Relógio Parado
Sou o que Fica -
Eu sou o que fica parado, contra o tempo,
numa espera inútil e cansada,
num espaço aberto, contra o vento,
onde a Alma está ainda agrilhoada.
Sou o que fica depois de tudo terminar,
calado, ausente de esperança,
num silêncio abrasador, a chorar,
mas com alguma Fé e Confiança.
Sou o que fica vestido de madrugada
com sapatos de silêncio à beira mar
e que caminha numa longa estrada
numa pressa incessante de chegar.
Eu sou o que fica sem ficar
a mágoa apetecida sem razão
o triste barco ao cais pronto a largar
a que o destino deu o nome de solidão.
Não fique aí parado esperando que os outros resolvam os seus problemas. O mundo só começa a mudar, quando descobrimos que o mais importante é mudar o mundo que existe dentro de nós mesmos. E são as nossas atitudes, nossos medos e os nossos defeitos. O mundo te espera!
Não tem sentido em ficar parado aqui nesse mundo esperando boas ações dos seres humanos que nem sabe que o real da vida é se colocar no lugar do própio.
Daqui da janela do quarto
Vejo o tempo passar
Com o mundo parado
Coração apertado
Quando tudo vai acabar?
Daqui da janela do quarto
Vejo a vida ressignificar
Sem muito laço
Ausência de um abraço
É assim que vamos ficar?
@som_dos_versos
Tem dias que só queremos o silêncio, ficar parado em algum lugar com pensamentos e planos a traçar. Dar um gole na cerveja e suspirar, ver que os problemas que existem dá pra sanar. Tudo irá melhorar, temos fé e com ela nada nos abalará.
o mundo gira e eu estou parado
Essa de ficar parado nunca foi meu forte
Gosto de me mover e agitar as massas
Bom é ir dormir só depois que mundo acorda.
PauloRockCesar
O berro do bueiro
Aquele som estranho dos carros bêbados
descendo a rua acelerados
e eu ali parado
vendo o movimento da madrugada
fria e dura a me espreitar.
E todo aquele ensurdecedor silêncio no ar
e o barulho dos cães latindo sem propósito
e dos galos cantando fora de hora,
enquanto os passos mudos de alguém vira a esquina em sinfônia randômica
e a orquestra da vida noturna aleatória rege o caminhar cuidadoso dos gatos
a espreita dos ratos
e dos ratos a espreita das sobras e restos
nos ralos e bueiros sujos e cinzas da avenida meu Universo.
Na calçada, esperando o caminhão da coleta passar na segunda,
o monte de lixo amontoado na esquina,
sendo revirado por todo mundo -
(cachorro, gato, rato, cavalo, gente...).
Naquela hora, a neblina que baixa sobre a rua
e encobre o plano, aumentando o drama e criando o suspense que nos comove.
Ao fundo, o som dos aviões na pista do aeroporto
aquecendo as turbinas e os motores para a próxima viagem.
De repente o rasgo abrupto
do sopro e do grito afoito
ecoando imaginação afora
e fazendo firulas no ar escuro da madrugada,
o estrondo no céu parecendo trovão
e o deslocamento massivo de ar
que canta melódico sua fúria, enquanto surfa pelo vácuo do éter febril do firmamento.
Isso encanta, mas também assusta.
De repente alguém que grita
e a multidão na praça se alvoroça
e volta a ficar muda e bêbada
e cega e suja e dura e pálida
e surda e débil e bêbada.
E o susto repentino na fala de alguém que reclama alto
e foge rápido, sem destino,
só corre por causa do risco imensurável que impõe-lhe o medo.
Sozinhos, a essa hora, todos estão em alerta por medo do que não se vê:
- O rato corre do gato
- O vento corre no vácuo incerto como o susto do medo
do vazio que traz desassossego
e do incerto que ninguém quer pagar pra ver.
Enquanto dorme o bairro só eu estou acordado...
Olhando para o tempo em silêncio,
para o vazio a minha frente,
auscutando meu coração acelerado,
tomando o último trago,
fumando o penúltimo cigarro
e assistindo de camarote a chegada triunfal do sol, antes do fim.
É ruim querer mais
Eu quero
Sempre quero
Não gosto de ficar parado
Não gosto de ficar no mesmo lugar
Passar na mesma rua é horrível
Não quero mais dinheiro
Nunca quis ser rico
Nunca quis ser pobre
Só quero mais
Mais de mim
Entender os porques
Deixar os porques virem
Viver cheios de porques
Eu só quero mais
É errado querer mais
Eu sempre quis
Mas até agora disfarcei bem
A vida é constante, mas tem um fim!
Assim como outras coisas também têm.
Não fique parado sem um começo e um meio,
pois o fim já é certo!
O ESPELHO DA VIDA.....
Um dia desses....
Parado...
Sentado....
Fui até o espelho...
Embassado ele estava...
Com um pequeno lencinho....
Limpei.....
Ao limpar....
Percebi....
Que por trás daquele espelho....
Uma alma encontrei....
E foi que....
Nessa troca de olhar...
Comecei...
Á comigo mesmo falar....
Minha vida...
Ainda criança...
Tempos de esperanças....
Minha juventude...
Meu Deus....
Belos tempos...
Foi levada pelo vento....
Muitas coisas....
Joguei fora aquele tempo
Por inesperiência....
Brinquei de viver...
Não lamento....
Mas queria voltar....
E não brincar....
Como brinquei....
Na época...
Jamais pensei....
Que hoje.....
As rugas no rosto...
Ficaria marcas...
De alguns desgostos...
Lembro.....
Muitos amigos....
Uns queridos....
Poucos verdadeiros...
Outros falsos....
Mas vivia sem malicia....
Talvez....
Uns jà partiram....
E outros se distanciaram....
Nesse tempo....
Amores se passaram...
E amores me amaram...
Na era de agora...
Ou de sempre...
Isso faz parte....
Da vida da gente....
Passei pelo tempo
Um dia talvez....
Esqueci de mim mesmo....
Nem sei direito....
Se eu soube viver...
Ou tive que esperar....
Me amadurecer....
Amores amei....
Mas também os deixei...
Hoje aqui ao relento...
Não me culpo....
Mas reluto....
Tentando encontrar...
Ou salvar.....
Antigos projetos....
Mas com sabedoria....
Quem sabe um dia...
A alma maquiada pelo tempo...
Posso eu....
Tranformar...
Em uma única...
E genuína....
Somente minha...
E demais ninguém....
Busco nos céus do espaço....
Estrelas...
Essas que podem brilhar....
Não faço outra coisa...
Sonhar novamente....
Usando a paz e amor...
Deixando tudo de horror...
Que ficou lá atrás......
Sonho antigos....
Vou correndo em buscas....
Sacrificarei meus sorrisos....
Mesmo estando nas loucuras....
Em meus momentos de amargura...
Tantos sonhos sonhados...
Momentos dourados...
Que ficaram no passado....
Aqui...
Mesmo jogado....
Não estou aleijado....
Sonhar é que eu preciso....
Na beira da estrada....
Possuido por uma força divina....
Viverei ainda momentos....
Isso eu não posso conter....
Ainda vou buscar....
O melhor de mim....
Ainda está comigo...
Essa vida que Deus me deu....
Onde foi que perdi...
Inacabado fugi....
Mas hoje eu não fujo mais....
Só agora é que sei....
O quanto chorei...
O quanto sofri....
O espelho que era embassado...
Aqui está brilhando....
Sonhos sonhados...
Serão ainda dourados....
Do tudo que quero.....
Desses meu projetos....
E foi assim....
Que eu me achei....
Autor :José Ricardo
Não me inveje não inveje oq eu tenho.
Também não fike parado perdendo seu tempo me bajulando...
Corra atrás do seu, conquiste coisas melhores que as minhas; E no final tudo será realizado com seu suor.
(não me inveje se espelhe em mim)
Quando estou parado, quieto...nada existe até que eu invente, repinte ou repense, até que eu traga de dentro daquela roda gigante que eu não fui com medo, que eu busque de uma vaga e lenta lembrança.
Pode ser uma pequena alegria, um sorriso vadio, uma gaiatice ingênua, como um bolinho de chuva numa tarde perdida lá no faz-de-conta-verdadeiro ou pode ser aquela moça da oitava série com aquela boca enorme encimada por olhos mais verdes que as esmeraldas de Bartolomeu e que nunca me deu a menor pelota.
Podem ser as centenas de portas em que eu bati (ou bateram em mim?...) e delas ouvi um sonoro e definitivo:
- Quem sabe em outra oportunidade....
Ah!...e as visões emprestadas de Dashiell Hammett com súbitas reviravoltas e seus guetos cheirando a almíscar e homens escrotos.
As brigas no bar do Tom, repletos de sujeitos engraçados, decotes intermináveis e aquelas garrafas de champagne que quebravam como gravetos secos. Melhor seria falar de suicídios sanguinolentos naquelas banheiras nojentas no Quartier Latin ou da organização das baratas, em fila indiana nas ruas do Cairo.
Esperem só um pouco, vou aniquilar toda a cavalaria de Custer, afinal os soldadinhos estão nas caixas de sucrilhos Kelloggs, ou não... eles não estão mais...
Bem, eu já falei bastante e agora vocês sabem quem eu sou ou quem eu era até uns tempos atrás, falei do mundo, de coisas velhas e de um bando de coisas guardadas no meu armário.
Um café ia bem agora, muito prazer
@machado_ac
Noite...dia...
O sol está aos poucos sumindo
Tudo esta tão parado
E a noite que vem caindo
Na terra aqui do nosso lado
O céu a azul todo riscado
De um vermelho quase alaranjado
É um silêncio engraçado
Parece um mundo encantado
Vejo no céu uma estrelinha
Já está começando escurecer
Começa uma brisa fresquinha
E um perfume de flores a me entorpecer
Agora o céu esta lindo
Todo de estrelas decorado
Vejo os satélites que vão indo
E os desenhos pelas estrelas formado
Aos poucos a bela lua
No céu vai aparecendo
Isto me traz lembranças tua
De saudades estou morrendo
O dia está amanhecendo
Ouço os pássaros a cantar
O sol esta aparecendo
O céu está a vermelhar
O sol está ficando forte
As plantas começam murchar
Quem tem sombra tem sorte
Pois o calor chega sufocar
O ar parece parado
É um calor insuportável
Esta bom para pegar um bronzeado
Ou nadar que é mais agradável
Eu só fico esperando
Que chegue o anoitecer
Pois é mais um dia findando
Para outro dia amanhecer
A liberdade não é um fato, um ato parado no tempo, imutável e inabalável como uma velha montanha. Não! A liberdade é uma jornada, um empreendimento humano milenar, cuja marcha exige sacrifícios gigantescos. Ela é um milagre extravagante, que está sempre por um fio de se perder.