Reflexo da Minha Sombra
No silêncio profundo da noite, onde tudo é mistério e sombra, minha alma de perde em devaneios, e meus pensamentos de desdobram.
Na profundidade do meu ser, sinto o universo inteiro.
Sou um oceano a transbordar, e não sei se quero ou se espero.
As palavras escapam de mim, como pássaros livres no ar. E eu me perco nesse labirinto, sem saber como voltar.
Mas é nessa imensidão de mim que encontro a minha verdade. E percebo que a vida é assim, uma busca sem fim, sem idade.
Eu sou o que sou, sem definição, sou a soma do que vivi.
Mesmo que a vida seja escuridão, é preciso olhar além do que se vê. A beleza está nas coisas simples, que as vezes não sabemos ver. É preciso olhar com os olhos da alma para verdadeiramente viver.
E hoje eu escrevo essa poesia, com a alma cheia de você.
Sábado
Sombra fria
Música no celular
Movimentação na rua
E na minha cabeça
Fecho os olhos
Peço e agradeço
Quase não acordei
Quase não levantei
Quase...
Sozinho num dia estava
Sozinho hoje me reergui
Sozinho vou continuar
Por mim e só por mim
Eu passei minha vida toda à sombra de outra pessoa. É a única vida que eu conheço. Agora é a hora de aprender a caminhar pela vida sozinha.
Até ontem, era apenas uma sombra na percepção alheia; hoje, torna-te a ausência que ecoa em minha existência.
Tenho estado presa em minha sombra
Mas nela não posso confiar
Me sinto num pesadelo sem fim
Onde nem posso sonhar
Hoje, sinto como se a escuridão estivesse envolvendo minha alma, como uma sombra sufocante. A tristeza pesa, quase consigo senti-la, me levando até o limite, à beira do abismo, quase pronto para deixar tudo para trás, como se o mundo não fizesse a menor diferença.
Mas então, como um raio de luz em meio à escuridão, uma epifania atravessa minha alma. Não sou o único culpado nessa tragédia da vida.
Há uma única vítima no rastro da destruição: meu filho. Seu olhar inocente, sua presença frágil, são um eco de esperança em meio ao caos.
A culpa não será mais minha única companhia. Ela se tornará a força que me impulsiona para continuar. Por ele, permanecerei firme, enfrentando os ventos tempestuosos da existência. E se, por acaso, ele não fizer questão, então, ficarei por mim.
SONETO A MINHA MÃE
Estar sozinho é como estar no deserto
Sem água, sem sombra.
Estar com a mãe é como estar em pasto
Hidratado e cheia a pança.
Mãe acalenta pela presença
Palavras de amor sem pressa
Com paciência aconselha
Demonstrando amor à beça.
Estar com a mãe no deserto
O calor não maltrata
O frio não machuca
O fastio dura um período
Embora sinta um vazio
A mãe abraça com afeto.
Sombra presente
A sombra tornou-se minha porta-voz
Aquela que fala por nós
E que aqui dentro ocupou um território extenso
Dando-me certeza de onde pertenço.
Nômade com certeza absoluta
Mas com um fraco pelo que assusta
E que vagueando pelo solo de folhas mortas
Entendeu ser fruto de manipulativas cordas.
Amante da noite luxuriosa
Com desejo por momentos quentes que não tem volta
E com o vento gelado socando a minha cara
Percebi que felicidade sempre é rara.
O peso do mundo nunca é suportável
A alegria? Inalcançável
E quando Deus parece ser menos bondoso
O fruto proibido se torna mais saboroso.
Símbolo de rebeldia
A noite que derrota o dia
E que doce como o pecado
Diz que às vezes prazeroso é ser errado.
É que o belo nascer do Sol ao fundo
Que faz esquecer de quanto aqui é imundo
Pinta o céu de laranja as seis
E então, a falsa esperança se fez.
Honesto mesmo é o entardecer
Afinal quando as trevas dentro de mim começam a crescer
Vem a tona os crimes que eu
Jurei nunca, em hipótese alguma, cometer.
mandei a tal mensagem.
e comecei a contar discretamente segredos que nem minha sombra sabia.
pensei muito, pensei bastante se diria ou não a ele. mas eu disse.
então, logo depois de tantas pegadas, e pistas que deixei no chão, ele me disse a seguinte frase.
“Se for da vontade de Deus, nós vamos dar certo sim.
Porque eu quero unir propósito.
Não só Alma e corpo.
Alma e corpo é fácil.
Eu gosto do difícil.”
A, que coisa tentadora.
Foi por tal pessoa, por felicidades com tal pessoa que comecei a escrever este livro.
e vai ser junto com ela, que vou terminar de escrevê-lo.
isso seria tão pouco pra te descrever tanto.
eu não creio que estou com vontade de chorar feito criança por um amor que ainda tem pouco tempo, mas que tomou conta de meu corpo.
É como se eu te sentisse pulsar dentro, de minhas mãos, meus braços, minhas pernas, meu respirar, meu coração.
Sentir suas vibrações em meu sangue.
o brilho de seu sorriso nos meus olhos
e sua alma presa a minha.
DESAPEGO
na minha face, além do olhar perdido, a sombra da idiotice,
a morte é uma carta que a previdência teima em não enviar
por isso pratico a vilania como um esporte
e não entendo o que se pode esperar de mim
vejo a queda em chamas das almas dos viciados
p'ra que a credibilidade? é único o caminho das sombras
deixo nada nas malas velhas e mofadas
e o olhar de louco a síntese da condição que me dei
a desconfiança do desapego à matéria alarma
quem julga o próximo pelo terno
e pelo talão do cheque da alma vendida
porque apenas o nariz é o senhor do meu destino
Eu acho que a minha sombra dorme muito cedo, quando escurece, ela desaparece, só retorna quando o sol nasce.
✍️: Sempre ouvi minha mãe dizer que o Sol nascerá para todos, mas a sombra para bem poucos. Nunca encontrei uma sombra, nem a do boi. Só a da natureza Deus Pai/Mãe manifestados em frondosas árvores oferecendo sua sombra a qualquer ser sem distinção.
(…) e desde o dia em que partiste, vivo nas sombras que vestem o tempo.
A minha companhia é a Esperança que, teimosamente, se nega a abandonar-me!
Espero-te sentada np horizonte deste querer, e no mais fundo de mim … sonho te!
A minha vida inteira rejeitei o VENENO. Eu condenava todos aqueles que destilavam seus venenos. Hoje percebi que tenho admiração por venenos. O veneno não é mal. Observo claramente que no antídoto existe uma pequena dose de veneno. Foi então que percebi que só existe o BEM. Eu julgava as coisas como ruins sobre o meu ponto de vista, na tentativa de ser bonzinho. Tentando sustentar a máscara da bondade, eu escondia os meus desejos mais profundos. Eu era falso e não percebia isso. Entendi também que o excesso de veneno era um desastre. Eu ficava totalmente inconsciente de quem eu realmente era. Gastei boa parte da minha energia para ser uma coisa que eu não era lá no fundo. A verdade era que eu me culpava, se eu estava fazendo algo certo ou errado. Como isso me atormentava. Eu me sentia preso nesse padrão. Hoje apenas me permito ser. Aprendi que todos os sentimentos são importantes. Aprendi que tudo converge para o AMOR. Não existe erros absolutos, por mais cruéis que pareçam ser. Entendi que tudo é relativo. Existem N cores e facetas. Onde vejo e reconheço o mal, é apenas um equívoco de minha parte. É como se estivesse com os olhos vendados. Porém o CALOR da LUZ foi tão forte que mesmo não querendo enxergar nada, enxergava. Eu queria ficar com a venda nos olhos para não enxergar a realidade. Mas não consegui e tive que ceder. Agora enxergo vários "defeitos" e muitas facetas da minha personalidade que eu mesmo não enxergava. Pelo menos agora sei quem eu realmente sou. E por incrível que pareça aprendi a gostar do que eu vejo. Parei de colocar força nas minhas mentiras e agora estou aqui inteiro. E pleno. Sentindo uma leveza e liberdade para me expressar verdadeiramente. E sabendo do poder que eu tenho, escolho utilizar todos esses recursos para o BEM MAIOR. Eu precisava admitir minhas fraquezas para finalmente me tornar mais forte. Enquanto eu tentava mostrar para o mundo que eu era forte, mais fraco eu me sentia. A pessoa que realmente é forte aprendeu a lidar com suas fraquezas sem ser dominado por elas. Essa é a chave.
Na Energia da Transmutação
Metáfora de Bruno Marx Neme
No meio do sol você foi a minha chuva. No meio da chuva você foi a minha música. No meio da dança você foi o meu par.
No meio da chuva você foi o meu sol. No meio do sol você foi a minha sombra. No meio da sombra você foi o meu descanso.
PEITO MURALHA
Minha bagagem,
Um milheiro de tijolos
Que carrego com brava vocação
E tremenda desvantagem,
Quando oscilo entre choro e riso.
Ora murmuro
Ora sussuro
Por ora, só um muro.
Por ter muralha no peito,
Quem quiser deitar à sombra,
Pode escorar a alma toda
Até fazer as pazes com o sol.
E não pode se assombrar com os vultos.
Deve podar qualquer arbusto que ornamenta
Esse caos monumental.
Quero correr. Quero ir o mais longe que posso, mergulhado na minha imaginação. Quero sentir em meus ossos todos os sentimentos superficiais à pele. Quero mergulhar num oceano de lágrimas salgadas e acreditar num mar infinito de sensações. Quero me juntar às sombras que me rodeiam e ser um foco de luz pro meu futuro.
Eis que duas sombras confundiam-me
A primeira encontrava-se a minha esquerda
ERA A DÚVIDA
Inquieta, indecisa escuridão
Queria algo me falar
Veio a noite
E de seus segredos não soube
A segunda sombra estava a minha direita
ERA A ESPERANÇA
Serena, tranquila paz
Porém, não conseguia disfarçar
Também queria algo me falar
Veio a noite
E de seus segredos não soube
Na escuridão, sozinho fiquei
Sem minhas duas sombras
Queriam algo me falar
Mas a escuridão não permitia
Nada pude fazer
O Senhor não estava comigo
Nem eu com ele
Só trevas havia
Só o silêncio ouvia
Nada mais enxergava
Só o frio sentia
E o fim, por fim chegou
Jamais ouvi os segredos das sombras
Não chegaram a conhecer a luz
Talvez queriam algo falar
QUE EU ERA A ESCURIDÃO
E eu passo, tão calado como a Morte,
Nesta velha cidade tão sombria
Chorando aflitamente a minha sorte
E se, neste país, um dia decidirem
à minha memória erguer um monumento,
eu concordarei com essa honraria,
desde que não me façam essa estátua
nem à beira do mar, onde nasci –
meus últimos laços com o mar já se romperam –,
nem no jardim do Tsar, junto ao tronco consagrado,
onde uma sombra inconsolável ainda procura por mim,
mas aqui, onde fiquei de pé trezentas horas
sem que os portões para mim se destrancassem.