Quase
Quem busca frenéticamente não encontra quase nada.
Quem segue com leveza e consciência encontra tudo.
Maus políticos não brotam do chão, mas nascem, crescem e desencolvem-se do meio de um povo quase sem moral e ética e com caráter duvidoso.
Eu persigo a normalidade, como se a minha vida dependesse disso, uma frase tão simples que quase se define.
Quase todos do meu
povo por aqui seriam
mortos pela fome
em quatro meses,
não digo que
antes estava fácil,
mas o país parado
tem amendrontado:
A situação ainda
não foi esclarecida
e tampouco ainda
está sob controle,
Sem querer ser
negativa sinto
que a miséria
está sentando praça,
muitos não falam,
mas a comida
está ficando pouca.
A solidão é chilena
em total estado
de catástrofe
sob a mira carabinera.
O enemigo invisível
não foi vencido,
teremos mais sete
dias de isolamento
social a partir
de quarta-feira,
imagino que a fome
para uns já deve
estar dando até tonteira.
A Bolívia voltou a ser
terra onde falta tudo,
por causa de quem
não sabe governar
nem antes da pandemia.
Não há como ignorar
além fronteiras do meu país,
e tampouco fechar os olhos
para o quê se passa
na América Latina,
não se sabe se a tropa,
o General preso injustamente
e tanta gente estão
com comida suficiente,
só se sabe mesmo
é que a visitação está proibida.
É quase véspera
de Ano Novo,
Três oficiais
e nove civis
estão presos
por decisão
do Tribunal Militar
17 de Controle
pela invasão
do Batalhão 513.
Uns desertaram
para terras brasilis
e ganharam refúgio;
É ao menos o quê
as notícias dizem,
E a poesia se
obriga a rimar
sem subterfúgio
em ares confusos.
Não é segredo
que peço justiça
por mais de
um general que
estão pagando
penas altas demais
que nem deveriam
continuar a pagar,
e nem presos
deveriam estar;
e assim sigo todo
o dia a reclamar.
Por tantos outros
ocorridos e agora
mais este fatídico
sigo escrevendo
para que o tempo
não promova
o esquecimento:
Que além do General
há quase dois anos
injustamente preso,
Há tantos outros
além dele e dos generais
na mesma situação,
Pois há tempos a justiça
vem sendo aplicada
sem nenhuma correção.
O General que
está há quase
dois anos preso
injustamente,
É um dos
três Generais
que estão
privados de tudo,
E enterrados vivos
a cada minuto
em Fuerte Tiuna,
Ali após a nove
da noite não
se recebe mais
nenhuma visita.
Dizem que há
um tenente
triste e enfermo
e de Ramo Verde
um Capitão
da GN foragido
saiu correndo,
Se é mesmo
verdade
só Deus sabe,
É preciso se
reconciliar para
dar um basta
neste pesadelo
tão covarde.
E vendo a vida
na vitrine conto
além da captura
do General
em meio de uma
reunião pacífica;
Ele e tantos
ainda esperam
a liberdade cantar
sob a luz do sol
da justiça um
país se pacificar.
Da tropa e do General
que foi preso inocente
há quase dois anos
no dia treze de março
existe um poemário,
E venho contando
nas entrelinhas dos
meus versos dedicados
sobre os estilhaços
que tantos tiranos
estão a nos deixar,
Não vou parar por aí,
não posso ignorar,
É Pátria Grande
ou Pátria maior ainda.
Não há explicação
golpe é golpe,
O golpe na Bolívia
foi dado e um
informe da sucursal
do inferno que
leva como sigla
três letras a fraude
não conseguiu provar,
Não me canso
por este continente
um só minuto de gritar.
No exílio os líderes
se encontram
e estão convertidos
em milhões
que este golpe
não vão parar
de denunciar
pelo mundo e seus rincões.
O General foi
arrancado de
uma pacífica
reunião no dia
13 de março,
e se encontra
há quase
dois injustiçado.
É hora de ouvir
o pedido
desde Guárico
por ele
e por tantos
que estão
passando
pelo o quê há
de mais trágico.
Ele vem sendo
torturado
psicologicamente
diante de tanta
indignidade
sendo ofertada
pela justiça
atrasada
e por quem
vem negando
o quê é
do que é humano.
Da Amazônia da Pindorama
sendo queimada,
não se ouve quase nada.
Até os velhos guerrilheiros
na Colômbia
retomaram as armas.
Não sei o quê se passa,
nesta nossa Abya Yala
que vem andando virada.
Da Pátria que levam
a luz e o aroma na pele,
a canção ainda é cantada.
Só sei que do bom General
e da tropa não se
ouve falar mais nada.
Goste ou não
dessa máxima
quase poética
em tempos
de negação
da realidade:
discordar é
um direito
mesmo que
não seja
perfeito
ou do teu jeito.
Discordar não
tem a ver com
crime, traição
ou rebelião
para colocar
quem quer
que seja preso.
Discordar não
pede anistia,
por não ter
nada a ver
com rebeldia;
apenas pede
pronta libertação.
Imaginando coisas
inconfessáveis só
de olhar para você
mesmo sem autorizar,
e quase não tenho
conseguido disfarçar.
No balaio de Buriti
tenho bem guardados
os animais da floresta
feitos de madeira
para recordar a época
que éramos felizes
sem saber nesta terra.
Trançando e enfiando
as contas de Jupati
um bracelete, um colar
e brincos no afã
de despertar em ti
o seu amor e elogios.
Não só fico esperando,
a minha decisão silenciosa
se confirma a toda hora,
a minha alma te namora,
no fundo sei que a sua também
e que a história entre nós
vem no tempo de amar bem.
Governos não garantem mais a vida,
Em Gaza já quase não há mais nada,
Nenhuma providência foi tomada,
O mundo até agora se cala
Como tragédia está normalizada,
Impressionada sigo com tudo isso,
Diante de vidas massacradas
E do abandono do Humanismo.
(Cessar-fogo total é preciso!)
O meu poema é quase
um Peixe-Cachorro
que sabe nadar e morder
com seus dentes enormes
para as ideias acordarem
nos rios da sua criação
e por todos os lugares
onde é preciso ter inspiração.
Rodeio é Quase
Acordei de madrugada
com inquietação,
o céu ainda está escuro,
e é véspera de São João;
O suave canto da chuva
com o canto do galo
encantam as flores
dorminhocas do tempo.
Descansa pleno
o Pico do Montanhão
em almofadas de poemas,
e eu em vigília poética
permaneço escrevendo.
Meu lindo Rio Itajaí-Açu
que a minha Rodeio
deste Brasil Brasileiro
com heroísmo abastece
e o meu coração agradece.
Minha Rodeio é quase
Dia de São João,
não faço ideia se a paixão
irá nos encontrar;
Meu Médio Vale do Itajaí
que a minha Rodeio
guarda, consagra e abraça:
de ti jamais me despeço.
Daqui a pouco o Sol gentil
se ergue e eu não voltei
a cochilar porque continuo
pensando em tudo
que me fez encontrar contigo.
Só sei que o ano inteiro
ao seu redor eu fico,
como se dança ao redor
da fogueira só que com
uma diferença: espero
e quero me arder em ti,
e permitir me você consumir.
Nesta véspera de São João
é a última vez que sozinha
vou estar porque o teu
coração definitivamente
para o meu irá se declarar.
Sou de muita
pouca conversa
ou quase nenhuma,
Embora eu seja
repleta de poesia,
Quem me conhece
sabe que sou uma ilha.
Da minha ilha vejo
o mundo onde todos
nós podemos ser
diferentes em tudo,
Ninguém é obrigado
a concordar com tudo.
Eu e você podemos
ora concordar ora discordar,
Só não podemos nos desumanizar
e afastar da nossa consciência
a possibilidade dela ser a maior obra,
porque de nós só ela é a senhora.
O Bem-te-vi de outrora
quase não se escuta mais,
na memória o canto
não foi esquecido jamais.
Rotas que não deveriam ser
apagadas devem ser
constatemente resgatadas,
e laços igualmente refeitos.
Em nome daquilo que nunca
deveria ter sido esquecido:
caminhos devem ser restabelecidos.
Lembrar de tudo aquilo que fez
resistir para chegar até aqui é
necessário para continuar a existir.
Buganvília rosa quase roxo
dançando com a beleza
sublime da aurora matutina
é incomparável poema
que o raiar do amor preludia.
Buganvília rosa quase roxo
que se deixa levar
pela ventania que enfeita
o caminho como quem
tece um tapete trazendo
inspiração para os mais
lindos Versos Intimistas
para tocar você inteiro
dos pés a cabeça
para que no teu coração
me guarde com amor
e nunca mais me esqueça.
Buganvília rosa quase roxo
envolta pela aurora matutina
fala para este moço
mostrar o coração que além
dos meus Versos Intimistas
prometo retribuir em dobro.