Reflexões sobre Solidariedade
"Meu corpo sofre uma transformação: ele não é mais limitado pela pele que o cobre. Expande-se. É o jeito de ser do meu próprio corpo, movido pela solidariedade".
(Em “Assim acontece a bondade” – Crônica de Rubem Alves. Extraída do livro: As melhores crônicas de Rubem Alves – Página 13. Editora Papipus – Campinas – SP. 2012)
Se você deseja abrir portões, pratique a fraternidade; se deseja abrir portas, pratique a solidariedade, mas se deseja abrir portais, pratique a caridade.
A verdadeira felicidade nasce em nosso coração quando somos capazes de pensar no bem do próximo, mesmo quando estamos vivendo uma situação que para nós se apresenta como um problema.
Quando colocamos as outras pessoas em primeiro lugar, não estamos nos colocando em segundo e sim ao lado delas no primeiro".
E agora que o sono bateu e o corpinho espreguiçou, eu me pergunto: por onde anda o amor? Agora que a mamãe deixou o leito, fechou a porta devagarzinho para não fazer barulho, eu me pergunto: o que o mundo se tornou? E se o fim for o melhor começo longe daqui, será que devo acordar? Vale mesmo a pena ficar? Talvez exista um lugar melhor...
As tragédias destroem mesmo que momentaneamente o individualismo que dá lugar ao mútuo respeito e a solidariedade.
Ao plantarmos o bem, por meio do cultivo da caridade, obtemos a única certeza de que, no amanhã, a colheita futura, poderá ser de terna prosperidade.
Pior que não acreditar na capacidade que se tem para amar é achar que é muito importante para preocupar-se com quem nada tem para viver.
Os animais tem todas as qualidades que os seres humanos deveriam ter. Amam, devotam, tem lealdade... Vemos muitas espécies terem até caridade, solidariedade para com os seus. Não sabem o que é egoísmo do ter, nem a ganância do poder pelo poder. Sentimentos nobres que a humanidade sendo o ser pensante da natureza deveria ensinar, e não precisar aprender!
Diz o Sábio que na antiguidade, em um povoado distante, as pessoas haviam se tornado frias, egoístas e pouco solidárias.
Reclamavam da frieza uns dos outros, mas não se permitiam mudar. Uma criança muito sensível, ao ver o que se passava, dirigiu-se aos céus e clamou uma ação do Divino, pedindo que lhe mandasse um sinal a fim de mudar o pensamento das pessoas do povoado, e após sua reflexão, adormeceu.
No dia seguinte, fora acordado pela sua família, pedindo que levantasse logo, pois algo muito estranho acontecia... Sua mãe lhe disse que o Divino lançara sua fúria sobre o povo, e que algo gélido, branco e intenso cobria as pastagens e deixava as pessoas com tanto frio a ponto de quase congelarem.
Vendo suas lavouras e animais sendo cobertos pela neve, as pessoas não tiveram escolha senão ajudar umas as outras para que pudessem salvar o máximo de animais e alimentos que conseguissem, e assim o fizeram. Porém, a noite chegou, e com ela, a neve mais e mais forte, tornava a situação calamitosa.
Vendo toda a situação e o frio a castigar a todos, o menino então sugeriu que em vez de cada família ficar em sua morada, poderiam todos ficar juntos, assim, o calor humano os ajudaria a suportar o frio, o que foi aceito por todos.
E Como em uma grande corrente, todos, em círculo, feito um caracol, se aninharam, e juntos, conseguiam suportar o frio da noite.
Antes do amanhecer, o menino, com sentimento de culpa, explicou seu pedido ao Chefe do povoado, e pediu perdão por submeter seu povo a tal sofrimento. Porém, foi abraçado pelo Líder, que com os olhos cheios de água, pediu perdão ao menino por deixar que a comunidade se torna-se um mau exemplo para crianças como ele. Se abraçaram bem forte e adormeceram.
E tamanha foi a surpresa de todos ao ver que, no dia seguinte, o sol brilhara majestosamente e o céu parecia mais azul do que nunca... A tormenta teve fim.
Com pulos de alegria, cânticos e abraços, o povoado festejou o “perdão Divino”, e logo recomeçaram suas atividades rotineiras.
No dia seguinte, logo após o amanhecer, o menino pediu ao Líder do povoado que reunisse a todos, pois durante a noite tivera um sonho, onde o Divino lhe revelara um comunicado...
Foi então que o menino, relatando seu sonho, disse que a tempestade que ocorrera não seria a única, e que todos os anos ela se repetiria... Falou mais, disse que quando os primeiros flocos gelados caíssem do céu, que servissem de alerta e reflexão sobre a união, a bondade e a solidariedade.
Finalizou o menino dizendo que a este fenômeno, chamar-se-ia Inverno, e que seria uma época para não se pensar no frio, mas no calor humano que todos possuem e podem compartilhar.
Dinheiro nunca comprará um verdadeiro amigo, nem o viver eterno neste planeta. Aliás, o vil metal pode até retardar a morte, porém, evitá-la jamais. Por isso, viver bem é ter materialmente o razoável para transpor cada dia, é estar em paz consigo mesmo, exercitar a fé através da caridade, da solidariedade, é regar o amor dentro de si, tendo a capacidade de dividi-lo com todos os semelhantes, inclusive com possíveis desafetos
Amigo é aquele que não tem receio de chegar para você e olhando em seus olhos dizer algo, que apesar de saber que vai lhe desagradar, contudo, tem a consciência de que sua fala traduz a verdade que dói e que você não desejava ouvi-la.
QUE A HUMILDADE E PUREZA, PROPAGUE EM NOSSAS ALMAS DE FORMA COTIDIANA, PARA QUE POSSAMOS SER SOLIDÁRIOS E AMOROSOS COM O PRÓXIMO.