Realidade é Verdade
As borboletas nem se lembram de quando eram lagartas. Saíram da crisálida e ganharam a liberdade. Analogamente, para quem assimila a Verdade Maior, já não há mais volta à condição anterior: vive uma nova realidade.
Sonhos são sempre sonhos,
Daqueles que te usam para realizar os deles
Criam imagens, gostos e sons
Feitos com filmes e músicas
Criados para fazer você querer o futuro deles
Para eles
Quando você não tem nada para te alegrar
Além de uma história
Quando você não tem como sair
E só pode sonhar
Mas este sonho não é seu!
É DELES!
Sempre foi...
Onde é que andam os teus sonhos
E aqueles pensamentos risonhos
De mudar o mundo?
Senta aqui um segundo, vamos conversar
Eu quero ouvir da correria da tua vida
Da tua falta de tempo
Das lutas e das tretas
E também do fundo daquela gaveta
Onde eu sei que os teus sonhos foram parar
Onde é que anda aquela criança
Que via a vida como uma dança?
Hoje ela cresceu e se tornou você
Mas eu sei que de vez em quando ela te visita
E quando ela vem, você acredita
Ou prefere a esquecer?
E dizer que a vida adulta não dá margem
Tirar um dia pra ser criança é bobagem
Porque você tem muito mais a fazer
Quando foi a última vez que você andou de pés descalços?
Quando foi a última vez que surpreendeu alguém que ama com um longo abraço?
Quando foi a última vez que tirou um dia 100% pra você, sem pensar em mais nada?
E quando foi a última vez que você chorou… mas de tanto dar risada?
E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
Você já parou pra pensar que o tempo com seus pais e avós é extremamente limitado?
Que o teu cachorro tão amigo não vai passar a vida inteira do seu lado?
Que os anos só vão seguir voando de um jeito cada vez mais veloz?
E que se você não tem tempo agora
Você vai arranjar tempo, mas vai ser naquele dia que te faltar a voz
Vinte, trinta, quarenta, cinquenta
Década após década, essa chance só aumenta
Com sorte… Com sorte a gente vive, sei lá, mais ou menos até os oitenta
Quando tempo você ainda acha que tem?
E mais do que isso: quanto mais você aguenta?
Quantas despedidas você ainda tem pela frente?
Quantas dores, machucados, decepções com todo tipo de gente
Quantas vezes você ainda vai votar pra presidente?
E será que a gente vive pra ver pelo menos um político decente?
A vida conta mesmo é nos pequenos momentos
Você vai ter derrotas, quedas, mágoas
Daquele nosso time rebaixamentos
Mas o mais importante de tudo e que eu acho que vocês estão esquecendo
Quantos pequenos sorrisos ultimamente você anda tendo?
E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
É natural que haja conflito entre a percepção dos fatos e os dados oficiais. Os números traduzem a visão do controle do estado e os nossos sentidos traduzem a realidade da vida.
Enfim somos mais cores, vibrações, energias e ondas espirituais que matéria física dentro de um mundo imaginário bem distante da verdade.
Quando falamos e fazemos, assumimos dois compromissos e demonstramos disciplina. Quando apenas falamos, somos geradores de ilusões. Quando fazemos as coisas sem falar, somos mais realistas.
Quem vive de aparência
é como um ilusionista...
tira o coelho da cartola,
engana à primeira vista.
Mas fugir da realidade,
escondendo a verdade,
não trará uma conquista.
Durante um dos meus sonhos,
cheguei num lugar mágico que era repleto de vida,
fiquei logo admirado,tudo era muito bonito,
com cores vivas, bem arborizado,
um pequeno templo antigo,
e um rio que passava por debaixo de uma linda ponte,
parecia que estava num paraíso,
não sabia nem pra onde olhar direito,
por onde começaria a explorá-lo,
mas respirei fundo e iniciei o meu passeio
acompanhado por uma chuva passageira
deixando aquele momento ainda mais agradável,
sentia-me grato por cada passo que eu dava
envolvido por uma tranquilidade inigualável,
foi algo maravilhoso até que despertei para a realidade
e ainda hoje, torço pra que tudo aquilo
um dia se torne verdade.
Quero ser revestido por tua intensidade
na extremidade dos teus sentimentos
numa dualidade entre o amor e a razão
provocando um lapso no tempo
com uma prazerosa loucura
e um pouco de sanidade,
uma irresistível sensação
que nos agrade bastante
capaz de nos tirar da realidade,
és uma mulher excitante
que instiga a minha vontade
de embarcar numa viagem alucinante,
desfrutando de cada detalhe,
meu desejo por ti, é incessante,
então, que um dia se torne verdade.
Venha, segure a minha mão,
estás linda e irresistível,
deixemos esta noite bastante expressiva,
neste momento, ninguém mais importa
por estares aqui comigo,
então, satisfaça o meu desejo,
percebo no teu olhar que é recíproco,
quero tocar todo o teu corpo
e a tua alma intensa,
sentir o teu perfume delicioso
com os nossos sentimentos acalorados
como se fôssemos duas brasas,
quero tratar-te como mereces ser tratada
com as nossas intensidades
se entrelaçando
num banho prazeroso de insanidade,
de tanta vontade, já estou louco
e ao que parece, estás também,
desfrutemos agora de amor,
paixão e prazer de verdade
sem nenhuma interrupção
enquanto estivermos nesta realidade.
Estando na minha mente, passas a interagir rapidamente com os meus pensamentos, ficando amavelmente entrelaçados, resultando numa inspiração muito expressiva, um vínculo poético, onde versos emocionados ganham vida.
Sempre quando isso acontece, sinto uma sensação entusiasmante, pois estás graciosa, sorridente e cabelos soltos, ou seja, posso admirar-te detalhadamente como se fosse uma realidade, juntos num cenário com imagens tão nítidas e convincentes.
A verdade pode até ser diferente, tenho consciência, pois não abono a racionalidade, então, sonho de olhos bem abertos, pensando, transformo palavras em arte, colocando a tua essência em cada trecho de um poema de tamanha expressividade.
Esta tua essência sincera, charmosa à moda antiga é tão apaixonante que faz eu viajar no tempo e usufruir momentos emocionantes, memoráveis, numa viagem fascinante de avivamento, sentindo um sabor veemente de felicidade em um antigo universo.
Reação espontânea, muito revigorante que já é suficiente para evidenciar que a tua existência é profundamente impactante, que permite eu sonhar acordado com uma exultação distinta durante um sonho amável em cada detalhe, um lindo lugar temporário que inspira.
Essencialidade que claramente está fora da sua época, mas que não perde a sua verdade, nem o esplendor da sua beleza, abraçada pela simplicidade, às vezes, equilibrada, seja em um caminho real ou em um trajeto lúdico, talvez, um tipo de mundo ideal.
Devido a nossa imperfeição humana, acredito que este equilíbrio é momentâneo, por isso que é raro e vale tanto e sempre quando o alcança, ele faz a diferença, ajuda a preservar a tua sanidade entre situações doces e amargas, alegrias e tristezas.
E desta forma, permaneces esperta para a realidade, tendo em vista, que a parte da tua perceção lúdica e antiga não chega a ser um sinônimo de plena ingenuidade e ainda contribui para perceber que a vida é uma benção apesar das adversidades.
Às Vezes expomos o que pensamos como se nossas palavras fossem as únicas verdades entre tantos diálogos já proferidos... O reflexo da hipocrisia é achar que o silêncio de alguém serve como consentimento para tanta loucura sentida.
Um dia me perguntaram de onde vinha minha inspiração.... Então sem hesitar, respondi: “— ela surge a cada instante que percebo pessoas que amo retribuir o mesmo amor sem almejar nada mais em troca que não seja minha presença.”
Dizer que ama é fácil até para quem tem dificuldade de abrir a boca, afinal... A intensidade do amor vive mais nas atitudes do que na própria linguagem falada.
É perante o fracasso que percebemos o verdadeiro caráter de algumas pessoas ao nosso redor, algumas choram por ver-nos ao chão, outras riem pelo impacto do seu próprio empurrão.
QUEM SOU EU?
Eu olho e não consigo me ver,
eu vejo e não consigo me olhar,
porque o que sou não é o que mostro ser,
não é o que quero que os façam acreditar.
Eu digo o que me dizem,
sem querer entender,
o que resolvo divulgar, apenas pelo prazer
de poder impressionar.
Eu acredito no que me fazem acreditar,
mesmo sem duvidar,
pois o que importa questionar,
se o que eu quero apenas é participar?
Eu absorvo as verdades que chegam,
por meio da minha tela ocular,
pois ela é a janela do mundo,
que me faz enxergar.
Afinal, quem eu sou?
Sou o o homem digital do mundo moderno,
que se apresenta na formal idealizada,
formatada dentro uma realidade fragmentada,
onde nem mesmo eu sei quem sou.
Faça-me sorrir, fala-me de amor
Há raras coisas imutáveis e poucas verdades absolutas, o resto são apenas crenças espalhada ao vento, como se fossem aquelas.
Há outras verdades que a desilusão pode extirpar, como se nunca tivessem existido e quando pronunciadas, nos soa aos ouvidos como poesia, como a beleza das flores que murchamda noite pro dia, entre elas está o amor que por, às vezes, não ser correspondido como um simples sorriso, nos faz pensar que não existe.
Talvez não exista, tão real quanto o ar, o sol ou a luamas, mais sutil, como asflores que precisam ser regadas, quase todos os dias.
Há tantas outras coisas que não existem e seguimos repetindo, falando, curtindo, como um intervalo entre um ano e outro e tantas datas que, se não fosse pelo calendário do comércio, já teriam sido ceifadas pelo esquecimento.
Na letra da música "Joana Francesa", de Chico Buarque diz "Mata-me de rir, fala-me de amor", como um desabafo de alguém que perdeu a fé ao fazer tantos votos ou promessas e não alcançar o seu pedido.
O amor é tão inexistente quanto todas as formas de fé e ainda existe, embora seja mais falado do que vivido.
O amor é tão real quanto a vida que flui como um rio, independente dos nossos desejos.
O amor existe e brota onde quer, o que o faz perecer é o gênero humano, ao permitir que a descrença e o egoísmo transforme o solo fértil num lugar árido, onde não germina coisa alguma.