Quedas e tombos
Te amei como alguém que salta para um abismo sem medo da queda...
E ainda não sei precisar por quanto tempo vou continuar caindo!
Te desejo...
Para cada obstáculo uma certeza
Para cada soluço um silêncio
Para cada queda um impulso
Para cada medo uma verdade
Para cada estrada um destino
Para cada desilusão uma confiança
Para cada conflito um entendimento
Para cada espada uma justiça
Para cada vitória um repouso
Para cada perda um recomeço
Para cada beijo um sorriso
Para cada paz um infinito
E para cada amor uma eternidade.
O MUNDO NÃO QUER MAIS DITADORES
Junto com a queda do regime de Hosni Mubarak estabeleceu-se uma nova realidade no cenário político do Oriente Médio e de certa forma em todo mundo. A exemplo do que ocorreu no Egito, essa onda revolucionária passa pela Líbia e se estende de formas diferenciadas, afetando a mentalidade universal.
No oriente médio, vários países já enfrentam essa revolução. Povos se rebelam, dizendo não ao regime de mão-de-ferro. Evidentemente, os resultados iniciais dessa revolução não são gratos. O desejo de liberdade cobra o preço nada módico de vidas, sacrifícios sociais e custos de vida no planeta. Começamos a sentir os efeitos pela alta do petróleo, que gera alta dos transportes, e esses, a dos alimentos, numa cadeia que distribui crises. É claro que a conta pesa sempre mais no bolso e na vida do cidadão comum, justo esse que já é secularmente a maior vítima dos desmandos de seus países.
O que há de formidável nisso tudo é a certeza de que o mundo não que mais saber dos ditadores. Se ainda existem massas fiéis aos tiranos da atualidade, são aquelas massas fanáticas viciadas em sofrimento. Fatias cada vez menores de um todo que anseia um mundo melhor, na medida em que acordam para o fato de que o tal mundo melhor só é possível com liberdade. Não importa se os governos são paternalistas ou se existe prosperidade material, quando os países e povos têm donos. Quando tudo aquilo de que desfrutam não é seu, e sim, dos poderes constituídos.
Governos ditadores são agiotas ideológicos. “Dão”, e na maioria das vezes de formas precárias, mas cobram, nos momentos cruciais, das maneiras mais duras e aviltantes, os “favores” sob os quais mantêm seus governados. Povos que vivem sob ditaduras podem ter quase tudo, dentro de seus conceitos de tudo, mas nunca têm autonomia; voz; direitos fundamentalmente humanos; de cidadania. Nunca têm paz.
Nós, brasileiros sabemos o que é ditadura, porque já vivemos sob tal regime. E para ser bem realista, devo dizer que ainda vivemos sob o cheiro constante e as ameaças veladas e pontuais da ditadura por nosso orgulho e coragem. Conquistamos a democracia torta e sonsa que hoje nos rege, mas foi uma conquista. Podemos avançar muito. O que não podemos é voltar no tempo, aceitando por exemplo, qualquer tipo de censura sobre os meios de comunicação, especialmente os informativos. Para os casos específicos de abuso, existem leis também específicas.
Com todas as mazelas, sofrimentos e sacrifícios advindos deste sonho, brindemos ao possível mundo inteiramente livre! Ainda vai demorar, sabemos disso, mas os povos estão cada vez mais briosos, informados e seguros do que desejam. E todos desejam a liberdade... Antes mesmo da prosperidade.
Talvez o primeiro tombo do filho deva vir dos braços da mãe, pra ela saber que nem sempre conseguirá impedir que seu filho se machuque, pra ele saber que as vezes nem a mãe o impedirá de cair. Pros dois saberem quem será o primeiro a ajudar, ou a julgar. E pra nenhum dos dois sofrerem futuramente.
No fim das contas, existe uma razão para a expressão “cair de amores”, porque quando isso acontece, quando acontece de verdade, é mesmo uma queda. Não há o que fazer, você simplesmente se joga de cabeça e torce para ter alguém para segurá-lo. Senão, vai acabar se machucando feio.
Não importa o quanto você lute, você cai. E isso dá um medo dos infernos. Há uma única coisa boa nessa queda-livre. Ela é uma chance que você dá aos seus amigos de lhe ampararem.
Cristão que conclui estar acima da média em relação a outro cristão é a mesma conclusão que Lúcifer teve antes da queda.
Lembro-me da grande confusão que causou na minha vida.
Pensar nisso foi como ver minha própria queda. Você foi minha queda!
Sua partida foi minha queda!
E isso me divide, estando ou não em uma determinada situação.
Mas de todos os casos, prefiro sair e nunca mais colocar meus pés onde meu coração não é bem-vindo.
eu sempre
me enfio
nessa confusão
eu sempre deixo
que ele diga que sou incrível
e meio que acredito
eu sempre pulo pensando
que ele vai me segurar
na queda
irremediavelmente eu sou
a amante e
a sonhadora e
isso ainda
acaba comigo
Eu sinto saudade da coragem que eu
tinha quando estava aprendendo a
andar, quando não sentia vergonha
de pisar em falso e entendia a queda
como um progresso.
Só aprende a andar de bicicleta quem tem ousadia e não desiste, mesmo após vários tombos e machucados…
Tombos são desafios que a vida nos impõe para forçar-nos a aprender novas maneiras de ficar de pé quando alguém nos passa rasteira.
Não tem calmante como um abraço apertado,
Um amigo é tiro e queda pra curar a solidão,
Sorrisos de hora em hora pra acabar com a tristeza,
A vida não tem bula é só seguir o coração
Num dia xarope, esconde o tedio,
Junte os amigos... Rir é remédio...
Tomar uma dose de forte emoção,
Felicidade não tem contra-indicação...
Você sabe que vai ser sempre assim. Que essa queda não é a última. Que muitas vezes você vai cair e hesitar no levantar-se, até uma próxima queda.
Quanto mais alto subir um homem, mais temerá a queda. As ilusórias recompensas da fama são contrabalançadas com as vantagens da obscuridade.
Não conte os tombos caídos, os escorregões a queda passa muito rápido, o teu levantar vai ser a história vivida por aqueles que não te estendeu a mão.