Quando Morre Alguém que Amamos
Como é difícil a gente se conformar com uma situação que sabemos que vamos passar por ela (é inevitável) e a gente fica totalmente sem ação. É como se a gente ficasse anestesiada, todos os músculos do corpo paralisam por segundos. Um vazio como se a gente tivesse oca por dentro e ouvisse somente o eco interminável de nosso suspiro dando um nó apertado em nossa alma... Dor da perda? Sim, uma saudade que fica em letargia no coração da gente.
Sem querer
“Sem querer” é um bicho mau. Ele anda disfarçado de distração, mas é tão ruim quanto “querendo”.
Sem querer também machuca
sem querer também ofende
sem querer também humilha
E se faz de inocente
Sem querer chateia
Sem querer difama
Sem querer destrói
E tudo faz sem querer
Só que sem querer também sofre
Sem querer vão embora
Sem querer fica só
Sem querer morre dentro de si.
Morre.
"Temos que parar de ficar pensando para onde vamos quando morremos, se continuarmos assim, vamos morrer sem ter pensado na vida"
Quando morre um escritor sublime
perdemos inúmeros personagens magníficos
adeus Gabo...... 17.04.2014
Morte de Gabriel García Márquez
By Tais Martins
No fim.
Cansada de gente que não caga,
Que não sofre, que não tem fraquezas, que não briga, que vive em um eterno conto de fadas, a vida é bela quando quer, no mais ela sabe ser bem feia...
Ser feliz cara, vai muito além de aparentar ser feliz!
Quando só se vive pra " ser" o que os outros impõem, a gente acaba esquecendo o que quer, quem é!
Vivemos em sociedade, é obvio que devemos respeitar o espaço e opiniões dos outros, mas é importante respeitar também aquilo que nos faz bem de verdade, porque por mais que precisemos de outras pessoas, no fim, no fim mesmo, a gente nasce e morre só!
O POETA
Antonio Cícero da Silva(Águia)
O poeta não morre,
Muda-se para outra dimensão
Mas continua na poesia e corações...
Muitas pessoas vivem em função de só amar uma vez, pelo contrário, vejo o amor como algo que quanto mais se doa e se recebe, mais se amplifica. Todavia, quando não cuidado, subitamente se frustra e envaidece até pouco restar!
Morre antes do tempo quem não se adapta ao mundo moderno. Se tiver certeza que vai ao "paraíso". A morte pode ser o caminho confortável. Senão, viva sem perder a razão. Ou seja, não pratique inversão de valores morais e nem se acovarde pisando nos mais fracos.
Ainda estou com muito ódio por todo sofrimento que você me acometeu, mas encontrei extravasar através de poemas, a essência dos lampejos da beleza que ainda me restam, resgatando o que em mim, aflora todos os dias: amor, paz e fraternidade. Assim, busco forças em Deus para seguir, mesmo sem;;; as batidas ritmadas do meu coração fincando por você em 25.04.2012.. Muita dor desde então, em que minha alma, presa e atormentada ficou. Esta dor, não cessa não! É um pranto silencioso, que dia a dia, mata-me lentamente, mas com uma convicção enorme de resgatar, tudo que a mim pertence.
Morre; Não morre; Mata
Um amor
que morria de medo
da morte do amor
matar.
Descobriu que não morre.
Matou outro amor
de uma morte
não morrida.
deus não salva e nem mata ninguém ele nos deu livre arbítrio Não escolhemos a hora de morre, mais escolhemos na hora de tirar uma vida
Humanos: caga, mija, peida, fede, morre e apodrece
Se matam pela beleza, a procura da perfeição, alguns choram em frente ao espelho, outros debocham em frente ao feio
Mas no fim, todos morrem.
Eu prefiro a música, o café e a solidão.
Humanidade? Salve-se quem puder!
Dois de novembro
No silêncio íntimo que invade o Dia de Finados, a saudade se debruça. Ela não tem pressa, é senhora do seu próprio compasso. É o dia em que a ausência brinca de ser presença, quando os que partiram voltam, não em carne, mas em sopro, como se sempre estivessem apenas a um afago de distância.
Os túmulos não mentem. São declarações sem palavras de que o que foi vivido realmente existiu, confessando com a solidez do mármore que a vida é frágil e que o tempo é um rascunho rabiscado à pressa. Cada nome entalhado ascende, não como uma mera inscrição, mas como um feitiço sussurrado entre as frestas do esquecimento.
Nem toda ausência é tratada pelo tempo. O tempo não se compromete com permanências. Passa por nós sem desculpas, sem aviso, sem oferecer alívio. Quando alguém que amamos morre, morre também uma versão nossa. Deixamos de existir daquele jeito. É como ter sua casa assaltada por uma ausência. Por isso, não se deve apressar a dor de ninguém. No luto, não se questiona o amor por quem partiu. No luto, deixamos de nos amar, e voltar ao amor próprio demora. Deixe a pessoa doer.
O luto não passa; somos nós que passamos por ele. É um caminho de fragilidades. Não há como sair de uma dor caminhando. Precisamos engatinhar até voltar a firmar os pés novamente. E demora até que essa dor vire saudade. Demora até que essa saudade vire gratidão. A dor é solitária, e você tem todo o direito ao seu luto, mesmo depois da licença do outro acabar. Cada um tem seu tempo de digestão.
No murmúrio de uma prece, na chama vacilante de uma vela, reside a certeza de que, do outro lado do mistério, alguém sorri — os eternos hóspedes da eternidade. Hoje, flores são depositadas por mãos trêmulas de emoção. Mas não é o frescor das pétalas que importa, e sim o gesto. É flor de ir embora. É uma homenagem ao laço que nem a morte é capaz de desfazer.