Preto
Quando você olhar para um preto pobre e tiver a mesma empatia e respeito que você tem por um branco pobre, ao se olhar no espelho, você verá enfim o reflexo de um ser humano.
#consciencia não tem cor e sim amor.
No meu sertão eu vejo a morena, com seu cabelo preto e sua pele bronzeada, sorrindo ao sol. O sertão é alegre e colorido, com suas árvores frondosas e suas pastagens verdes. O ar é fresco e o vento carrega o som de cantos de pássaros. O rio corre mansamente e as águas são tão tranquilas quanto o espírito das pessoas que vivem por lá. Aqui a vida é mais simples, mas ainda assim cheia de beleza e alegria.
VIDAS NEGRAS IMPORTAM:
O sonho negro,
Preto...
Dos palmares, macacos,
Tabocas dos Amaros.
se reflete na peleja
Do lundum.
Na prenda - Desfeiteira
Que respira nas caianas,
Grilos e matão.
Zumbi nos meus ouvidos.
Pelas parcas terras
De Benguela,
Severina e João.
Se ampara no ganzá
Do Moa do katendê
No "respirar" negro Floyd
Suprimido no braço do brasão.
Excluídos do canjerê.
SER PRETO
Ser negro não é apenas na cor
Na dor ou lugar de nagô.
É preciso ter "raça". Atitude!
Ser negro, afeito de negritude
Se perde ao verbo que ilude.
Ser negro é romper o discurso,
Mudar o percurso que se toma
Em curso.
Negro, sobretudo, jorro plasmático
Tamboril do terceiro continente.
Buscando alforria, autonomia.
Resistência é estado de liberdade
Não à branca consciência negra
Liberdade, liberdade...
Série Minicontos
IDÍLIO
No limiar da noite sobre a namoradeira.
Um longo preto estampado em flores escorria sobre o corpo. Jonny, lhe adornava os ralos cabelos negros. A vovó Deinha trançava o sonho azul do netinho Pedro, que ao pé da letra dormia envolto ao mundo de fantasias. Quando acordou, estava lá.
''jéssie''
Fada que veste preto,
me prendendo num feitiço...
lindo, cheio de dúvidas mais com aquele sabor de pecado ao qual não resisto...
SONETO EM BRANCO E PRETO
Quisera ter no alforje d'alma um poeta
vibrante e canoro, de algures secretos
do amor, ornados em versos discretos
e parido num singelo berço de asceta
Quisera atar-me em sonhos irrequietos
trazendo quimeras na pena da caneta
num dueto com a fulgor d'um cometa
que versifica a lírica d'outros quartetos
Quisera rimas, na simetria em linha reta
dos caminhos honrosos, versos epítetos
num alarido de fidalguia, terno e violeta
Quisera da poesia a alforria dos ginetos
d'amargura, d'um soneto branco e preto
pros variegados belos e sonoros sonetos
Luciano spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Dezembro, 2016
Enquanto ficarmos presos aos extremos sem querer enxergar para além do preto e do branco não haverá harmonia entre os povos.
Não há espaço para o moderado na sociedade pós-moderna.
Após torcer contra o vento
em uma tempestade, surge
um arco-íris preto e branco
confirmando ao Atleticano
que chegou a glória eterna.
A canção de amor
do nosso século
tocando no rádio
do teu carro preto.
Você tem pressa
ao quê impulsa
para vir brindar
as plêiades
Vênus e a Lua.
A canção de amor
da nossa história
está nos lábios
do mundo todo.
Você tem pressa
de chegar antes
do Sol poente
que precede
a Lua crescente.
A canção de amor
na voz modulada
aumenta o fluxo
eletromagnético
deste teu desejo.
A vir para festejar
o colorido do céu
de outono no Sul
junto comigo
sempre se encantar.
Não é um filme
em branco e preto,
mas esse filme
eu já conheço.
Não dá para
prever o melhor
colocando mãos
armadas onde
o sentimento
de país nunca
foi cultivado,
é um sinal
de tormento
anunciado.
Na mente lentes
em 3D nas cores
rosa e azul,
não sei se perdi
o meu Norte,
ou se fico
no meu Sul.
Não me contento
com pouco,
meio que tarde
demais querem
distrair o povo
tocando a arte
de fingir que nada
está acontecendo.
O Poema Preto
é para celebrar
o nosso segredo,
Com o meu
amor apaixonado,
Tenho neste poema
junto com os outros
poemas das cores
místicas a devoção
sutil e perfeita
para te pertencer;
Serei perplexidade
extática olhando
nos teus olhos
apreciando
cada sinal teu
de muito prazer
ao me render
e te enternecer.
Um Vassourão-Preto
esplendendo na campina,
Pensamento esvoaçante
é poesia a Céu aberto,
Te querer por perto
dia e noite pode ser
para alguns alucinação,
Você cedo ou tarde
vai se entrega de coração.
Uma de Noivinha-de-rabo-preto
pouso na minha janela,
Resolvi escrever um poema
para perder o medo de amar
e assim pouco a pouco
vou abrir a porta do coração
para o teu amor entrar e ficar.
Um Caneleirinho-de-chapeu-preto
veio me visitar e contou um
segredinho seu que conseguiu
o meu coração conquistar,
Agora só falta você se revelar.
O Tucano-de-bico-preto
parou, olhou no fundo
dos meus olhos e contou
para mim um segredo
para do amor eu não ter
nesta vida nenhum medo.
Quando ocorrer o bonito
o florescer do Araribá-preto
na amada São Paulo amada,
Serei para ti absoluta
dona do seu coração
e de todos os teus desejos,
Haverá a Primavera perene
entre nós do amanhecer
ao anoitecer porque no final
eu sei que vamos viver.