Repetição
"Cada repetição do trauma é um pedido de resolução do inconsciente, um clamor por integrar o que foi negado e escondido."
Criatividade não é sorte nem improviso; é a repetição intencional que rompe barreiras gigantes e faz jorrar infinitos potenciais. Ou seja, não importa se estamos acertando ou errando; o que importa é o movimento constante de reconexão com nossa grandiosidade.
A crítica profunda é ao ciclo de repetição de comportamentos nocivos que ocorre dentro da sociedade, iniciado pelos próprios pais. Ele sugere que a falta de cuidado e responsabilidade na criação dos filhos leva à perpetuação da ignorância e do desrespeito, o que acaba sendo transferido para as próximas gerações. A expressão "gerar filhos desnaturados" ressalta a desconexão entre os pais e seus papéis fundamentais como guias e modelos.
A única prova de que aprendemos com os nossos erros é a não repetição dos que já cometemos. Os erros estão em nós como sinais de nascença. Isso repete o lugar-comum de que errar é humano, erraremos sempre, mas acertar também é. Estúpido e desumano é repetirmos erros como prova irrefutável de que não aprendemos nada.
Constatar um erro que cometemos é sempre desagradável. Deixar de aprender com ele para não precisar repeti-lo é incompreensível e pouco inteligente. Mas cometer o mesmo erro pela terceira vez não é apenas inadmissível: exige cuidadosa análise do histórico para concluir se é caso de doença ou de pura falta de caráter.
A vida só faz sentido quando se mostra como um espiral, que eleva seu patamar a cada volta sem reincidir sobre a linha anterior. Toda vez que se apresentar como moto-perpétuo – que repete a mesma trajetória indefinidamente – está na hora de se romper com as estruturas que lhe dão sustentação.
"Tudo - mais cedo ou mais tarde - ainda nos matará: a falta ou o excesso, o meio termo ou a meia boca, a repetição, o vazio e o tédio"...
E quando eu abro a janela
E vejo você, meu sol maior,
Perco até meu compasso,
Chego a mudar de tom.
A verdade é que teu sorriso
Me desatina, me desafina.
Mas ao fim, sempre ponho em ti,
Esse tal sinal de “repetição”,
Pois, melhor eu descompassado
Que viver na ausência
Do teu sorrir.
Sua vida deve ser uma jornada de um lugar único para outro; não é para ser um carrossel que te traz de volta ao mesmo lugar várias vezes.
Os acontecimentos da vida assemelham-se às imagens do caleidoscópio, no qual a cada volta vemos algo diferente, mas em verdade temos sempre o mesmo diante dos olhos.
Na vida você tem duas escolhas: Mergulhar nas profundezas da emoção, até quem sabe encontrar um lugar encantado e novo; ou permanecer na seguridade do razo da razão, onde tudo é sempre a mesma coisa.
Onde o que acontece, já é acontecido.
Para a existência de uma civilização, não eram necessárias muitas pessoas inteligentes, mas sim uma pessoa que certa vez teve uma ideia brilhante que logo foi repetida de forma rotineira e monótona por milhares de seres humanos por milhares e milhares de anos.