Profundo
Em educação, arte e cultura existe uma expressão máxima de um profundo conhecimento, grande ética e autoridade, que é, eu lhe confesso que eu não sei.
O conformado em vida não abre os olhos pelas manhãs, segue dormindo para o sono profundo, inevitável da eternidade.
Meditação é: mergulho profundo no vasto oceano dos pensamentos, trazendo à tona a concórdia dos sentimentos.
AMAR MUITO
(Ellen Ketlen Soares Botelho)
Amar um sentimento tão profundo
Que torna o alimento do coração
A cada instante, a cada momento
A iluminação dos meus dias, tardes e noites
O amor chega sem avisar
Não há dia, nem hora e nem lugar
Não há momento marcado
O amor vem e se aloja no coração
O caminhar juntos pela areia da praia
O admirar do nascer e o por do sol
O cair da chuva e nela se molhar
Amar todos os dias
Sabendo que depois poderemos estar juntos
Sem que a despedida se faça presente
Em nosso momento mais escuro
Em meu desespero mais profundo
Você ainda vai se importar?
Você vai estar lá?
Em meus julgamentos e atribulações
Em nossas dúvidas e frustrações
Em minha violência
Em minha turbulência
Por meus medos e confissões
Minha angustia e minha dor
Minha alegria e meu sofrimento
Na promessa de um outro amanhã
Nunca te deixarei partir
Porque você está sempre em meu coração
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade. (...)
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Nota: Trechos da crônica "O Medo do Amor" de Martha Medeiros: Link
Cada suspiro meu é um convite para um mergulho profundo no oceano dos meus desejos mais íntimos e ardentes.