Retorno
E quando fizeres um mal ou um bem para alguém, lembre-se sempre da lei do retorno. Tudo nesta vida tem volta, nada fica sem um retorno. Deixe nas mãos das leis cósmicas do universo, somente assim poderemos descansar e ter um pouco de paz.
Nunca se esqueça de uma coisa: a lei do retorno tarda, mas não falha. Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você. A gente sempre acha que está fazendo a coisa certa e prefere olhar para si e para as nossas vontades, até sentir na pele que o outro tem esse mesmo poder que a gente. Se esse tempo todo ele preferiu não se manifestar e de certo modo aceitou determinadas atitudes suas que muitos não aceitariam, não dê motivo para perder isso. Comece a enxergar o que ele faz por você. A dor de cabeça existe para quem procura por ela.
Deus, me ilumine nesta nova empreitada, que ao meu retorno tudo esteja igual e que minha ida seja abençoada.
SARAU, UM RETORNO À COMUNICAÇÃO CONSTRUTIVO/DIVERTIDA
Minha família precisou viajar. Fiquei comigo me fazendo companhia e resolvi contar-lhes o renascimento de uma idéia boa.
Em tempos anteriores ao meu surgimento no Planeta Terra, as famílias tinham o hábito de se reunir pelo menos uma vez por semana, para baterem papo, trocar idéias, se divertirem, às vezes até saboreando petiscos deliciosos.
Desta confraternização muitos pais e indivíduos sem ainda um casamento tiravam informações preciosas, aprendizados úteis para o resto da vida.
Estas reuniões, chamadas de Saraus, englobavam manifestações artísticas de seus freqüentadores, onde muitas vezes surgia um músico, um poeta, um filósofo, um revelador da lógica obscura para alguns, uma orientação de medicina preventiva, como o “gargarejo da vovó”, infalível para a cura de oro-faringites e amidalites crônicas. Consistia em adicionar a meio copo de água, uma colher de chá de sal e oito a dez gotas de tintura de iodo, conforme a gravidade. Fazendo dois gargarejos por dia, cedo e à noite, a boa velhinha curava todo mundo, não sem antes indicar um teste, que mais parecia uma simpatia: “após feita a solução, molhe um dedo limpo nela, esfregue da parte de dentro do braço e aguarde 3 minutos; se pinicar, não use”.
Mal sabia ela que estava inventando a alergia, só conhecida como assadura ou “perebas” depois do uso de comidas, certas roupas e contato com determinados produtos.
Bons tempos aqueles, onde mesmo sem os recursos “modernos” da ciência, buscava-se a fraternidade. Até os erros ambientais eram contados em filmes, romances, como momentos de ternura.
Mas nem tudo está perdido. Há 8 anos reintroduzi no meu ciclo de amizades, aos poucos, sem dizer nada sobre a mineirice que me domina, o sarau. De início com reuniões de jantares prosaicos, depois aulas de dança de salão, aos poucos causos e piadas sadias, para finalmente entrar com outras artes, como a poesia, o canto, a música instrumental.
E sabem que a acolhida está tão boa, que estão até me pagando cachê, para fazer o sarau em casas noturnas, onde antes só imperava o “tu-chis-tum”? A moçada vibra, descobre Drumonnd, Meireles, até as paródias sobre os Lusíadas e algumas músicas. Estão começando a curtir o dançar de rostinho colado...
Melhor que “ficar”, como moderna ação.
É o que sempre digo: “Êta mundão veio sem porteira”.
É o que eu já disse: “Viver, porque viver é valorizar o valor da vida!”.
Inté mais.
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viver é escrever a própria história sem retorno no tempo, sem apagar nem acrescentar o que passou. Somos personagens de uma história sem cortes, corremos os riscos das surpresas de cada cena, revivemos, superamos, caímos, sorrimos e choramos vivendo dentro de uma peça que se desenvolve, até as cortinas se fecharem e despertarmos verdadeiramente.
esses cabelos de minha amada
têm cheiro de erva e flores
é como retorno a casa
terraço a contemplar deserto
animal de fruto liberto
os cabelos de minha amada
Não desejo mau a ninguém, mas acredito na lei do retorno.
Então, pense bem sobre suas atitudes. Hoje pode ser tua subida, mas amanhã a tua queda.
CONSTATAÇÕES DA REALIDADE (o retorno)
_ Pessoas pobres em sua conduta laboral são sérias candidatas a "Síndrome do Pequeno Poder", pois sentem-se infelizes em suas atividades, engolem coisas que não gostariam, fazem o que não querem, e depois descontam suas frustrações em pessoas que estão hierarquicamente abaixo delas, são grosseiras com colegas ou mesmo, depois do trabalho, são agressivas e intolerantes dentro de casa.
-- Por se nivelarem por baixo, essas pessoas temem doar-se. É como se todo e qualquer ato de gentileza ou mesmo altruísmo pudesse lhes amputar um braço. Visitamos serviços e sentimos a má vontade com que nos atendem. Percebemos o pavor que sentem ao receber uma tarefa nova. Arranha-nos o apego mesquinho que demonstram com relação a alguma informação que já adquiriram, justamente por não perceberem que quem vive em ambientes gentis troca o tempo todo e não precisa se apegar a pouco;
- No final das contas, a média da qualidade na prestação de serviços nas mais diversas áreas é tão baixa que as pessoas têm perdido a grande chance de perceber o quanto é fácil se destacar no meio da mediocridade.
Reciprocidade é a lei do retorno. Nela não precisamos de nenhum livro de códigos para ser assegurada, mas, sim, da consciência ética e moral de cada um.
O verdadeiro amor cultiva as asas, pois acredita que o vôo seja fundamental e o retorno a prova de quem se ama. Já o amor que corta as asas na doce ilusão da falsa segurança, não é amor, é apego e desconfiança.
Poesias do livro O TEMPO REINVENTADO
Hoje
fui ontem em sua boca,
que num tempo de retorno
me fizeram
os teus olhos de longes e distâncias.
E assim
por ser de ontem e não
de agora,
e muito mais miragem do que
VIDA
a imagem na tela recomposta
no tempo recuado está perdida.
Ergo-me agora
contra o tempo e contra tu mesmo
despedaço os espelhos da memória
e grito meu nome
sem data
eu que fui-sou-e-serei
sendo agora.
reinvento
a imagem
que há detrás dos olhos
inverto os calendários
e sou o Agora."