Reflexão sobre a Morte
A PASSAGEM
Vai passar
Sempre passa
Tudo passa
Tudo muda
Tudo vai
Tudo morre
Assim como o momento
A vida é efêmera
O amor por ninguém vem de forma gratuita. Se a pessoa não lutar para mantê-lo vivo, ele pode facilmente morrer aos poucos.
Que olhos são esses, morena?
Negros sem distinção.
Tão negros que, nem o meu reflexo posso enxergar.
Tão negros que, nem sei admitir se realmente existe um fim.
Nossa morena, é tanta escuridão que você carrega nesse olhar, que resolvi te chamar pra dançar.
E daí, se não tem música, ou som, ou ritmo ?
Eu quero dançar.
Nós vamos dançar.
E o que dançaremos? Dançaremos a noite sem luar, escura e profunda, como seu olhar.
Que beleza sublime é essa que me atrai?
Tão oculta, misteriosa e sombria.
Morena, não feche esses teus olhos, por favor!
Porque hoje, eu te farei bailar.
Pedaços de mim. Pedaços de mim espalhados pelo chão podre e sujo do centro da cidade.
São pedaços tão pequenos que não consigo mais juntar.
Cada pedaço num ponto. Cada ponto me lembra você.
Me lembra da vida que deixei de viver....me lembra que você sempre fez parte de mim.
Como juntar tão pequenos pedacinhos?
Como? Se a cada novo momento um novo alguém pisa nos caquinhos, e os transforma em farelos.
Então eu pego um caco....o mais pontiagudo...e cravo-o bem fundo na minha carne, suada de tanto andar sem rumo. Cansada de tanto chorar.
Não dá mais. Eu não consigo mais respirar.
Quero me lembrar do amanha
Quando eu nao estiver mais aqui
Nao verei o passaro voar
Nao ouvirei o galo cantar
Nao sentirei o vento soprar
Nao falarei de amor por ai
Minha mae, pobre mulher, de desgosto nao vai mais me ver
Meus amigos de desgosto nao vão mais sofrer
Quando eu me for por ai
Quando eu me for por ai
Morrerei apenas uma vez
E nao todos os dias
Quando morro de ansiedade
Quando morro de vontades
Quando morro das dores
Que carrego comigo
Do peso da cruz da razão do inimigo
Existencia do por vir...
Quando eu me for por ai
Com o país a ruir
Com as palavras cair
Com a alma sair
Com a morte parir
Um ideal
Uma ideia genial
Um espetaculo sensacional
Por que tudo o que é vivo morre
Tão natural
Nada mais normal do que por à pena um ponto final
Quando eu me for por ai
- O homem normalmente nasce enganado, vive enganado. O diabo é que no final morre enganado, pois não consegue enganar a morte (que é mulher).
Qual o segredo da Juventude? Qual o segredo de tamanha beleza? És elegante quando quer, madura como uma flor, delicada como uma Rosa, mais apesar de tantas qualidades escolheu ser jovem eternamente, como uma criança que se diverte com as danças da vida girando o mundo com o seu calor e alegria...
Todos nós nos machucamos, temos problemas, nos cansamos, e até se desesperamos, mas a grande diferença é que quem confia em Deus tem a vitoria garantida e encontra paz mesmo em horas indesejáveis. Já o tolo perde-se em sua ignorância como que querendo perder o dedo pra não sentir dor.
O "dá nada não" é quando relativizamos algo que na verdade tem consequências a curto e a longo prazo e como nos cegamos em nossos desejos momentâneo ficamos por achar que não dará nada, sendo que tudo é um processo e não partes isoladas.
Uma carta de adeus
Olá, Morpheus, o teu coraçãozinho parou hoje, e me despedi de você com lágrimas no rosto e coração partido.
E assim você também se foi... E sou forçada a dizer a todos porque, talvez eu tenha te transformado em uma figura pública. Estavas em muitos dos meus escritos e na maioria de minhas fotos. Eu me sinto mutilada. E não importa se as pessoas entendem, sabe... Não me importo se me chamam de exagerada, de trágica. "Todo esse drama por um gato". Mas olha, vou te dizer, meu querido Morpheus, eu até entendo.
E digo mais, se eu estivesse no lugar deles, pensaria a mesma coisa: TODO ESSE DRAMA POR UM GATO.
Porque eles não se importam. Não estavam aqui, digo, aqui perto. Não estavam conosco. Não estavam naquela tarde de janeiro quando eu abri os portões da minha casa, quando acendi a luz e escutei o teu primeiro "Miau". Quando desci do ônibus e nos olhamos pela primeira vez.
Ao invés de dizer "Quem diabos você é?", você me olhou estreitando os olhinhos verdes e começou a ronronar, assim, na confiança, mesmo sem me conhecer. Eu disse "vamos lá, vou cuidar de você pra sempre" e aquele pra sempre, foram apenas três meses. Três meses de um milhão de aventuras.
Todo esse drama por um gato. Eles não estavam contigo, meu caro rapaz, quando eu te ensinei a fazer suas necessidades no lugar certo e tu, mas que um gato que caga e mija, parecia um empresa de terraplanagem. Eras um traquina magro e longo, com orelhas, calda e patas proporcionais. Não, querido Morpheus, eles não estavam aqui quando eu te ensinei a subir na porta de casa e na árvore. E a descer, obviamente. A princípio você parecia um tetraplégico, que acabou de se curar, depois, em duas horas, subia e descia como um flash. E eu como uma mamãe que tinha acabado de tirar as rodinhas da bicicleta do filho, me comovi e te abracei.
Eles não estavam quando várias e várias vezes eu estava fazendo trabalhos da faculdade e você constantemente ficava em frente ao PC. Não estavam quando dormimos muitas noites juntinhos. E nem ao menos quando eu estava falando com algum garoto e te perguntava: "O que você me diz? Esse tá bom?" e me olhavas com cara de abusado. Não estavam quando você subiu na mesa e comeu meu pedaço de frango e eu fingi que não estava vendo nada. Bem, você sabia que eu estava vendo. Todo esse drama por um gato. E era sempre só eu e você, quando eu chegava em casa cansada e você queria fazer "massagem" na minha barriga, eu girava e você fazia "massagem" nas minhas costas. Não estavam quando as pessoas te faziam mimos na rua. Tudo você fazia. E eles não estavam aqui. Estavam todos ocupados fazendo filhos, namorando, se casando, esse tipo de coisa, de adultos, enquanto eu estava contigo, contando sobre o dia ruim que tive no trabalho, na faculdade, sobre as brigas com minha mãe... Não tinha ninguém quando eu começava a chorar e você chegava. Você sempre chegava.
"Não chore mamãe", e acariciava com o nariz no meu queixo, enxugando o rosto molhado. Não estavam aqui quando você consumiu uma das suas vidas sendo ainda bebê, por acidente. Não, não estavam nem aí pra nada. Era eu e você. Nem quando você tomava banho e em seguida rolava na areia, se sujando de novo. Todo esse drama por um gato. Claro, ninguém estava aqui. Ou quando você me mordia de verdade, sem parar. Não, lindo Morpheus, eu não espero que me entendam. Talvez pensem que estou exagerando... Eu deixava que você fosse o único ser vivente a me ver triste, porque você sabia o que fazer. E sempre fez. Certas coisas eu disse só a você, certas lágrimas eu chorei só contigo. Não, não estavam aqui, nem ao menos naquela noite quando eu acordei e fiquei observando teu corpinho por várias horas.
E ninguém estava aqui essa manhã quando comecei a chorar na sua frente. Não estavam quando tive que me despedir do meu menino espetacular e único. Meu melhor amigo, um pedaço de mim. Ninguém nunca entenderá e não me importa. Ninguém estava aqui e nem agora que escrevo isso chorando, incapaz de parar por um minuto. Vai em paz meu bebê, você me deu tudo, agora pode repousar, espero ter te dado um boa vida, te juro que fiz o possível. Eu te amei como um filho, talvez aquele que eu nunca terei. Todo esse drama por um gato. Ninguém entenderá jamais, ninguém estava aqui. Não estão aqui nem mesmo agora, nessa casa, que de repente tornou-se vazia.
Todo monoteísta é dualista, isto é, admite a existência de um Deus transcendente, de um Deus-pessoa, residente em alguma região longínqua do cosmos, com o qual o homem espera encontrar-se depois da morte.
(MORRER)
Morrer é viajar pra um destino oculto, sem saber se é perto ou longe; se é bom ou ruím
Morrer é se ausentar da presença dos que ama, deixando a saudade no lugar
Morrer é conseguir livrar-se de uma vida pautada pela dor e o sofrimento
Ou talvez;
Morrer é pegar os amigos e entes queridos de surpresa, enchendo-os de perguntas sem respostas e angústia infinda
Morrer é ser obrigado a interromper projetos e planos programados durante toda vida
Morrer é levar filhos a aprenderem a viver sem aquele carinho e proteção
Morrer é fazer com que aqueles que ficaram descubram o quanto são fortes e quanto a dor é capaz de lhes enriquecer na fé
Morrer é devolver a Deus o fôlego que lhe foi concedido, até agora.
Pare, reflita se você morresse agora, qual será o seu destino final? Bom já que você pensou e teve sua conclusão, veja se vale a pena continuar assim, pois, nunca se sabe a hora da morte.
Que pena eu tenho das flores,
Em meio a tantas dores,
Até pra ser flores devem ter sorte.
Só elas tem perfumes por isso, convencidas
Só que umas nascem para enfeitar a vida,
E outras para acompanhar a morte.
Reclamar da lentidão das horas,
É perca de tempo, é falta de sorte,
É subtrair a vida, é deixar de ser vivida,
É se apressar na contra mão da morte.
Quando o corpo envelhece é nessa transição que a alma rejuvenesce para um novo despertar. Não tema a morte, a vida é centelha divina e estará sempre acesa, apenas oscila essa chama com o sopro do vento (ciclo) no tempo... mas saibas tu, que nesse instante é Deus que boceja para que um novo despertar se recrie e abre os braços de amor esperando por ti. Vida e Morte são um eterno despertar todos os dias.
As pedras quando esfareladas, se pulverizam e espalham-se ao vento, daí é de se observar que até nisso somos iguais, pois tanto aos homens quanto às pedras o tempo imperturbável transforma em pó.