Reconhece
Reconhece-se o animal como um ser e ele sentirá, gerando a condição necessária para uma relação mais profunda com as almas.
O ser humano tem uma facilidade enorme em achar os defeitos alheios, e quase nunca reconhece suas próprias desvirtudes.
CRENDICE
Quem me disse fui eu...
Achava que jamais iria envelhecer
Mas a gente reconhece a velhice
Na esquisitice de ver a mãe da gente morrer
E continuar a viver em nós.
Na historiografia, há “relativismos” e relativismos. Concordar com a posição que reconhece as implicações da relatividade de todo ponto de vista para a História, e com ao fato de que a historicidade também atinge radicalmente o próprio historiador, não deve ser pretexto para considerar a historiografia inoperável, ou mera redução ao discurso.
O “relativismo absoluto” – se pudermos utilizar essa paradoxal expressão no sentido de um 'relativismo radical' que termina por se voltar contra si mesmo – no limite pode considerar que no decurso da historiografia só há opiniões, todas válidas, e que estas diversas opiniões e análises que emergem dos trabalhos dos historiadores estão sempre destacadas umas das outras, presas aos seus Presentes e às subjetividades pessoais de cada historiador. Este tipo de relativismo leva de fato a uma inoperância. O relativismo útil, contudo, é aquele que – ainda que considere a relatividade de cada posicionamento historiográfico e análise – reconhece que na Historiografia há algo que se acumula e que contribui dialogicamente para as futuras análises historiográficas. A Historiografia está repleta de análises sobre eventos históricos específicos que hoje já são descartadas, por terem sido refutadas empiricamente através das fontes ou por não terem sobrevivido no plano de logicidade de suas argumentações à luz de novos conceitos e desenvolvimentos das reflexões historiográficas.
Diria o “relativismo absoluto”, talvez, que estas posições que indicamos como “descartadas” são tão válidas quanto outras, pois são pontos de vista como os demais. Mas rigorosamente não é assim. Tanto existem as posições e análises historiográficas que vão sendo descartadas ao longo do desenvolvimento da historiografia por falhas irrecuperáveis no nível empírico-lógico, ou em função de descobertas irrefutáveis, como existem análises interessantes e válidas que vão se acumulando no decorrer da história da historiografia, alimentando outras, abrindo caminhos, permitindo que haja um acúmulo maior de complexidade que permite dizer que a historiografia relativa a certo problema histórico examinado não deixa de progredir de alguma maneira. Não se trata de um “progresso” no sentido iluminista, de verdades irrefutáveis que vão superando outras, mas de um progresso ao nível de acúmulo de complexidades, de repertórios de análises, de enriquecimento dos desenvolvimentos conceituais e metodológicos. Não há por que negar este progresso teórico-metodológico – ou, se se quiser, este “enriquecimento teórico-metodológico” que vai beneficiando de uma maneira ou outra a historiografia à medida que ela recebe mais contribuições pertinentes.
[trecho extraído de 'Teoria da História, vol.2 - Os primeiros paradigmas: positivismo e historicismo'. Petrópolis: Editora Vozes, 2011, p.187]
E qualquer homem que não conhece, ou não reconhece, ou não respeita, os limites da razão, é um tolo, ou possivelmente um louco.
O Ego nos faz acreditar que o foco deve estar no individual mas a sabedoria reconhece que a potência está no coletivo!
O homem das trevas não reconhece as obras da Luz até que seu espírito esteja livre dos seus próprios delitos.
Se a agenda de um líder não reconhece a primazia de Deus, não valoriza a sua família e não treina os seus funcionários é possível que o tempo mostre o fracasso,
a frieza e o desgosto em seus negócios como um mero ‘burrocrata’.
Todo aquele que, tendo a sabedoria de Deus, reconhece que
o mundo toma sempre decisões precipitadas, frustradas
e do tempo da pedra.
Grande é o Senhor com Sua misericórdia, porque reconhece a necessidade das almas que O buscam de todo o coração.
Quem tem conta em cemitério, reconhece que a vida é curta demais para não fazer muitas dívidas, exceto a última: não pagar pelo seu próprio enterro.