Razão, Estação ou Vida Inteira
ESTAÇÃO BRÁS
Corpos em pilhas de homem
Como molhos de coentro
Respirando à agonia do outro
Marés de gente numa brecha que os consomem
Assim o rebanho corria sem tempo a perder
Deixando a vida passar dentro de lata apertada
E por vinte centavos, a ganância fugiu apressada
Na sombra do gigante acordado: POVO NO PODER
As promessas voltaram em canto bonito
O gigante coitado, de sono caiu
O mundo na lata, à barriga consentiu
Passando_ a força sua _as sanguessugas de granito
E no sonho, ele se viu acordado
Sem parasitas dos lados
Mostrando que não é nada coitado
Se seus olhos, nossos e vossos abrir, estão acabados.
Chegamos ao mês de setembro, e com ele uma nova estação do ano vem trazer para a natureza a beleza do renascimento, do recomeço. Novas flores e frutos, um novo ciclo de vida que se inicia, com suas cores e sabores.
E porque não fazemos o mesmo conosco?
Quando chega setembro é muito comum que as pessoas comecem a jogar a tolha sobre os planos traçados para o ano, jogando para o próximo a responsabilidade de fazer acontecer.
Esta atitude faz apenas com que os planos sejam adiados, sem nenhum sentido prático. Os planos traçados, tem que ser revisitados sempre. Não sabemos o quanto de tempo temos pela frente, para se permitir parar e ficar esperando um novo período de tempo.
Pode ser que tenhamos de reduzir algumas coisas dos nossos planos, mas não abandoná-los.
Como a natureza devemos ter o momento de se recolher e o momento de florescer.
Vamos aproveitar este tempo que traz a sensação de renovação e renascimento para revitalizar nossos planos, e ganhar força e motivação para buscar o que queremos.
A vida não segue calendário, ela segue seu ciclo natural, e a cada dias vemos mais adaptações para comportar todas as mudanças que vem ocorrendo no meio ambiente. É da natureza em geral o adaptar-se.
Que não sejamos diferentes.. reanime-se, busque novos tons para seus planos.. e tudo vai se encaixar!
Deixe que a vida possa lhe levar até a estação, mas não permita que ela também possa decidir sobre o seu destino.
VIDA
nós somos como um vagão de um metro. Vamos andando até a estação final ..mas vamos sempre parando e pessoas vão entrando ... e algumas entram e sentam no assento preferencial , onde tens um lugar especial em nossos corações e outras apenas sentam em qualquer lugar, ou as vezes nem sentam , por que já vou sair na próxima estação ... e são bem poucas , aquelas que ficam até o final .
"...E em cada estação que o "trem"
da sua vida passar..
plante sementes do bem...
Espalhe flores pelo ar..."
Sinto que há algo fora do lugar. Não sei se o tempo, a estação ou se sou eu. Talvez eu tenha perdido o trem da vida, ou cochilei e desci na estação errada. Quem sabe eu esteja dormindo, ou quem sabe apenas sonhando acordada...
A alegria deve tomar conta de nosso coração, a cada nascer do novo dia, seja em qualquer estação do ano.Auréolas douradas de sol penetram a paisagem, fora e dentro de cada um. Sim, pois o nosso interior, a nossa alma, também possui paisagens de sonhos.
Bendito seja o alvor de cada manhã, onde pássaros voam rasantes, sob o som de harpas mistrais das brisas que vem de longe.
Eleve seu espírito, respire fundo e agradeça pela vida, por mais um dia dela.
Estava chovendo quando saí de casa para a estação de metrô. Era bem cedo, não havia muita gente na rua, apenas alguns comerciantes abrindo suas lojas e pessoas voltando de trabalhos noturnos com um ar de cansaço. A melancolia recorrente do dia nublado era evidente e eu gostava daquilo, me fazia pensar sobre a vida, sobre a tristeza personificada em um dia qualquer, nublado e chuvoso.
Chegando na estação logo avisto uma condução vindo. Após entrar no metrô vou andando para os vagões da ponta, onde posso ficar encostado em uma haste de metal. Começo a observar ao meu redor, muitas pessoas pegam essa condução pela manhã pois vão trabalhar, estudar ou os dois, como eu. Muitas feições de cansaço e tristeza, assim como as dos trabalhadores que vi mais cedo. Foi aí que me perguntei: “Mas por que essas pessoas estão tristes em plena manhã?”. Estava maquinando e pensando nos porquês das caras murchas que via ali na minha frente quando avisto uma senhora em pé sendo espremida entre duas outras pessoas. Cheguei mais perto e a ajudei a sair de lá, quando percebi ela já estava no meu lado com um sorriso que ia de uma orelha a outra, me agradeceu e perguntou a onde eu estava indo numa manhã tão chuvosa, eu virei e falei que estava indo trabalhar e logo ela se aquietou, alguns minutos depois voltou a falar comigo:
- Percebi uma coisa nessas manhãs nubladas, todas essas pessoas que vejo todo santo dia estão com essas mesmas caras. Meio amargas e olha que nenhuma ainda chegou na minha idade!
- Eu percebi a mesma coisa hoje, nenhum sorriso, nenhuma feição alegre, apenas rostos pálidos e distantes.
Conversando mais um pouco com a pequena senhora percebi o quanto de vida ela emanava que, por mais que sua aparência evidenciasse sua idade avançada, ela estava disposta e alegre.
Desci na Estação Central, ainda estava chovendo quando saí da estação. Andando na rua me deparo com uma moça de meia idade segurando uma criança de colo, era uma pedinte e estava cedo da manhã naquela chuva, embaixo de uma sacada para não se molhar. Percebi que diferente das pessoas tristes que vi hoje, o semblante dela se destacava, era indiferente, escondido. Quando passei ela me deu um sorriso e estendeu a mão que não segurava a criança, eu já havia tirado uma cédula para dar. Ela me deu um sorriso e logo me agradeceu, assim como a senhora no metrô. Naquele mesmo dia eu percebi o motivo da tristeza desvairada que presenciei. Depois disso, sempre que acordo peço aos céus que o desejo de ajudar o próximo consiga sempre superar o egoísmo e falta de esperança no ser humano.
nasci no intenso frio da estação de inverno cresci junto com as flores de Primavera adoecer num dia ensolarado de verão e finalmente pude morrer em paz Debaixo de uma árvore junto com as quedas das folhas da estação de outono...
Desconheço uma pessoa que conheço. Onde estarás? Encontrar-se-ia na estação do ano que repara, que hiberna, que alimenta o horizonte invisível. Metamorfosiando-se em algo do algo que almeja. Passam-se os dias, vem o vento intrépido sussurrando de mansinho no horizonte. Este horizonte vertical. Ora quente, ora gelado... Era o teor do vento que pairava ali. Um vento seco feito a flor do cacto. Espeta-me, me faz eclodir do rochedo o qual estara. O ponteiro do relógio mostrava-me que já estava em outra dimensão. O horizonte tomou forma, floresceu, bebeu da água dos deuses, virou uma rosa. Mas o desconhecido continua desconhecido. Por fim, desconheço-me!