Raízes
Meu sangue e meu corpo
são de imigrantes e de ameraba,
As raízes d'alma e a poesia
são completamente ameraba,
Desta verdade existencial
ninguém me separa,
É só olhar bem para a minha cara.
Saber que em setembro
floresce o Pau-brasil
que é a Árvore Nacional
é lembrar que tenho raízes,
e em mim está a Independência.
Saber que em setembro
floresce o Ipê-amarelo
que porta a Flor Nacional
e em mim está a Independência.
Saber que em setembro
o Sabiá-laranjeira se multiplica
é que é a nossa Ave Nacional
e em mim está a Independência.
Saber que não foi somente
em setembro e que a Independência
nasceu com os pés descalços,
e não no fio de uma única espada e coroa,
em mim está viva a Pindorama
na alma, no corpo e na memória.
Saber que para existir de forma longeva
ter Independência é viver com diligência,
em relação a sua própria existência,
e não buscar nenhuma interveniência.
Quando valorizamos nossas raízes encontramos momentos só nosso. Valorizando vamos aceitando e reconhecendo uma parte de nós que ficou lá atrás pertencendo a uma cultura com valores, crenças e comportamentos que determinam nosso jeito de ser.
Na clareira há grama alta e imponente, tomando sol em êxtase, As raízes reproduzem os ritmos, as lâminas se dobram sem brisa, enquanto os sinais sobem do chão tenro. (Assim a clareira tece sua palavra, areja seus pontos de vista. Toda a flora da clareira é portadora de novidades). Eles não se murcham com a queda, pois na clareira não há queda. Eles não amarram, murcham ou escurecem - eles gesticulam, espalhando o humor, a mente, transmitindo de fato a própria alma. Como sempre fizeram e como farão para sempre. As abelhas não zumbem aqui, elas cantam, suaves e redondos são os timbres que elas tocam, doce é a música que eles trazem. Os pássaros não cantam aqui - eles brincam, músicos talentosos são eles, o campo não se desenha a sombra, os ventos suaves não agridem a relva, a chuva é acariciada pelos raios e o som do trovão soa como uma melodia, tão ressoante quanto o toque do sino. E os dias são Felizes, e o selvagem deixou de existir.
... verdadeira
desolação é não criar raízes,
afetos e memórias...
Essas nervuras próprias
do espírito, sempre necessárias;
propiciandocor e sentido
ao nosso estimado
viver!
"Em terra que não é próspera, nunca fique sem o adubo, as raízes precisam de nutrientes para produzir frutos ou flores."
“Dinheiro é como uma semente, rega que cresce. Se colher os frutos e não cuidar das raízes, as flores murcham e as raízes secam e não haverá novas sementes. Terá que trabalhar no jardim dos outros.”
