Qualidades Homem
O homem corre em busca de comodidade, explorando e e alterando a natureza, expondo o seu instinto dominador, mas sob às rédeas de um sistema que ele criou, se destroi à medida que avança em suas conquistas, porque para esse sistema que adota uma economia linear, ignorando as consequências de suas metas, evidencia que do homo sapiens, restou somente o homem.
A medida que a vida passa mais certeza temos que o homem contemporâneo caminha por estradas obscuras, pois a luz que ele utiliza não aponta para o seu futuro, mas apenas para o seu presente.
O homem precisa enxergar que ele não é o ser mais importante na natureza, mas um deles, que tem, diferentemente dos demais, meios de contribuir para que todo o sistema consiga manter a sua harmonia, mas para isso, esse homem denominado de sapiens, deve agir como tal.
O Homem sensível é uma flor cujo os seus espinhos espetam, inevitavelmente, a quem se encanta com a sua beleza.
O grande mal do neoliberalismo
é criar no homem
a falsa ideia de excelência,
pois a sua busca
o conduz ao ridículo da hipocrisia.
A liberdade que o homem contemporâneo
acredita possuir,
é apenas mais uma ilusão
que o mundo atual constrói
ao longo de sua vida,
para que ele possa ser manipulado,
ao ponto de não perceber
que não detém as diretrizes de sua própria vida.
O homem vive em pleno século XXI
com a mesma incerteza de vida, no amanhã,
como viviam nossos ancestrais primatas,
a diferença está apenas no predador,
pois o atual é o próprio homem.
No desejo insaciável do homem
em querer poder e acumular riqueza
nega a sua própria existência racional,
pois elimina a possibilidade do viver
daqueles que ele acredita existir
somente para lhe servir.
Se o conhecimento da imensidão do universo fosse apresentado a todas as crianças, quiçá a humanidade seria, no futuro, composta por mais homens conhecedores de sua insignificância como negação as suas arrogâncias.
QUEM SOU EU?
Eu olho e não consigo me ver,
eu vejo e não consigo me olhar,
porque o que sou não é o que mostro ser,
não é o que quero que os façam acreditar.
Eu digo o que me dizem,
sem querer entender,
o que resolvo divulgar, apenas pelo prazer
de poder impressionar.
Eu acredito no que me fazem acreditar,
mesmo sem duvidar,
pois o que importa questionar,
se o que eu quero apenas é participar?
Eu absorvo as verdades que chegam,
por meio da minha tela ocular,
pois ela é a janela do mundo,
que me faz enxergar.
Afinal, quem eu sou?
Sou o o homem digital do mundo moderno,
que se apresenta na formal idealizada,
formatada dentro uma realidade fragmentada,
onde nem mesmo eu sei quem sou.
QUIÇÁ!
Se o homem, desde cedo, fosse introduzido
aos conhecimentos acerca da imensidão do universo
e seus mistérios, teríamos mais pessoas conscientes
de sua insignificante dimensão,
que possibilitaria enxergar que não podem ser mais do que são.
O medo do homem
Na sua cegueira contemporânea,
onde os valores foram alterados
o homem se identifica com
o que é errado.
Ser arrogante e intolerante,
passou de repugnante a admirável.
É lamentável o retrocesso,
que somos obrigados acatá-lo
como realidade do homem moderno
que julga o certo como errado
e o errado como algo a ser desejado.
A cada dia que passa
fico mais assustado,
com o que esse homem
seja capaz de fazer
ao resgatar do passado.
Atitudes repugnantes
há tempos superadas.
Assumindo atos condenáveis,
como aceitáveis.
O mundo só será melhor
quando o homem
conseguir enxergar
os outros seres vivos
como um integrante
de um ecosistema
do qual ele faz parte,
portanto, merecedor de respeito.
O homem diante do que
ele não pode explicar
recorre a fé para poder aceitar
a única certeza que ele tem,
mas insiste em refutar.
Nessa introspecção contínua,
ele trava uma luta consigo
para se manter no que chama
de lucidez, sem compreender ainda
o que possa afirmar o que não seja lúcido.
Quando o homem deixar de atribuir
a autoria de todos os fatos a Deus e reconhecer que suas ações são escolhas do seu livre arbítrio, embora na maioria das vezes manipulados por forças externas ao seu ser, poderá ter condições de enxergar que o inferno que estão lhe impondo não é um mal necessário, mas que pode ser transformado.
A negação ao inexplicável
é a forma que o homem encontra
para conseguir
continuar vivendo dentro
de um tênue fio entre a razão e o desatino.
O homem contemporâneo
vive uma realidade de hipocrisia
onde ele próprio cria e recria
a sua maneira hipócrita de viver.
Quanto mais o homem evolui em tecnologias, mais ele se aproxima do seu fim, contrariando o sentido da busca por evolução.