiência do maior e mais puro amor, nos levando a viver com propósito e significado como nunca antes.
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ação
causa reação
revolucionar
mudar
gritos ecoam pelas ruas da cidade
buscando liberdade.
Involução (se está).
Revolução (se refaz).
Evolução (se é).
Os novos aprendizados é a maior graça da vida.
O Rap e a Vida
Não faço a mínima ideia de quantos anos se houve falar em revolução social e mudança na sua efetiva prática. É assim com o rap a vida, suas letras ideológicas rimas de depreciação social, ideologia de mudança de atitude e comportamento, e até uma utopia pela transformação interior e exterior do mundo, da vida.
Mas, pelo que vejo nesse tempo todo que escuto letras de rap, apenas enfatiza um período onde a ideia do jovem revolucionário marca apenas, uma fase que ele aspira transformar o mundo. Percebo que quando se está por baixo a meta é chegar ao topo, é ficar no pico e quando isso acontece a ideologia do emergente se altera, muda o foco, passa de revolucionária para acomodada, o balão já não esta com todo aquele gás de antes pois aprendera que bandido e mocinho é tudo farinha do mesmo saco ai toda aquela história de querer mudar o mundo não passa de uma piada mal contada.
Percebi outrora que as mentes desse raps são moldada a muita química ou por escolha ou por ideologia utópica, chegando a um desiquilíbrio sem precedentes pois logo almejado seu objetivo eles começam a se interessar por outro tipo de vida caindo ou em depressão e agarrando-se as barbas do divino ou mutilados pelo gueto.
Mas afinal oque é o rap? Mas afinal oque é a vida? Minha resposta é que cada ser tem um nível de positivismo, autoestima, onde se eleva ou baixa devido o meio em que vive. Ele se esquece de que o rap é apenas um refrão de desabafo um querer mais plausível de positividade, mas como é um sentimento não se consegue segurar muito tempo, é passageiro, é uma emoção. Já a vida, essa sim tem que ser vivida a qualquer custo de qualquer maneira – Ela não dá pausa, não avança, apenas cumpre seu tempo nem tão pouco espera por um `` espera ai`´ – Ela simplesmente passa, vai embora e nos arrasta com ideologia ou ignorância, vamos rolando a ladeira do viver sem parar apenas com breves olhares de atenção pra não cair em desalento, loucura ou morte vã. Viver é simplesmente arriscar com ou sem musica. Já o sonho ele passa deixando aprendizado ou simplesmente nos deixamos cair na estupidez do rap mal cantado - Que a paz esteja sempre em nossa mente ou quem sabe em nossos corações.
Quase toda revolução satisfatória começa aos estampidos de forma tardia, para conseguir o que se deseja aos sussurros de forma precoce
Quando no peito ecoa um grito de revolução,
A mudança acontece,
Independente de platéia contra ou a favor.
A politica brasileira é o acervo da nossa revolução de impostos e impostores, enquanto acreditamos na representatividade.
Carlos Alberto Blanc
O Peso Invisível
✍ Por Diane Leite
Dizem que o home office foi a grande revolução do trabalho. Dizem que agora podemos conciliar tudo – carreira, filhos, casa, sonhos, ambições. Dizem que podemos trabalhar no conforto do lar, produzir enquanto assistimos ao crescimento dos nossos filhos. Dizem tantas coisas…
Mas ninguém diz a verdade.
Ninguém fala sobre as palavras interrompidas, sobre o cursor piscando na tela enquanto uma voz infantil chama sem parar: “Mamãe, mamãe, mamãe…” Ninguém menciona o caos mental de tentar responder um e-mail enquanto alguém puxa sua blusa pedindo atenção. Ninguém fala sobre a raiva silenciosa de tentar construir um futuro enquanto mãos pequenas tentam te puxar para o passado – para aquele tempo em que você era apenas mãe, apenas colo, apenas entrega.
O mundo aplaude pais que trabalham de casa, admirando sua dedicação e equilíbrio. Mas quando é a mãe que tenta, o que ela encontra? Um labirinto sem saída.
Ela tenta negociar, tenta explicar.
"Filho, me dá só mais meia hora e depois a gente brinca."
"Mamãe está ocupada agora, mas depois vamos ver seu desenho favorito juntos."
"Por favor, me deixa terminar isso, é importante."
Mas as crianças não entendem tempo. Elas entendem presença. E quando percebem que a mãe está ali, mas não está, insistem, persistem, exigem. Querem tudo. Querem agora.
E a mãe?
A mãe não está frustrada porque não ama o filho. Não está frustrada porque não quer estar ali. Ela está frustrada porque precisa pagar as contas. Porque precisa trabalhar para sustentar o filho que, ironicamente, é quem a impede de trabalhar.
E o pior: a criança não entende.
Ela não sabe que aquela mãe exausta que pede “só mais um minutinho” está tentando garantir um futuro para ela. Não sabe que, enquanto brinca distraída, aquela mãe está planejando, negociando, buscando um jeito de fazer tudo funcionar.
A mãe engole a raiva. Engole o cansaço. Engole o grito que quer sair.
Porque o mundo já a ensinou que mães não devem sentir raiva dos próprios filhos.
Porque o mundo já a convenceu de que esse é o seu papel e que reclamar é ingratidão.
Mas lá dentro, um vulcão silencioso se forma.
Não é culpa.
Não é medo.
É frustração.
Porque enquanto o pai seguiu sua vida, ela parou. Enquanto ele construiu, ela segurou tudo sozinha. Enquanto ele dormiu tranquilo, ela ficou noites em claro, estudando terapias, pesquisando tratamentos, garantindo que aquele ser pequeno e frágil tivesse um futuro.
Agora que o filho cresceu e que ela finalmente tenta respirar, tudo parece puxá-la de volta para aquele tempo de doação total. O tempo que parecia ter ficado para trás, mas ainda vive dentro dela.
Ela sente raiva porque percebe que ninguém vai dar esse espaço a ela. Ela terá que tomar esse espaço.
Mas ninguém ensina como.
E então ela segue, tentando negociar, tentando encontrar um pedaço de tempo entre as exigências do dia.
O cursor ainda pisca na tela.
Os e-mails ainda esperam.
Os sonhos ainda querem nascer.
Mas há um peso invisível sobre seus ombros.
O peso de ser mãe e ser mulher ao mesmo tempo.
O peso de carregar tudo enquanto o mundo finge que não vê.
Mas ela vê.
Ela sente.
E um dia, de algum jeito, ela vai conseguir respirar de verdade.
E não pedirá mais desculpas por isso.
Diane Leite
– Como Senhora Waterford, você tem importância.
– Até certo ponto.
– Então mova o ponto.
(Diálogo entre June e Serena)
Todas as tentativas de mudar o mundo fracassaram. Quer sejam religiosas, políticas ou ideológicas. A grande revolução que mudará o mundo é a revolução individual que acontece no interior de cada pessoa.
As pessoas não são naturalmente resistentes a mudanças. Elas resistem ao que as ameaça. A proatividade para a mudança tem seu nascedouro no sentimento de segurança.
A nova geração está sempre querendo ultrapassar seu tempo com ideias antigas enquanto não são capazes de formularem suas próprias opiniões.
A política é uma dádiva e ao mesmo tempo uma maldição. Para Aristóteles, "o homem (ser humano) é um animal político", isso necessariamente não o torna mau ou bom. Ele também diz que o cidadão é político, pois participa na elaboração e execução das leis, porém nem todos são cidadãos. Trazendo esse pensamento para os dias atuais, onde existe uma grande descrença em políticos, por termos a simples ideia que política se remete apenas a eleição, e não a organização social e do estado. Tiro a conclusão (talvez inexorável) que a política é uma dádiva, olhando pela capacidade que cada cidadão tem de expor e solidificar sua opinião, através de um caminho visando um "bem".
Esse bem não se trata do correto ou do errado, mas algo necessário a ser finalizado para um "todo". Uma meta, como grosso modo poderíamos dizer: a reforma da educação e sua universalização, quanto a unificação da policia para que possamos ter um policia mais centrada e eficiente, assim como investimento a tecnologia e a pesquisas, e poderemos citar diversas áreas que podem ser melhoradas e traçadas metas.
Entretanto, para o cidadão político, esse também tem uma maldição, principalmente hoje, em um tempo que a política e os políticos estão desacreditados. Onde se tem uma desconfiança desenfreada, gerada por situações que vem se agravando a cada dia, que é a corrupção. Uma pessoa dizer "ser político" é um ato de coragem, de contravenção, talvez até de subversão.
Quando uma pessoa se apresenta como político, existem três reações mais presentes, uma delas é a desconfiança, primeiro a pessoa acredita por um enraizamento cultural que "todo político é corrupto", isso fecha a oportunidade de cidadãos que não são corruptos mudarem o quadro que se encontra a política. Algo comum também, seria o pensamento individualista e imediatista, onde a pessoa ao invés de pensar no coletivo, pensa apenas em si, se vende ou até mesmo tenta barganhar com o político em questão, independente de seu pedido.
E por fim, algo não tão comum, ou até mesmo, que eu consideraria mais propicio e que recomendaria que ocorresse, seria o pensamento coletivo, o pensamento para um fim, visando algo que não mantivesse o mesmo sistema e também não fosse individualista. Nesse caso especifico podemos citar algumas ações e pensamentos que traria beneficio, não só para a política, mas para um todo, para a sociedade, que seria a ajuda mútua, onde os cidadãos questionassem primeiramente porque de sua desconfiança, buscasse conhecer, interagir e assim contribuir para a construção e execução de ideias para beneficiar a todos. Voltando assim, a questão do "cidadão" de Aristóteles, dito no inicio.