Retrato
Pra se permitir se olhe, veja as marcas em seu corpo e lembre que elas são o exato retrato de grandes conquistas, uma delas os filhos...
Ser gorda ou magra, ter seios pequenos ou grandes, não podem te prender longe de amar outra vez. Perca seus medos,esqueça as palavras rudes,eleve sua autoestima e permita-se amar de novo.Permita-se perder medo das coisas que se parecem novas,amores que não entendemos como são declarados a nós,pelo modo o qual nos vemos,vá,siga,se desnude no espelho e ame cada parte de seu corpo como é,se quiser chorar chore,mais liberte-se do medo de amar e de se deixar amar,permita-se porém somente quando ouvir a voz que diz;Você é linda demais,perfeita,inteligente,uma balzaquiana com todas as suas redundâncias.Se permita,abrir as janelas de sua casa,comprar flores naturais e perfumar sua vida,seu quarto, sua alma.Não se torture nunca mais,não tenha medo nunca mais,liberte se dos traumas que prendem tua visão a teu corpo,mortal.Permita -se, nem seja uma única vez amar direito.
Bati a porta e o estrondo foi tão grande que o porta retrato caiu e espatifou no chão. Pisei entre os cacos e nem percebi que estava machucada. Me joguei na cama e fiquei ali inundada de silêncio, de vazio, de nada e respirei fundo. Depois de horas catei os cacos, meus e do vidro, e joguei no lixo. Era hora de recomeçar.
♫♫O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver devolva-me
O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver...
Devolva-me, devolva-me, devolva-me
Em desatino andou meu coração
Retrato compreensível do ardor em chamas
Legítima retribuição de quem ama
Fogo ardente entre labaredas e cavaletes
Retorno do instinto retrocedente
Expoente do amor, eterno por esplendor.
Brilho da restrita silhueta... Sua silhueta
Em um só corpo adormecido pelo calor
Entre a espada craveja-te obséquio amor.
Era um retrato triste, de uma vida amarga...
Ele não sabia onde queria estar, talvez em lugar algum...
Mas ao menos ele não tinha medo de ter medo...
Era só um retrato amargo, de uma vida triste...
Vejo o meu retrato: um menino pobre de Porto Barreiros que chegou a Goiânia num caminhão de mudanças. Penso que evoluí muito.Mas não importa o quanto eu tenha evoluído, eu continuo num caminhão de mudanças.
Retrato de uma guerra...
Uma cidade sem ruas,
uma rua sem casas,
uma casa sem família,
uma família sem mãe,
uma mãe sem filhos,
sem filhos e sem mãe.
Um corpo caído,
moído... sofrido.
Um corpo sem braço,
um braço sem mão.
Falta de espaço,
falta de ar,
um tiro no coração.
Uma cidade,
uma rua,
um homem,
sem sol, sem lua...
apático...
sobreviveu porque foi prático.
Eu tenho,
Na parede de meu quarto,
Um retrato teu.
Às vezes me pego admirando
Teu rosto inexpressível.
Um sorriso quase imperceptível
Em seus lábios.
Eu fico me perguntando
Se ele expressa a felicidade
Que você sentia naquele instante
Ao lado da mulher que você estava
E que eu cortei da foto.
UM POEMA SEM QUERER
As mãos inertes,
a folha em branco é o retrato da mente e nada.
O papel nu, sem vestes
num pudor sem palavras.
A mente quieta, no escuro vagam,
frases repentinas e embaralhadas.
Breve, indecifrável a utopia me cala,
sem inspiração das poesia apagadas.
Na epiderme fria, outrora cálida.
Um poema sem querer
ameniza a tentativa árdua
de resgatar estrofes naufragadas.
Retrato de uma flor
Tão delicada era, que muitos julgavam ser feita de porcelana. Finos traços faziam dela única. Exoticamente bela simples era ela. Parecia pintada a mão, feita por um hábil artesão. Se dela fosse tirada uma fotografia, muitos diriam que aquela pequena rosa, era frágil, e só podia ter brotado na mais bem cuidada estufa. Mas só bastava, que o fotógrafo desse uns passos para traz, e capturasse o cenário no qual crescera a ternura. E todos se espantariam. Como é possível tão bela flor no sertão?
Seu retrato na parede
Um retrato na parede...
Uma lembrança, uma dor, um vazio!
Teus olhos, teu sorriso, tua boca... Tamanha perfeição!
Meu passado junto ao teu, meu presente tão ausente de ti.
Junto a meus sonhos, tú deixaste uma imagem,
No último sorriso, no último beijo sem fôlego que me deste.
Aquele retrato parece ter vida...
Eu vi você sorrindo, quando eu cantei a nossa canção;
Lembra-te quando a gente a ouvia, você sempre chorava.
Veio-me um desejo, uma imensa vontade de lhe dar um beijo.
Fui sedente em teus lábios,
E quando os toquei,
Ah que dor!
Senti apenas o gosto frio, do vidro do teu retrato, pregado na parede!
Saudades!
Preto em branco, lápis no papel, rabisco por traços, montagem de um retrato, lente dos olhos, cena e cenários, que não fogem dos focos os mínimos detalhes.fotografias...
Quando hoje decidi aceitar,
Que os meus pensamentos
São o retrato de tudo
Que mais quero ser,
Vejo que a percepção
De um refúgio é inevitável
A mais sonhadora realidade
Quisera sair e existir,
Mas o próprio medo do Eu,
Limita e guarda-a
Na mais profunda melancolia.
Em cada passo forma um pegada em caminhos desfeitos, forma um retrato em uma alma presa em si. Se liberta em um circulo piqueno, proibindo de rir. Tenta viver sem querer, tenta voltar, a ser a temer. Procegue com frieza, mas quando se toca ve que foi tolo de mais para tentar esquecer.
O Porta Retrato
Ali parado só um Porta Retrato
Um objeto, uma foto e nada mais
Um Porta Retrato...
Talvez uma lembrança esquecida
Talvez uma mentira enrustida
Ou só mais um Porta Retrato...
Um passado preso
Emoldurado, trancafiado
Uma historia esquecida
Uma mentira despercebida...
Tantas promessas
Tantas alegrias
Tudo se resume ali
No Porta Retrato...
Retrato esse que sorri
Talvez de ironia de si
Ou da historia que esqueci...
Tantos pensamentos
Tantos planos
Ali, naquela moldura esquecida...
Juras de amor
Lamentos de dor
Só um porta Retrato...
{A individualidade moderna é o retrato-resposta de uma realidade futurista, na qual sentimentos e laços humanos serão abstratos e os frios robôs high-tech codificarão as emoções e relações sociais vigentes da dita época. Será uma rica sociedade, porém com pessoas mais deterioradas emocionalmente e extremamente mais desumanas do que as que já existem na atualidade.}
Outubro 2010.