Relato
o amor é forte
que não se ilude
nunca se abate
não se confunde
o amor é fato
é um relato
do melhor da vida
e que te convida
te convida hoje
para ser feliz
ou um aprendiz
enquanto em mim, age
Relato de uma professora que hoje, que seja somente por hoje, está desanimada:
Triste! É este o cenário que encontrei numa sala de aula no dia de hoje. Crianças ( pra mim são), sem perspectivas, sem ambições, rindo de uma " brincadeira" idiota que fizeram pra danificar o ventilador da sala. Poxa, o que virou a escola pública? O que virou esta juventude? O lance do ventilador não foi assim tão grave perto de todo o descaso e da falta de noção de que ali ainda continua sendo, talvez o único lugar onde alguém ainda acredita neles, apesar de tudo! E eu berrei isso tudo, berrei tudo que estava engasgado na minha garganta! Só me contive pra não chorar. O que senti foi um misto de pena, de raiva, de desgosto, de angústia...Que dia mais horrível! Estou muito chateada! Dentro de mim está pesado! Eu não consigo separar as coisas, eu até gostaria de não me importar, mas não consigo! Não consigo ver tantos jovens ali, no lugar que eu escolhi pra passar boa parte da minha vida, fazendo figuração...Que futuro eles terão? Que futuro?
É dentro desse relato inesquecível e com palavras suculentas que me delicio nas lembranças de você;
Idades de vários amores, mas você fora inigualável aos meus desejos mais apurados que a mim resistiu;
Manteve-se intacto no intimo do meu coração, como se fosse à primeira vez dos mais nobres dos relacionamentos que pudéssemos querer;
Mas, contudo os momentos se mostraram maravilhosos e esperançosos para com um futuro alcançável e possível;
E sim quero que nosso momento se repita varias vezes para acalentar o nosso pobre coração;
sensação puro desatino,
relato breve doce desejo,
puro perdido, sensato,
cálida partida ate doce,
podia ser tudo tão claro,
rebeldia, ser que não,
ter tudo ao mesmo...
calado por assim deixado,
acentuado prelúdio...
cansado sob o caos...
coração partido.
seja ai então,
o principio do fim.
por celso roberto nadilo
Relato De Um Amor Vivido
.
Eu, como todo homem, prometi para sempre amá-la da forma que merecia. Vivemos o suficiente para sempre. Nos doamos e brigamos como irmãos por bobagem.
Não tremi na hora de conhecer seus pais, nunca foi o fim do mundo passar por isso. Ela algumas vezes me esqueceu, outras me ligava em plena madrugada afirmando estar sem sono; nunca soube mentir para mim, claro que queria me ter por entre a linha telefônica!
Prometi jamais abandoná-la na ilha do esquecimento. Ela me olhava e seus olhos diziam: não consigo acreditar em cada
palavra do que disse, mas o seu amor me roubou, tanto faz o que disser!
Foi a menina dos meus sonhos, a pureza dos meus dias, o inferno da minha tristeza.
Criei com ela a esperança de um mundo melhor, um riso infinito, uma morte com vida.
Esperei nela o tempo necessário para dizer o quanto eu precisava dela ao meu lado para sobreviver.
Ela me tocava com um nervosismo único. Parecia sua primeira vez com o silêncio: lábios entrelaçando lentamente ao redor das horas.
Seus olhos cobravam do meu amor o impossível, o inalcançável; mas eu tinha que mostrar para ela que era capaz de enfrentar as feras do covil para fazê-la feliz.
Quando brigávamos, ora eu ganhava como covarde, ora ela perdia como uma dama.
Dos mil sorrisos que distribuímos pelas ruas, metade vieram depois de cada beijo. Ela era fogo, e eu adorava brincar. Foi eterno cada segundo com nossas presenças tímidas, mal intencionadas, brigadas. Poderíamos nos
matar, mas de amor seria o selamento.
Prometi e ainda cumpro: a amo a cada instante como desde quando a encontrei em uma noite sem estrelas, com luar de brilho intenso.
A culpa não foi minha, e muito menos dela.
Amamos como manda a natureza. O eterno está formado, mas em cada um dos corações.
Em cada gesto repetido.
E, como todo homem, prometi!
Relato
Meu olhar esta fixo no horizonte, esperando que o sol possa nascer novamente.
Estou perdido dentro de mim mesmo, e a cada segundo que passa estou tentando ensinar a minha alma a não se abalar com os obstáculos da vida.
Meus pés estão cansados, minha personalidade muda a cda instante, e meus olhos podem ver que se amam primeiro.
Minhas lágrimas estão cessando aos poucos e espero anciosamente o momento de me levantar e de virar essa página de dor, medo, incertezas e sofrimento.
Hoje, minha alma está destruída e meu ser procura desesperadamente pensamentos que estejam distante de tudo que faça lembrar tua existência.
Finalzinho de tarde, sentada na calçada com alguns amigos, tomando um gole de café entre um relato e outro das nostálgicas aventuras do tempo de juventude. Ouço com atenção cada caso relatado, rindo e refletindo sobre a crença na invencibilidade e os arroubos da juventude.
Ao vir os olhos dos narradores brilharem e quem ouve as porandubas, sorrir, cheguei à conclusão que coisa boa é ter história pra contar e disposição pra ouvir!
Uma flor que ama o verde...
- Em meus sonhos contemplando, o relato de uma flor, apaixonada pelo verde, verde da cor do amor.
***
- Verde é a natureza, verde é a cor do mar, seu encanto e magia, faz meu coração pulsar.
***
- Tu és uma flor formosa, contigo vivo a sonhar, tens o verde da esmeralda no brilho de teu olhar.
***
- Gosto do azul do céu, da imensidão do mar, mas o verde da esperança, é que me faz transpirar.
***
- A cor verde me inspira, verde é vida, verde é amor, oxigênio, clorofila, o vôo livre de um beija-flor.
***
- És a mais belas das flores, sempre maravilhosa, assim como a natureza, bela, radiante e charmosa.
***
- Eu fico te admirando, vinte quatro horas por dia, seu brilho e sua essência, isso e que me contagia.
***
- Quero descobrir teus segredos, me aproximar mais de ti, ser aquele amigo amante, tão perto e tão distante, pelo menos alguns instantes, ficar juntinho de ti.
Myro Lopez
(Todos os direitos autorais reservados).
Nem sempre poemas que exalam felicidade
Muitas vezes relato a tristeza.
Mas a exalto na sua mais pura essência e beleza.
Usufruindo destas linhas para frases de amor;
E das entrelinhas para sentimentos de dor.
Relato Tupi
Fui guerreiro, no passado
da grande "Nação Tupi"
Um tronco dos mais fortes
na grande terra de Pindorama
Não lutei contra a opressão
aceitei a dominação
Os jesuítas, "homens bons"
me ensinaram a rezar
Orei a seu Deus
e me esqueci dos meus.
Eu bebi do aguardente
e livrei-me do cauim.
Minha lingua esquecí
nem sei mais o que é "JACI".
Não quero tangas de sapé...
quero é terno de cetim.
O chão desta terra era sujo
botaram sandálias em mim.
Meus cocares e colares
troquei por um crucifixo
pois, com ele sou cristão
fora isso...sou pagão!
Sei que pago até hoje
pelos erros do passado
pois, naquele dia lindo
quando avistei as caravelas
eu devia é ter corrido
lá pro meio da floresta
reunido o meu o meu povo...
e ter conquistado o branco!
GINO PEDRO
ESPELHO
Com exceção do meu relato
Exprimo uma reflexão
Que na parede do meu quarto
Guardo um fato de uma foto
Exprimindo na parede
Este teu belo retrato
Paro sempre para olhar
Paro calo o meu falar
As vezes esqueço de chorar
Para lembrar de te cantar
Tua canção favorita
As vezes lembro da Guita
Exprimida no espelho espatifado
Que é a beleza do meu quarto
A beleza do meu quarto
Meu espelho espatifado...
“ Peço à licença poética,
seja cúmplice de tal relato
por ostentar a intensidade,
bendizendo o amor de fato.”
O FASCINIO DA CRIAÇÃO
Acho fascinante o relato do Genesis 1 acerca da criação, observando a utilização de cada elemento.
Para Deus criar os peixes e répteis ele deu o comando as águas(v.20)
Para criar as aves ele dá o comando aos céus(v.20b)
Para criar os animais terrestres ele ordenou à terra(v.24)
Cada ser foi criado apartir de um elemento Principal, posso dizer que os mares, o céu e a terra, sob o comando de Deus, "deram a luz" a todas essas coisas.
O interessante é que na criação do homem, Deus utiliza esses elementos, como a fonte auxiliar de sua criação, mas ele não ordena a natureza, ele diz: façamos o homem(v.26)
O elemento Principal da criação do Homem é o próprio Deus.
O mais fascinante é que a Bíblia relata que todos os seres tornaram-se "alma vivente" logo após a sua formação, diferente do que acontece com o homem que só se torna ser vivente após Deus soprar em suas narinas o folego de vida(2:7), a sua propria essência, o elemento Principal, o que faltava para o Homem se tornar ser vivente.
É como se houvéssemos saido das entranhas do próprio Deus, somos parte dele, feito por ele, a nossa essência é dele, somos filhos literalmente gerados por Ele.
DEUS, NÃO APENAS CRIADOR, MAS O ELEMENTO PRINCIPAL NA CRIAÇÃO DO HOMEM.
Relato de um renascimento:
No dia 11 de agosto de 2022 eu estava com amigos na Ponta de Corumbau, que significa “Lugar longe de tudo” em Tupi. Alguns ainda acrescentam: “e perto do paraíso”.
Corumbau estava no meu roteiro por causa do seu significado. Essa praia faz parte da Rota do descobrimento do Brasil, a qual eu havia planejado fazer de mochilão à pé. A rota também foi escolhida pelo nome. Eu estava me preparando: seria a rota do autodescobrimento.
Nesse dia estávamos especialmente cansados da noite anterior e resolvemos tirar um cochilo pós almoço. Eu dormi cerca de 20 min, o suficiente para ter um sonho impactante.
Sonhei com uma tela de celular preta com um ícone de agenda de tarefas escrito assim:
11 de agosto de 2022
Evento: Morte Júlia ✝️
Eu acordei impressionada, mas não quis dar tanta atenção, apesar de que na minha mente só havia um pensamento: de hoje não passo!
Mais tarde, havíamos planejado participar do ritual da lua cheia. Seria também a inauguração da Oca da Lua na aldeia indígena Porto do Boi (uma comunidade indígena Pataxó) e a última super lua do ano.
Durante a cerimônia, eu tive uma visão, o que chamo de uma imagem ou cena fixa na mente. E foi esta:
Eu estava dentro de um pequeno barco, sentada confortavelmente olhando para o horizonte, onde o sol se punha. Era uma penumbra de entardecer, acompanhada pela mata densa de mangues às margens do rio estreito, que desaguava no mar. O barquinho fluía sem qualquer intervenção minha. Em minha cabeça havia uma coroa de flores - delicada - como um ornamento artesanal. O detalhe que mais me impressionou na visão é que não havia remos no barquinho. Eu estava fluindo com o rio, rumo ao mar, como um delta, parte dele, com ele e através dele.
O interessante da visão é quando ela vem acompanhada da interpretação.
Logo que lembrei do meu sonho, compreendi e comecei a chorar compulsivamente.
Ainda era dia 11 de agosto e eu estava R E N A S C E N DO… leve, serena, e fita no presente. Sem precisar empurrar o barco. Sem tocar na direção. Deixando-me fluir na força do rio.
Então, lembrei imediatamente de Lispector em sua feliz advertência:
“A gente tem o direito de deixar o barco correr. As coisas de arranjam, não é preciso empurrar com tanta força”
"Alô, alô seu Rubinato
Quero fazer o meu relato
As coisas não andam tão bem
Elas mudaram de fato... Saudosa maloca, saudosa maloca
Onde samba de verdade era ser um brasileiro"
No relato de II Samuel 1.26 encontramos as palavras de Davi em relação ao seu amigo da alma: Ah, querido irmão Jônatas! Estou triste pela sua morte. Sua amizade foi um milagre surpreendente, amável muito além de todos os que conheci ou imaginava conhecer. Esse choro e declaração de Davi, partem de um coração que via na amizade, um valor exuberante. Para Davi, Jônatas era o tipo de gente que se poderia confiar e amar em qualquer momento. Esse amigo leal nunca o traiu, ao contrário, sempre o encorajou, animou e fortaleceu a direção da vida em Deus. Por isso, ele chora, chora com saudades daquele que não veria mais. E diz que essa amizade foi um milagre divino para seu coração. Que Deus nos dê amigos leais assim na caminhada!.
Depois de ouvir o relato de uma pessoa com depressão, escrevi este poema.
"ESPERANÇA
Minha alma está vazia,
Sem um pingo de poesia.
Sob o império da razão,
Fica triste, sem ilusão.
Queria ver o calor das cores,
Dos cheiros, de novos amores.
Mas o tempo está tão escuro!
Só vejo o presente, sem futuro.
O que antes era prazer,
Agora virou tarefa, dever.
A alegria que senti outrora
Despediu-se, foi embora.
Recordo-me, com pura saudade,
Daquele tempo em que a felicidade
Estava ali, sempre parceira.
Mas ela partiu, virou poeira.
Virou cinza o que era azul,
Não tenho norte, leste, oeste ou sul.
Estou só, aqui neste ponto.
Nem pra um passo estou pronto.
Meu sorriso é caricatura.
Porque rir é uma tortura
Para uma alma que somente chora,
Que anseia pela alegria, até implora.
Mas morreu aquela alegria,
Foi partindo, dia a dia,
Até pra sempre se despedir
Deixou-me assim, também querendo partir.
O que me faz permanecer na luta,
Mesmo com esta dor absoluta,
O que busco na minha lembrança...
Seu nome é ESPERANÇA."
MARCAS DA FÉ
Peço a Deus inspiração
Para contar a história
do início da igreja
um relato de memória
vivido por nossos irmãos
que já se encontram na glória
Mil novecentos e dezessete
Chegavam em nossa região
os avós do pastor “Jete”
Germano Alves Cardoso
E Olívia de Maria
De quem ele era esposo
Vindos do Rio Grande do Norte
Sob a direção de Deus
Tiveram logo a sorte
Guiados pelo Espírito Santo
Comprar uma propriedade
No sítio Lagoa do Canto
Naquela oportunidade
Não mediram sacrifício
E ao trabalho do Senhor
Foram logo dando início
E aquela comunidade
Recebeu o benefício
Pregaram o evangelho
para seus trabalhadores
almas foram sendo salvas
e a Deus davam louvores
Não temendo as afrontas
dos seus perseguidores
Com grande entusiasmo
pregavam a cruz do Calvário
recebendo sempre ajuda
no trabalho missionário
obedecendo ao grande Ide
neotestamentário
No ano de vinte e quatro
Houve o primeiro batismo
Cumprindo uma ordenança
Do nosso Cristianismo
Margarida foi batizada
Pelo pastor Cícero Canuto
O trabalho estava crescendo
E começando a dar fruto
Nas águas de um barreiro
De sua propriedade
O irmão Germano Alves
Teve a felicidade
de ver batizar sua filha
naquela comunidade
Chegada a década de trinta
Veio um tempo da aflição
A fé dos pioneiros
Passou por perseguição
Entrava em cena agora
A figura do Frei Damião
Recém-chegado da Itália
Esta era a sua missão
Perseguir o povo crente
E os filhos dos irmãos
Proibindo vender leite
E até o sagrado pão
O irmão Germano Alves
Um pioneiro da fé
Chegou a ser arrastado
Pelas ruas de Cuité
Quando ia para um culto
Caminhando a pé
Numa outra ocasião
A que ficou vulnerável
O irmão foi proibido
De pegar água potável
Em uma fazenda vizinha
um fato desfavorável
Mas Deus que é de longe
E também é Deus de perto
Operou um grande milagre
Assim como lá no deserto
Ouviu a sua oração
E tirou-lhe do aperto
Havia um poço salobro
No sítio do irmão Germano
E ele e sua família
Ao grande Deus suplicando
As águas ficaram doces
Como Deus é soberano!
Muitas foram as provas
Que esse irmão viveu
Por causa do evangelho
Muito ele sofreu
Mas Deus guardou sua vida
E ele sobreviveu
Outro testemunho de fé
E da providência divina
Foi vivido por uma irmã
De nome Maria Olindina
Que converteu-se a Jesus
Do jeito que a Bíblia ensina
Essa serva do Senhor
O evangelho conheceu
Lendo a Biblia sozinha
A Jesus se converteu
Passando a ser perseguida
Duras provas ela viveu
Antes de se converter
À nova crença apostólica
Ela era zeladora
Adepta da fé católica
E por isso sofreu censura
por descobrir a verdade
nas Sagradas Escrituras
Depois da decisão
Veio logo a consequência
Na cidade de Cuité
Não se aceitava a crença
Mas a irmã estava firme
Pra fazer a diferença
Sua vida na cidade
Transformou-se em suplício
Não podia nem comprar
Os gêneros alimentícios
Viver naquele lugar
Era um grande sacrifício
Resolveu então mudar-se
Para Barra de Santa Rosa
Pensando que a cidade
Lhe seria mais generosa
Porém aquele lugar
Já estava em polvorosa
Não imaginava ela
Que também naquele lugar
As missões do Frei Damião
Acabara de passar
De ser perseguida ali
Não havia como escapar
Por amor a Jesus Cristo
Muito ali ela sofreu
Juntamente com seus filhos
Confiava sempre em Deus
E nunca negou a fé
Que de Cristo recebeu.
Em Barra de Santa Rosa
Teve a casa apedrejada
E como se não bastasse
Ainda foi destelhada
Porém a nossa irmã
Por Deus era amparada
Seu esposo viajava
Naquela ocasião
Mãe e filhos ficaram
Sem teto e sem pão
Sem ter quem lhes ajudassem
Naquela situação
De dia o sol causticante
á noite o frio e o vento
mãe e filhos estavam expostos
à sorte e ao relento
e nem podiam comprar
o sagrado alimento
A irmã Maria da Barra
Como era conhecida
Pela sua fé em Cristo
A quem entregou a vida
Era guardada por Deus
E estava firme na lida
O Senhor não desampara
Nenhum dos filhos seus
Preparou a providência
Para aquela serva de Deus
Um amiguinho de seu filho
Ajuda ofereceu
Deus usou a criança
Durante aquele momento
E ela se ofereceu
Para comprar alimento
Trazendo para a família
O divino provimento
Depois desse ocorrido
Vejam o que aconteceu
um homem daquela cidade
um lugar ofereceu
para que os crentes pudessem
prestar seu culto a Deus
Esse é mais um testemunho
De esperança e fé
Daqueles que sempre confiam
Em Jeová Jireh
Aquele que nunca falha
O Deus que sempre provê.
Chegamos agora então
Na década de quarenta
Ano de muita luta
De uma história sangrenta
Provas que só quem tem fé
Entende e aguenta
No dia quinze de agosto
Um triste fato ocorreu
Severino Amaro dos Santos
Por causa de Cristo morreu
Foi alvejado com tiros
Depois de um culto a Deus
Naquele dia fatídico
Depois de uma oração
Voltavam de um culto
ele e outros irmãos
Quando todos foram alvo
De uma perseguição
A irmã Maria Nunes
Falava desse episódio
Vivido por nossos irmãos
Que sofreram tanto ódio
Contava a irmã Maria
Que essa história verdadeira
Foi num dia de semana
Em uma quinta-feira
Dizia ainda a irmã Maria
Que o sangue daquele irmão
Foi uma semente lançada
Na terra daquele chão
oito vidas se converteram
naquela congregação
A morte do irmão Amaro
Foi um marco para sempre
Perto do Serrote Verde
No Umbuzeiro do Crente
Como ficou conhecido
Aquele lugar referente
Aquele pé de umbuzeiro
Fala,não está mudo
Para os irmãos que escaparam
Serviu-lhes então de escudo
Um testemunho de fé
Em Deus acima de tudo
É nesse contexto de lutas
E de muito sacrifício
Que o Santo Evangelho
Chega ao nosso município
João Nunes da Silva
Um crente por excelência
Dirigia um trabalho
Lá na sua residência
com sua esposa Rita Maria
Viveu essa experiência
Ano de quarenta e nove
Enfim chegou o momento
De em nosso município
Ser levantado um templo
Chegando aos setenta anos
Desse grande evento
Naquele mesmo ano
da inauguração
também foi fundado aqui
o Círculo de oração
trabalho abençoado
do nosso meio cristão
Trabalho de grande importância
Para todo o povo crente
Maria Silva e Donzinha
As primeiras dirigentes
Fiés servas de Deus
Mulheres muito prudentes
A igreja foi crescendo
Em meio á perseguição
Contando com o fervor
Das mulheres da oração
Que a Deus sempre clamavam
Na sua intercessão
A oração dos fiéis
Era o grande combustível
Para acontecer milagres
Do grande Deus do impossível
Curando até doença
Que era irreversível
Muita coisa aconteceu
Durante esse trajeto
De acordo com os relatos
Da irmã Nevinha Neto
Que fez parte dessa história
Vivendo-a bem de perto
Dizia a irmã Nevinha
E o irmão Francisco Plácido
ser crente naquele tempo
Não era assim tão fácil
Por causa da perseguição
O momento era frágil
Foram tempos tenebrosos
Vividos por nossos irmãos
Afrontados com palavras
Apelidos e agressão
Mas não negaram a fé
De verdadeiros cristãos
A marcha dos fiés
Não pôde ser impedida
O trabalho foi crescendo
E Jesus salvando vidas
Deus sendo glorificado
e a vitória garantida
Assembleia de Deus
E a sua história de fé
Na cidade de Picuí
Permanece de pé
Edificada na rocha
Na Pedra Ebenezer
As marcas dessa história
Jamais serão apagadas
Diante do grande Eu Sou
Permanecem registradas
E por todo o povo de Deus
Serão para sempre lembradas.
Relato de um sobrevivente:
Parece que o mundo está em obras. Menos eu, que também preciso de reforma, mas não agora. Gostaria de fugir daqui, mas estou sem disposição para sair. Gostaria de chegar a um lugar tranquilo, mas sem ter de ir. Estou sem coragem até mesmo para respirar.